Graças Ao Pai | Per Eriksson(Sodo) × Leitora

CAPITULO 17

   A algumas semanas atrás,Tobias reuniu todos na sala pra uma reunião que envolvia a banda,ele disse que o promotor de eventos havia agendado dois shows para novembro,um em Toronto e o outro na Califórnia,fiquei super animada,em fim voltarei pra minha terra natal,apesar de ter vivido pouco por lá,não deixava de ser amada por mim,foi onde tive meu primeiro amigo,não nos falamos a um bom tempo,até porque na época eu não tinha nenhum telefone ou celular iguais os de hoje,a gente só se via na escolinha e olha lá,como ele morava só com o pai dele,que trabalhava muito e viajava,maioria das vezes ele ia viajar junto,ficava sozinha na hora do lanche.

  Laura me disse tudo oque precisava saber,eu não ia tocar o instrumento que ela tocava exatamente,ia ficar na guitarra junto com o Per e no coral,junto com o Jutty.

    E os dias foram se passando rápidos,estávamos em semana de ensaio geral.Eu me arrumava pra sair,Per ainda dormia.
- Acorda,vagabundo. - se assusta quando jogo a toalha molhada em sua cara.
- A,qual foi. - ele a joga de volta pra mim,estava rouco de sono.
- Levanta,a gente tem que sair daqui 20 minutos. - passo o blush.
- Tá linda. - me elogia pelo reflexo do espelho,o respondo com um sorriso tímido.
- Toc,Toc.
- Não tem ninguém- Per brinca.
- Tá aberta. - estrago a brincadeira.
- Já tá todo mundo pronto. - Sophie me fala pela fresta da porta,provavelmente com medo de abri-la por inteira e ver ele pelado ou algo do tipo.
- Só falta o serzinho ali se arrumar,aí descemos. - sorrio.
- Ok. - ela sai.
- Se você não levantar dessa cama AGORA,você vai ver. - digo entre dentes,ele arregala os olhos e se levanta rapidamente,corre para o banheiro.
- É rapidinho. - a voz era abafada pela porta.Não é que foi mesmo,em alguns minutos ele sai pronto do banheiro,o cheiro do perfume tomava conta de todo perímetro do quarto.Pego minha bolsa no cabideiro e ele a carteira em cima da mesinha,descemos,todos estava a nossa espera.
- Aaae,até que fim.-Chris brinca e Per logo debocha.
- Bora então. - Tobias pega as chaves da van e a busca na garagem,para em frente a casa e todos entram e se ajeitam em seus lugares,maioria sentou pra frente,me restou só os banco do fundo,até que era agradável,o som era bem mais abafado,daria pra tirar um cochilo até chegarmos no prédio,mais não,(in)felizmente Cos e Per fizeram o favor de se juntarem a mim,certo que o Per e meu namorado,porém tem hora que ele tira o dia pra me infernizar,ele se aproximava do fundo com um sorriso maléfico.
- Tenho nem um minuto de sossego,eu em. - reviro os olhos.
- Sei que gosta da minha companhia. - diz convencido.
- Se vocês me pertubarem,juro que dou um safanão na orelha de cada um dos dois. - aponto para ambos que erguiam as mão em forma de rendição.

    Mais ou menos 30 minutos de estrada,finalmente chegamos ao prédio da banda,nele acontecia de tudo,gravações,ensaios,os vídeos clipes,tudo mesmo.Fomos recebidos pela recepcionista,um amor de pessoa,parecia ser uns dez anos mais velha que o pessoal da banda,acho que seus óculos a deixava mais carismatica.
- Bom dia pessoal! - se levantada cadeira com um sorriso largo.
- Bom dia Ennia! - todos dizem
- Tobias...essa é a sua pequena? - ela vem até mim.
- É sim. - ele passa o braço pelos meus ombros.
- A quanto tempo.A última vez que te vi,você era tão miudinha. - serrava os olhos enquanto abaixa a mão até a cintura pra indicar o tamanho. - Está tão linda. - aperta minhas bochechas,certeza que estava vermelha,todos me olhavam rindo.
- Ennia,poderia me dar as chaves do 13° andar?
- Claro! -volta pra trás do balcão,procurava pelas chaves nas gavetas. - Aqui. - estende o braço pra fora e as entrega ao meu pai. - Bom ensaio! - sorri simpática,acenamos e entramos no elevador,estava pouco apertado,mais dava pra chegar viva.A quanto tempo eu não ando por aqueles corredores,me lembro de quando era pequena,corria por eles enquanto meu pai ensaiavA,de vez enquando,olhava ele tocar pela janela do lado de fora,não escutava nada,mas sabia que ele tocava muito bem,não é atoa que eu também toco, como ele diz.

   Bem,estamos na sala 144,não me lembrava de ser tão grande,muita coisa mudou por aqui.A cor do verniz nas paredes e no chão traziam paz pro lugar.
- Tem um piano aqui agora? - passo a mão admirando o mesmo.
- Tem,foi pro clipe do Spillways. - Hayden explica.
- Que foda. - cada palavra ecoava pelo studio.Fomos para os fundos,onde ficava a sala isolada,cada um foi pegando seus devidos instrumentos e se posicionando em seus lugares.
- Gente...fiquei sem. - olho ao redor pra ter certeza.
- Você vai ter que descer tudo de novo,pegar a chave do andar de cima,lá tem uma guitarra.
- Que droga,em. - digo revoltada.
- Eu vou com você. - Cos diz,confirmo com a cabeça,percebi que Per jogou um olhar estranho pra cima dele,ele nem percebeu.
- E andem logo. - Per diz seco enquanto saímos,ergo o braço e levanto o polegar.Fomos para o corredor e pegamos o elevador,dentro dele ficamos em silêncio até chegar ao térreo.
- Oie Ennia,é a gente de novo. - ele vai em pulinhos até o balcão. - Pode nos dar as chaves do 14°,ela ficou sem guitarra,agora temos que ir pegar na sala gravação.
- Aqui,Cos. - ela entrega sorrindo.
- Obrigado. - aceno pra ela e voltamos pro elevador,ele aperta o botão do andar e começamos a subir.No momento em que ainda estávamos no elevador,tive uma sanção estranha,eu acho,ficamos quietos até chegar.E mais uma vez,fomos recebidos com um corredor imenso, a sala ficava bem ao fundo,sua vidraça transparente podia ser vista de longe,fomos até ela.