Onde o caçador se apaixona pela ovelha.
Essa história é um conto a mais para Crepúsculo, onde Carlisle Cullen conta sobre sua vida antes de virar vampiro e formar sua família.
Atenção!⚠️
Essa obra foi totalmente criada por mim, porém, me baseei muit...
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Em 1825, eu voltei para casa.
Durante a época na guerra, eu presenciei capítulos que eu preferiria morrer a ter que me recordar.
Meus pais nunca me enviaram nem sequer uma carta, eu poderia ter desaprendido a escrever.
Quando voltei para Londres, descobri que um dos caras que costumavam me zoar acabou por virar uma das vítimas desse tal killer. ... O sangue deveria ser amargo assim como ele.
Descobri também que minha mãe havia falecido por conta da febre e que meu pai estava se drogando constantemente.
- Você não poderia ter morrido lá? Pelo menos seria um homem com honra seu mariquinha de merda. - ele dizia com a garrafa de whisky na metade.
A sala onde ele ficava morrendo a cada dia, estava com restos de cigarro no chão e cheiro de mofo.
No dia do meu aniversário, onde eu completaria 20 anos, decidi ir ao cinema. E foi lá onde eu a encontrei.
O cabelo dela era tão escuro quanto os troncos das árvore; Seus olhos eram de um tom ferrugem com detalhes amanteigados; Seus lábios... Ah eu viajaria até a estrela mais funda do universo por aqueles lábios. Suas bochechas rosadas. Sua mancha no canto inferior da boca só vista quando muito bem reparada. A e eu a reparava muito.
Durante o outono de 1825, eu passei a ir todos os domingos ao cinema à procura dela. Às vezes eu nem optava em ver algum filme, apenas ia para achá-la e dessa vez não iria deixar ela escapar.
Às 20:40, ela não apareceu. Às 21:55, também não. 22:26... 23:10.
O inverno chegou.
JORNAL: OS ASSASSINATOS SEM COMPAIXÃO CONTINUAM POR ATORMENTA LONDRES. O KILLER CONTINUA À SOLTA NAS RUAS A PROCURA DE MAIS UMA VÍTIMA.
!CUIDADO, NÃO ANDE NAS RUAS DE NOITE E PRINCIPALMENTE NOS BECOS ONDE O CULPADO MAIS UTILIZA COMO MATADOURO. MANTENHA SEUS FILHOS EM CASA.
A rua em certo horário começava a esvaziar, por medo do escuro, por medo da morte. Eu teria pena do homem que fosse me matar. Eu diria: "Aconselho que esvazie cada gota de sangue que corre no meu corpo, e use para qualquer seita ou pacto que esteja planejando." Nada me assustava, a não ser pensar na possibilidade da jovem de cabelos escuros ter se tornado uma vítima.
Andando pela rua às 23:23, eu puxava a gola do agasalho mais para o alto para que pudesse tapar meu queixo. Esfregando minhas mãos umas nas outras que estavam tapadas pela luva e ao mesmo tempo soprando elas.
O frio que estava me rodeando.
Assim como o jornal alertou, eu não andava pelos becos, e muito menos perto deles. Mas neste momento, eu não estava me importando com isso. Mais uma vez, a jovem não havia aparecido, e mais uma vez, eu estava indo para casa de mãos vazias. Na rua, o único barulho presente era das folhas das árvores se batendo por conta da ventania. Ninguém estava lá, e eu estava a poucos metros da minha casa.
Uma coisa que a guerra me ensinou foi nunca ter medo do escuro, porque é nele que você se esconde de si próprio e do seu inimigo, talvez você possa ser seu próprio inimigo.. No escuro é onde você não vê, onde o mundo te cega totalmente, mas em um mundo onde você não quer ser um covarde, você vai até o escuro que seu inimigo está e ataca ele antes que ele pudesse sentir sua presença. E foi exatamente nisso que eu pensei quando os olhos vermelhos parados no fundo do beco me paralisaram. Foi nesse momento que eu percebi quem era a presa e quem poderia ser o caçador. E naquele momento eu tinha certeza que eu não estava apto para caçar.