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voltei amiguinhos!
tava sem celular, mas esse problema já foi resolvido! 💗

•••

— Você tem certeza? – Rita perguntou pela terceira vez, Helena estava levantada em seu colo, encostada no peito da mãe e tendo leves batidinhas nas costas para dormir.

— Dona Alvara insistiu. – ele respondeu pela terceira vez também, colocando as mamadeiras na bolsa. — E qualquer coisa nós subimos. E já tá na hora dessa princesinha ser apresentada pro Jambalaya.

— Tudo bem. Mas saiba que eu só tô indo porque eu e ela já estamos prontas. – ela olhou para Helena, sentindo o cheirinho do perfume de bebê e continuando a balançar ela.

Dona Alvara inventou uma festa pelo aniversário do Jambalaya, Rita desde o início disse que não iria, talvez pelo fato de Helena ter três meses, mas dona Álvara a ameaçou com uma multa caso ela não fosse e não levasse Helena. Rita não teve escolha a não ser se arrumar.

Estava com um vestido longo vermelho, havia uma fenda na perna direita e usava um salto agulha preto. Os cabelos soltos e ondulados com um pequeno penteado para que não caísse em seu olho. A maquiagem leve só sobrecarrega o batom vermelho. Mário Jorge estava de terno assim como Tatalo, a exigência eram as roupas serem de gala. Isadora ainda não deu sinal de vida, o que levantava uma pequena preocupação.

A porta logo foi aberta pela loira que entrou eufórica.

— Me dá a pirralha, rápido! – ela praticamente roubou a irmã dos braços da mãe que a olhou incrédula.

— Isadora! Me dá ela aqui. – Rita tentou pegar a filha de volta, mas Isadora contornou a sala. — Isadora de Almeida Dassoin, não me faça ir aí!

— Mãe eu preciso dela pra pegar a fila preferencial do banco, preciso fazer uns bicos. – disse simples, Rita abriu a boca incrédula.

— NÃO! – Mário Jorge pulou pelo sofá, pegando cuidadosamente Helena dos braços de Isadora. — Vai se arrumar, garota! Sua mau caráter.

Isadora deu meia volta e em 15 minutos apareceu pronta, e quando eles desceram Rita se arrependeu no mesmo momento. Haviam dançarinos, um banner assustador com a foto da Dona Álvara, a única coisa boa era a mesa cheia de comida. Arnaldo, Celinha e Adonis estavam ali há horas, Rita se aproximou com Mário Jorge. Helena estava no bebê conforto e obviamente as atenções foram para a pequena adormecida. Rita havia grudado Isadora nela, então a garota tentava a todo custo sair de perto da mãe para ficar com Copélia.

Celinha cantava para Helena uma musiquinha irritante, a pequena que dormia agora tinha os olhos vidrados na loira a sua frente. Adonis segurava o brinquedo que havia dado para a pequena enquanto tentava não sentir vergonha da mãe.

Em poucos minutos Helena estava nos braços de Celinha e sendo a atenção central da festa. Isadora finalmente saiu do braço entrelaçado de Rita e foi beber com Copélia. Bozena contava as histórias de Pato Branco e Mário Jorge se segurava para não jogar a bebida na Polaca.

Agora Helena estava no colo de Bozena que dançava uma musiquinha com ela, por incrível que pareça, Bozena era uma das madrinhas de Helena, por insistência de Rita. Já que desde o episódio do hospital, elas pareciam irmãs e melhores amigas, o que fez Mário Jorge estranhar, mas nada perguntou.

Mas como tudo tinha que dar errado no Jambalaya, não demorou muito tempo.

— Vem cá, Tatalo. Essa tirolesa é segura mesmo? – Celinha perguntou sem tirar as atenções de Helena.

— Depende do significado de seguro para você. – ele rebateu. — Eu fiz isso com um fio de poste, os riscos de uma explosão são altos.

