Capítulo 3

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     - Até onde a tolice dos humanos chega

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- Até onde a tolice dos humanos chega. Mesmo depois dos diversos alertas, olha o que eu encontro aqui, um mortal. Agora eu não precisarei entrar em uma casa em busca de um alimento, assim como o papai noel. - a presença soltou uma risada.

Ele estava em um completo breu, não conseguia distinguir sua forma mas sabia que era um homem de cabelo acinzentado.

- Me diga rapaz, qual o seu nome?
- Me chamo Jonathan, senhor.
- Vocês mortais... Se acham tão espertos.

O homem saiu do beco e chegou em uma distância que meus olhos poderiam vê-lo perfeitamente.
Ele parecia ser um homem de idade avançada, seu rosto aparentava verrugas e expressões enrugadas, porém, não aparentava ser indefeso, muito menos burro.
Usava um sobretudo preto, mas parecia que nem ao menos precisava daquilo.
Ele era esperto, e eu era apenas um peão que havia caído feito bobo no jogo dele. Agora eu seria jogado de escanteio. Agora seria a vitória dele.

- Me diga seu real nome.

Naquela altura... mentir não me levaria a lugar nenhum.

- Carlisle Cullen.
- Que belíssimo nome para ser escondido.
- Por que você quer saber?
- Gosto de saber o nome das minhas vítimas.

E então em um só gesto, o homem estava sob mim.
Ele não usava uma faca ou uma arma, ele usava os dentes.
E agora eu sabia o real motivo daqueles olhos vermelhos e o porquê da pele dele ser tão gelada e agonizante.

...
- Um dia você verá que a melhor opção para algumas situações é a morte. Se você for amigo da morte, ela então será sua amiga, e acredito que você não iria querer traí-la. Não entre nessa amizade esperando usá-la para assim ter mais um tempo de vida, entre esperando ser acompanhado até o caminho das almas. Mas, se você for amigo dela, você irá viver como uma alma em um corpo sem coração, e sucumbiria a aprender a ter um coração em sua alma, mas se você a trair, irá viver em um mundo onde você está lá, seus parentes estão lá, mas eles não poderão te ver, nem te tocar, você se tornará uma alma aprisionada a ver seus aliados terem tudo o que você queria e não pode ter por conta de atitudes covardes. Querido, o mundo é feito para os fortes, ou você aprende a ser um, ou morra pelas mãos de outro. Morra como um homem mas nunca como um menino.
...

Nunca fui bom com palavras, muito menos com ações. Se fosse por isso e pelo o que minha educação teria me transformado, ou se meu objetivo era se tornar uma pessoa como meu pai,
EU seria o homem no beco,
EU seria o caçador.

Eu sentia o meu sangue escorrer por todo o chão gelado.
Sentia minha vó botando as mãos enrugadas em meu ombro.
Me vi sentado no chão da garagem lendo os livros de medicina e corpo humano que eu pegava da biblioteca.

Será que era assim que os outros se sentiram?

Minutos depois, uma dor terrível cobriu todo o meu corpo e alma.
Lava entrando sobre as minhas entranhas, como se meus órgãos estivessem se empurrando para fora.
Eu poderia gritar o quanto que fosse, ninguém me ouviria, ninguém.
Dor, uma dor tremenda que bocas humanas não saberiam explicar ou muito menos acreditar.
Minha visão embaçou.
Minhas mãos se contorceram.
E Então...

A dor passou.

cybele

O Primeiro CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora