CAPITULO 5

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  Acordo na manhã seguinte com os feixes de luz no meu rosto,me viro pro canto da parede da amenizar a claridade que me irritava,estando a mão no espaço restante da cama,que bem,era pra estar vazio,e sinto alguém dormindo do meu lado.Na tentativa de ver era,seja quem for que estivesse ali da uma leve mexida me fazendo mentir que estava dormindo,me viro novamente pro outro lado,observo a cama de Per,ela estava vazia,na minha cabeça só se passava uma coisa,"óóó não".
- S/n,acorda! - uma voz soava em meu ouvido. - S/n!!- Me sacudia de leve
- Uuuhm. - resmungo percebendo que tudo era apenas um sonho.
- Acorda,seu pai chegou. - com os olhos entre abertos,vejo Cos me sacudindo.
- Já vou. - digo sonolenta me sentando na cama esfregando os olhos.
- Vai tomar um banho antes,tá cheirando a bebida. - sai do quarto encostando a porta.

  Fico ali sentada por alguns segundo tentando raciocinar que sonho esquisito foi aquele,saio dos meus pensamentos e caminho até o banheiro.Ligo o chuveiro,tiro as roupas e entro.Longos minutos depois,saio de baixo da água fria,me enrolo na toalha e vou a pia escovar os dentes,saio do banheiro e procuro por alguma muda de roupa na cômoda,me visto e desço.
- Bom dia. - comprimento da escada todos que estavam na sala.
- Bom dia,dorminhoca. - Cos brinca.
- Oie pai. - digo num tom seco e vou direto pra cozinha.
- S/n. - ele anda atrás de mim.Me sento em um dos bancos próximo ao balcão e me servindo uma xícara de café.- Eu sei que era pra mim vir ontem,mas e que houve outro imprevisto. - se senta ao meu lado,encaro os móveis a minha frente na tentativa de ignora-lo. - Desculpa filha.
- Olha pai,juro que eu tô tentando ser uma pessoa melhor com você,mas você não colabora.Uma hora diz uma coisa logo diz outra.Você tem que ter mais responsabilidades com as palavras.Só tô aqui,porque prometi pra minha mãe que ia tentar ser melhor com você. - nesse momento percebo que meus olhos se enchem de lágrima,mas tento conte-las,vejo meu pai sem reação,logo me arrependo mentalmente por ter dito aquilo.
- Tudo bem.- ele se levanta e volta pra sala de cabeça baixa.Por que diabos eu disse aquilo?

  Me levanto e vou a caminho da porta,saio e vou para o jardim tentar esfriar a cabeça.Me sento em um dos bancos que tinha por lá,puxo a cartela de cigarros do bolso junto com o esqueiro,acendo um e os coloco no lugar.
- Você tá bem? - Per diz fumando de pé ao meu lado.
- Não sei dizer. - dou uma tragada.
- Ouvi oque disse pro seu pai. - se junta a mim.
- Como? Você não estava na cozinha. - o olho confusa.
- Tava sim,na mesa dos fundos. - joga a bituca na calçada do banco.
- E...eu não Te vi lá.- trago mais uma vez.
- É verdade o que disse? Que tá tentando ser uma pessoa melhor?
- Por que tá me perguntando isso? - digo um pouco auterada.
- Não,por nada. - levanta as mão na altura do peito em rendição.
- Não te devo satisfação da minha vída. - jogo a bituca no chão pisando assim que levanto. - Licença. - ando as pressas pra dentro da casa deixando Per ali sozinho.

●POV ESCRITORA●

- O que deu nela hoje? - Cos segue s/n com o olhar subindo as escadas nervosa,oque parecia.
- Sinceramente,não sei. - Tobias se senta na poltrona.
Per entra e fecha a porta com força fazendo todos da sala assustaram.
- Que isso,Per? - Chris põe a mão no peito.
- Nada.Tobias,quero falar com você.- aponta pro mesmo que levanta e segue Per até a cozinha.
- O que foi? - eles se sentam na mesa dos fundos da cozinha pra que ninguém os visse conversando.
- Eu não sei qual é o problema da sua filha,mas de um jeito antes que tudo piore.- diz apontando várias vezes pra Tobias.
- Acontece,que eu não seu qual é o problema dela.Eu também queria saber,mas ela não conversa comigo. - Tobias se altera levantando da cadeira e pondo as mãos na cabeça.No mesmo instante s/n passa no corredor da porta.
- Tô saindo. - bate a porta,Cos se levanta do sofá que estava sentado e vai atrás de dela.
- S/n! Pera aí.- corre atrás dela.
- Cos,para.- ela para de anda e vira para o garoto.
- Onde você vai?- diz ofegante de cansado.
- Cansei dessa casa.Não vou fica mais nem um segundo aqui.- lágrimas escorrem pelo seu rosto.
- Você teve outro sonho,não teve? - diz mais calmo.
- Tive. - encolhe os braços.
- Você tem que falar com ele sobre esses sonhos,s/n.- põe as mãos nos ombros dela.
- Eu não consigo,Cos. - ele a puxa contra seu peito lhe dando um abraço. - Acho que tudo pioraria.
- Só tenta. - alisava o comprinto de seus cabelos.

