CAPÍTULO 26

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●POV S/N FORGE●

   Eu não me senti muito bem depois que patinando,estava um pouco zonza,me sentia fraca,porém vim sentindo isso a dias.Não contei pra ninguém,poderia ser coisa boba,sono talvez,mas dessa vez estava pior.Minha cabeça doía,parecia centenas de sinos tocando dentro dela,a sensação era de que estava carregando um búfalo nas costas.Tudo isso eu estava sentindo a caminho do hotel,Per e eu estávamos andando atrás dos outros.
- Amor. - digo fraca.
- Oie. - ele me olha. - S/n,você tá suando frio,está pálida. - antes que eu pudesse dizer qualquer coisa,uma sensação esquisita veio,senti uma ardência amarga subir pela garganta,corri para um beco próximo e coloquei tudo pra fora.
- Filha! - meu pai corre até mim,segura meu cabelo para trás,pra não suja-lo.  - Oque aconteceu? - ele estava desesperado.
- Eu não... - e de novo. - Eu não sei. - tento me recompor,limpo a boca com o guardanapo que havia guardado da pipoca.
- Acha melhor ir para o hospital? - Chris sugere.
- Não,eu tô bem. - Per vinha me ajudar.
- Certeza? - diz Cos,concordo com a cabeça.
- É melhor a gente ir,ela precisa descansar. - ele me ajudava a andar pela rua,até chegarmos ao hotel.

  Chegando no nosso quarto,a sensação veio de novo,me solto dos braços dele e corro direto pro banheiro.Nisso todos tinham ido pra seus devidos quartos.Abro a tampa da privada desesperada,é a terceira vez essa noite,oque eu tenho?
- Amor? - Per se ajoelha bem próximo,amarra meu cabelo com a xuxinha que tinha no pulso. - Quer ir para o hospital? Você não tá legal. - aqueles olhinhos,transmitiam todo seu carinho.
- Eu tô bem querido.Deve ser alguma intoxicação alimentar. - tento acalma-lo. - Caso venha acontecer de novo,nos iremos,ok? - ele concorda com a cabeça e acaricio seu rosto.
- Vá tomar um banho,vou preparar um chá pra você. - ele diz mais calamo,se levanta,assim,segura meu braço e me ajuda a levantar,me apoio na beira do vaso pra dar mais impulso.
  Ele foi até a cozinha,enquanto isso,coloquei a banheira pra encher e fui tirar a roupa,ajeitei o cabelo e mergulhei na água morna,não me canso de sentir aquela sensação,um alívio,uma purificação do cansaço diário.Fechei os olhos por um instante,nem vi a hora passar.
- Môh,acorda. - uma voz suave me chamava. - Amor. - me da uma sacodia de leve.
- Huuum.- de olhos entre abertos vejo Per estendendo a toalha no gancho.
- Está começando a enrrugar.Sai da água. - ele dizia tranquilo,com a voz bem suave.
  Me levanto e ele vem me embrulhar com a toalha,parecia uma criança,ele me direciona até o quarto,me senta na beira da cama,esse homem...é tudo que preciso.Ele fuçava os cabides do guarda roupa enquanto eu estava o esperando enrolada na toalha na cama,tira um conjunto de seda,pega roupas íntimas e me vesti com todo cuidado,ele cuidava como ninguém nunca cuidou,além da minha mãe.
- Deita aqui. - da batidinhas pra amaciar o travesseiro. Subo pro meu lugar na cama,encostando na cabeceira,ele puxa o cobertor de baixo de mim e cobre as minhas pernas. - Vou buscar seu chá.Quer comer alguma coisa? - resmungo em negação.Meus olhos estavam murchos por conta da fraqueza,não aguentava andar,minha voz mal saia,não tinha forças.- Aqui,toma.Eu vou tomar um banho rapidinho,aí vou ficar ai com você. - ele me entrega a xícara com pires e depois foi pegar a roupa nas malas ao canto do quarto,dou um sorriso frouxo sem que ele visse.

  Estava quente aquele chá,fui tomando bem devagar,terminei de toma-lo a tempo,antes que ele pudesse sair do banho,me inclino pra fora da cama para deixar os objetos na mesinha ao canto da mesma.A porta do cômodo ao lado se abre,uma nuvem de vapor quente sai antes que ele,que já saia vestido, o cheiro do perfume era pregnante,chegava a arder os canais da minhas narinas,e ainda junta com o cheiro do sabonete de lavanda.Ele da a volta na cama e se deita em seu lugar,mas levanta rapidamente e vai para a sala,pude velo pelo canto da porta,estava voltando com a bolsa do gato,a apoia no chão próxima a cama e a abre,em segundos o gato já estava entre minhas pernas,ronronando por atenção.
- Oie neném. - acaricio sei queixo.Ele volta a deitar ao meu lado,abraça minha cintura e apoia a cabeça em meu peito.Ficamos em silêncio,apenas ouvindo o caos do mundo lá fora.Acaricio ambos no meu colo,meus piscares de olhos iam ficando cada vez mais pesados,a cabeça tombava para o lado,mas tinha os espamos que me assustava.
- Deita direito. - ele se levanta tirando o gato do meu colo.Me deito corretamente na cama virada para o lado dele,ele me cobre até os ombros,deixando o gato debaixo da coberta,que se mexia tentando se confortar,levanta e apaga as luzes,volta,me puxa para perto,me aconchego em seu peito quente e adormeço no mesmo instante.

   A manhã estava bem ensolarada,feches de luz iluminavam meu rosto através da cortina blecaute,aos pouco fui me acostumando com a claridade,me despreguiço ainda na cama,com calma pra não acordar nenhum dos dois,admiro a beleza daquele homem,o quão era lindo e perfeito,o bônus é de que era meu.Porém me desânimo quando sinto aquela ardência de novo,tapeio a boca,desci da cama sorrateira e corri para o banheiro,mas antes encosto a porta,me ajoelho na frente do sanitário e quase enfio a cabeça no mesmo,tiro a mão da boca pra liberar a saída para o gorfo,foram duas vezes,depois senti um alívio,talvez seria a última vez,não sei,mas sei que me sentir um pouco melhor que a noite passada,então fui escovar os dentes,atravesso o quarto pra ir pra cozinha,Per ainda dormia profundamente quando passei por ele.

  Preparei algumas panquecas com morangos,pra mim e deixei algumas separadas pra caso ele acordace com fome,também fiz um café gelado,eu realmente amei essa nova moda na culinária.Coloquei minhas panquecas num pratinho,pego o copo e fui tomar café da manhã na sala,deixei ambos na mesa de centro e fui ligar a televisão pra ver os noticiários ou alguma coisa de interessante,deixei a no volume baixo,não queria acorda ele,volto pro sofá,me sentei de pernas cruzas e comi meu café da manhã.

  Depois de um tempo,ouvi chinelos se arrastando pra cozinha.
- Bom dia meu amor.Melhorou? - ouço ele abrir a geladeira.
- Sim,sim. - me concentrava no programa que estava passando.Seus passos se aproximavam,ele me surpreende com um beijo na bochecha por de trás do sofá.
- Que bom.Oque está afim de fazer hoje? - ele da a volta e se senta ao meu lado, deita na minha perna e começa a assistir o conteúdo que estava passando.
- Pensei em ir ao médico,ver oque eu tenho.Você me leva? - olho pra baixo pra encontrar com seu olhar.
- Claro.
- A,marquei uma consulta com a Dr.Lenna,genicologista.Ha visitarei assim que voltarmos pra Los Angeles,ok? - me lembro.
- Certo,se quiser,eu te levo também.
- Obrigada. - sorrio de lado e voltamos a atenção pra TV .

*mais tarde*

  Per e eu estávamos na recepção do hospital,esperávamos pra sermos atendidos.
- S/N Forge. - o doutor me chamava no corredor dos consultórios,Per e eu caminhos até ele e nos guia até sua sala. - E então,oque está sentido? - ele estende a mão pra sentarmos a sua frente.
- Me sinto fraca nesses últimos dias,enjoos,fico anemica de um dia pro outro,muitas dores de cabeça e nas costas. - explico.
- Me acompanhe. - ele nos leva até a salinha ao lado,me pede pra sentar na maca,Per se manteve ao meu lado o tempo todo,prestava atenção em tudo oque o doutor falava. - Respira bem fundo. - coloca o estetoscópio frio no meu tórax,faço oque ele pede. - Segue a luz sem mexer a cabeça,por favor. - aponta uma lanterninha para meu olhos,era bem forte.Depois de fazer todos os exames,ele resultou com intoxicação alimentar,como suspeitei.Ficamos aliviados por ser uma coisa mais comum,o médico me recomendou uma medicação,ele assina um atestado,pego,agradeço e fomos embora.No caminho do hotel,passamos em uma farmácia perto dele,compramos os medicamentos precisos e fomos.Chegando fui tomar o primeiro remédio,ele era baseado em horas,tive que marcar certinho o horário em um papel e pendurei na geladeira,já os outros era caso eu sentisse algum desconforto ou dor.

  Era hora do almoço,todo o pessoal resolveram comer fora,fomos para um restaurante ali perto,conversamos sobre a viajem de volta pra Los Angeles,partiriamos no sábado,já estava tudo certo.Depois do almoço,voltamos pro hotel,Per e eu ficamos de bobeira no nosso quarto,assistindo,de vez em quando ele ia tocar alguma coisa na varanda,e dormimos o resto da tarde,estávamos cansados de fazer nada.

Graças Ao Pai  | Per Eriksson(Sodo) × Leitora  Onde histórias criam vida. Descubra agora