perfect

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Eu tenho fé no que vejo
Agora sei que conheci um anjo em pessoa
E ela está perfeita
Eu não mereço isso
Você está perfeita esta noite

Perfect, Ed Sheeran.

— Rita, ela roubou minha carteira, Rita! – Mário Jorge gritou, assustando Rita que estava ao telefone e tentando segurar Tatalo que se pendurava na mesinha.


— Mário Jorge, por favor. Eu tô no telefone. – ela revirou os olhos quando Isadora começou a correr do pai, que tentava recuperar a carteira.

— ISADORA DE ALMEIDA DASSOIN! DEVOLVE MINHA CARTEIRA! – o grito se instalou no ambiente, fazendo Rita derrubar o telefone e Isadora se esconder atrás da mãe. — Essa garota vai me enlouquecer, Rita, isso aí é o olho junto! Garota mau caráter!

— Céus! Você é pior do que a criança. – Rita pegou a carteira, entregando para o marido. — Estamos atrasados e a Celinha vai matar a gente!

— É culpa dessa garota do olho junto! – Mário Jorge ergueu Isadora nos braços, enquanto Rita pegava Tatalo.

— Eu já falei pra parar de chamar ela assim! – Rita desferiu uma série de tapas, fazendo ele se esquivar com uma almofada.

— Tá vendo Isadora? – o pai encarou a filha, que ria animada. — Sua mãe é maluca.

— Como é? – ela arqueou a sobrancelha e ele colocou a filha na frente dele.

— Nada! Não falei nada, agora vamos antes que a Celinha tenha um siricutico. – Mário Jorge saiu disparado até o carro, Rita foi logo atrás com Tatalo adormecido em seus braços.

Chegaram ao local da festa de bodas de casamento, os olhos de Rita brilharam com a decoração e os de Mário Jorge com a quantidade de comida servida no buffet, o corpo de Celinha estava perfeito naquele vestido, não havia um vestígio sequer de gravidez, como o corpo de Rita aparentava.

— O corpo da Celinha é perfeito. – ela reclamou meio chorona, escondendo o rosto no ombro de Mário Jorge.

— Ainda prefiro o seu. – ele rebateu, beijando o topo da cabeça dela e colocando Isadora no chão. — Essa garota vai dar trabalho Rita, e isso é por causa do olho junto!

— Eu juro que se você falar isso de novo, eu te jogo nessa mesa de talheres. – ela rebateu, indo cumprimentar Celinha e Arnaldo.

— Se precisar de ajuda Rita, eu tô aqui! – Copélia surgiu ao lado deles, fazendo Mário Jorge pular de susto.

— Mas tu não presta mesmo… – ele apertou os olhos. — Oh lá a cachaceira, se controla viu Copélia, que isso aqui é festa de família, vovó!

— PARENTA! – a mão de Copélia estralou no ombro dele, atraindo a atenção de Rita e consequentemente de Isadora.

— Pepé. – Isadora disse erguendo os bracinhos, Copélia se abaixou para pegá-la.

— NÃO! – Mário Jorge pegou a menina. — Você perto dela é um perigo, por enquanto deixa só ela bater minha carteira.

— Céus. – Rita revirou os olhos, sentando-se na mesa e roubando o suco do garçom.

Mário Jorge soltou Isadora no chão e sentou-se ao lado de Rita, observando quando Copélia finalmente conseguiu pegar Isadora nos braços e a levar para o open bar (afim de dar refrigerante para a garotinha que recusou no mesmo instante). Celinha não parava de receber os convidados e Arnaldo forçava um sorriso de felicidade. Mário Jorge se deliciava com as sobremesas da festa enquanto Rita tentava segurar Isadora para ela não subir na mesa.

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