  Já era o entardecer do dia,depois da conversa que tiveram na cozinha,Per e Tobias foram para onde era os antigos dormitórios para terminarem de arrumar a bagunça da reforma,já estava quase tudo pronto,bastava colocar os instrumentos lá.Cos e s/n passaram o restante do dia conversando no quarto.

●POV S/N FORGE●

- Eu cansei desses sonhos,Cos.- no mesmo instante,alguém bate na porta. - Pode abrir. - a porta se abre e vejo Chris.
- S/n,tem um cara querendo te ver.
- Ele disse o nome? - fico confusa.
- Não,só disse que queria conversar com você.
- Diz que já vou descer. - dou um sorriso simpático.
- Tá bom. - ele encosta a porta e desce novamente.
- Deixa eu ir ver quem é,licença.-me levanto da cama deixando Cos ali.

  Desço as escadas e vejo meu pai conversando com alguém na porta,não consegui ver quem era,a porta o tampava.Puxo a mesma mais para dentro e tenho em vista Evan,meu ex namorado.
- Da licença pai. - peço.
- Toda. - ele sai e vai pra cozinha.Fecho a porta deixando Evan e eu do lado de fora na varanda.
- Oque quer aqui? - digo num tom baixo.
- Oie primeiro. - diz cínico. - Soube que estava pra cá. - olha baixo.
- Eu já disse,não temos mais nada,Evan. - procuro por seu olhar baixo. - Você jogou fora todos aqueles nossos anos de namoro.Você que quis terminar.
- S/n,você entende,eu precisei ficar um pouco só,quis dar um tempo,não terminar.Precisei de você naqueles dois anos de terapia.Sabe que não foi fácil pra mim.

▪︎flashback/ pov escritora▪︎

  S/n estava na sala assistindo televisão,mas se assusta quando Evan bate a porta ao entrar.
- Amor,oque houve?- se levanta e vai até ele que caminha rápido até o andar de cima.
- S/n,me deixa. -joga o braço pra trás na tentativa de afasta-la,entra no quarto e fecha a porta na cara dela.Ele anda de um lado pro outro,parecia nervoso.
- Amor.- encosta a testa na porta.- Abre pra mim,me conta o que aconteceu.Peter.- dava leves socos na porta.O momento é tomado pelo silêncio.Quando s/n ia saindo,Evan abre a porta calmamente.
- Você nunca me chamou de Peter. - encosta no batente da porta de braços cruzados e olhar ainda baixo,s/n para ainda de costas pra ele.
- Oque aconteceu na terapia? É sua primeira semana e já está nervoso.- se encolhe entre os braços.Evan anda até ela e a abraça por de trás apoiando a cabeça entre o pescoço e o ombro dela.
- Eu acho melhor a gente dar um tempo,até que tudo isso acabe.Me da algumas semanas,você pode ir pra casa da sua mãe ou do seu pai. - ele vira ela pra si e segura seu rosto,a garota chorava.
- Tanto faz.- ela tira as mãos dele de seus rosto e entra no quarto.Vai até o armário e pega algumas malas,Evan observava tudo da porta,estava triste por ter que fazer aquilo,tava escrito no seu olhar.S/n abre as gavetas e as portas do guarda roupa e jogava todas as peças de roupas possíveis  nas malas em cima da cama,a cada intervalo da cama até o guarda roupa ela enxugava as lágrimas.
- Eu não queria isso. - Evan se senta na cama e continua a observar com os olhos mergulhados em lágrimas. - É pro seu bem meu amor. - segura a mão dela enquanto guardava os calçados na mala.
- Pro meu bem,Evan?- diz alto apontando pro próprio peito. - Você nem se quer me disse o que aconteceu lá,e vem dizer que e pro meu bem.Oque e pro meu bem Evan Peters?- ela cai ainda mais no choro,Evan sai a pressas do quarto limpando o rosto,deixando-a ali sozinha,ela se senta na cama e fecha os zíper das malas.

  Depois de um tempo,s/n desce do quarto,Evan estava sentado em posição fetal perto do balcão da cozinha,chorava horrores.
- Já tô indo. - diz se recompondo,Evan apenas se vira,dando as costas.S/n limpa o rosto e sai.

▪︎flashback OFF▪︎

- Você disse,semanas e já se passaram 4 anos. - digo chateada.
- E...eu sinto muito.- segura minhas mãos.
- Você não ligou,perdemos todo contato e até hoje não me disse oque aconteceu lá.- recuo minhas mãos.- Aliás,como soube que estava aqui?
- Mandei mensagem pro seu pai,e é inverno.- olha pro lado.
- Melhor ir embora Evan. - dou com a cabeça.
- A gente pode conversar outro dia? Juro que te explico tudo. - junta as mãos em juração.
- Tá,tá Peter,agora vá embora,por favor. - me envolvo nos meus braços,antes dele sair,me da um beijo na testa.Assim que Evan vai embora,entro e subo para um escritório vazio que tinha próximo aos quartos,no final do corredor.Me junto aos móveis empoeirados,sentando em um canto e caio no choro.

Graças Ao Pai  | Per Eriksson(Sodo) × Leitora  Onde histórias criam vida. Descubra agora