— Toda vez que eu olho para esse garoto eu desconfio do moço que vendia churros na nossa rua. – ele encarou Rita que lhe mostrou o dedo, virou-se para Tatalo e desferiu um tapa na cabeça do garoto. — Ficou doido moleque? Não vou pagar multa nenhuma por sua causa!

— Calma! Se ninguém usar a tirolesa, nada acontece. – disse simples, enquanto a irmã mais nova puxava seu cabelo. Eram raros os momentos dos três filhos juntos, sem estarem quase matando a mais nova.

— Tarde demais… – Isadora apontou Dona Álvara se preparando para descer a tirolesa.

Ele não sabia explicar, mas a única reação de Mário Jorge foi deixar os filhos e Rita perto dele, se certificou que agora Helena estava nos braços de Rita e apertou o pulso de Tatalo, que abraçava Isadora de lado. 

— Aqui vou eu. – a risada irritante preencheu o salão, Arnaldo gritou para que não fizesse isso, mas foi tarde demais.

Sim, houve uma explosão. E o único instinto de Mário Jorge foi proteger Rita e os filhos puxando-os para trás de si. Foi um breve apagão, a luz logo voltou. Rita fazia Helena parar de chorar e Mário Jorge não desgrudou um segundo dos dois mais velhos, Isadora achava graça da situação e Tatalo permanecia congelado.

Dona Alvara apareceu, torrada. Havia fuligem sob ela e seus cabelos estavam arrepiados, foi impossível segurar a risada, quando Rita viu já estava em uma crise de riso, o que fez boa parte do salão a acompanhar. Sua barriga doía e o ar lhe faltava mas ela simplesmente não conseguia parar de rir.

— Rita? Endoidou? – Celinha a olhou e tentou prender o riso, em vão.

— Desculpa mas é que… – ela parou para limpar uma lágrima. — É estúpido que ela tenha achado seguro descer uma tirolesa com um fio de poste. E pior é ela ainda estar viva. – a risada não cessou, na verdade aumentou, o que levou o salão a rir junto.

— Dona Rita, a senhora me aguarde. – Rita riu mais ainda quando viu uma faísca saindo do cabelo de Dona Álvara.  — E você, Tatalo. O que é seu tá guardado.

— Acho que deu, né? Vamos todo mundo pra casa. – Celinha disse, pegando Helena e saindo na frente. Deixando Rita sem reação.

Logo estavam todos no apartamento de Rita, enquanto Bozena, Copélia,  Tatalo, Isadora e Adônis brincavam de esconde-esconde, o quarteto estava na sala. Mário Jorge tentava fazer Helena falar seu nome e Rita encarava desacreditada. 

— Ela tem três meses, não tem noção que ela tem pés. – o sorriso de Mário Jorge morreu no instante em que Rita desferiu a frase.

— Coxuda estraga prazeres. – ele fez uma careta antes de escutar um estrondo vindo do quarto de Copélia. 

Logo Isadora apareceu com Tatalo mancando e ela gargalhando, Copélia atrás no mesmo estado.

— Ai, tô toda dolorida. – Bozena reclamou se largando na cadeira.

— Céus, o que houve com vocês? – Arnaldo perguntou.

— Arrombaram o armário e caíram. – Isadora disse simples, sentando-se na bancada.

— Tatalo, meu filho, você é gay? – Rita perguntou extremamente séria e Mário Jorge deu um pulo de susto.

— Que? Não, mãe! Eu literalmente caí do armário.

— Copélia sua pinguça mau caráter! O que você tava fazendo com o Antônio Carlos no armário? – ele se aproximou pé ante pé.

— Nada! A gente estava brincando e a porta do armário quebrou.  Tatalo não faz meu tipo, ainda. – ela fitou o garoto que ficou vermelho no mesmo instante.

— Eu desisto dessa família. – Adônis que, sem ninguém perceber, estava com Helena no colo. — E a Heleninha também!

E isso foi confirmado, quando Helena abriu um sorriso.

vejo vocês em bambuluá, 
amiguinhos :)









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