Visita Inesperada

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Uma fanfic de um shipp aleatório que eu vi algumas fanarts e pensei "Hmmmm, por que não, né?"

Já avisando que algumas coisas podem não ser condizentes com os acontecimentos do jogo;

Caso não goste do shipp, não escreva comentários maldosos, apenas saia e leia algo que goste;

Não esqueçam de deixar uma estrelinha e de comentar ☆;

Sem mais enrolar, tenham uma boa leitura 🤗.

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A noite estrelada dava um ar confortável no Santuário Narukami. Tudo estava silencioso, não haviam muitas pessoas passando por ali para dizerem suas preces por conta do festival que acontecia no centro da cidade de Inazuma.

Shinobu via de longe as luzes da cidade ganhando vida, conseguia ouvir o som abafado da música local. Ver aquela cena a beira do Santuário lhe dava uma sensação boa, mas ao mesmo tempo de solidão.

A sacerdotisa de cabelos verdes e soltos, soltou um suspiro triste.

- "Se ao menos eu não estivesse trabalhando hoje... Adoraria visitar a cidade" - pensava consigo mesma.

Ser uma sacerdotisa do Santuário da Ilha Narukami nunca foi sua vontade, porém como sua família já tinha essa tradição a anos, ela não poderia quebrá-la. Ainda mais sabendo o quão rigorosos seus pais eram em relação a seguir as regras do local. Shinobu poderia dizer que era totalmente deprimente trabalhar no Santuário, eram sempre as mesmas tarefas, as mesmas pessoas, era tudo a mesma coisa e nada parecia mudar. Para ela, fazer as mesmas atividades todos os dias a deixava agoniada e até mesmo de mau estar, sentia-se como se seu ânimo fosse tirado a partir do momento em que acorda e percebe que está naquele local por obrigação.

Para piorar a sua situação, ela teria de trabalhar bem no dia de um festival que acontecia a alguns quilômetros de onde estava.

-Se ao menos... Se ao menos houvesse um jeito de ir até lá... - soltou um longo suspiro abaixando a cabeça. Não era de sua personalidade desistir de algo que lhe era posto na cabeça, mas sua mente estava tão gasta que nem se quer tinha forças para continuar observando a cidade. Se virou para voltar para o templo e orar pela milésima vez.

- Pssst... Hey, Shinobu - ouviu uma voz chamar atrás de si.

Aquela voz calma, mas com um toque travesso... A garota sabia muito bem de quem se tratava.

- Heizou...?! O que você está fazendo aqui?! Não deveria estar trabalhando?! - soltou as perguntas assim que viu o rapaz de cabelos bordô, com o uniforme roxo tendo em seu centro o símbolo electro, mostrando que faz parte da comissão Tenryou, apoiando os braços na barra de proteção que tinha ao redor do Santuário, com um sorriso no rosto.

- Boa noite pra você também. E respondendo suas perguntas: 1° Tirei uma folguinha (lê-se fugindo de minhas responsabilidades) e 2° - disse se aproximado de Kuki - Queria ver a minha sacerdotisa favorita - deu um sorriso de lado, fechando os olhos no processo.

Sempre fora assim desde que conheceu o detetive a 3 meses atrás.

Flashback on:

Se lembrava da primeira vez que o viu no Santuário, Heizou parecia estar querendo mais fugir de alguém, do que querer falar suas preces. Como um de seus deveres como sacerdotisa era ajudar as pessoas que vinham ao local, ela se aproximou do rapaz lhe perguntando se precisava de ajuda, o que resultou nele perguntando de forma simplista qual seria o melhor local para ficar escondido.

Com certeza aquele foi o primeiro dia agitado que Shinobu teve desde que começou a trabalhar ali. Para a sorte de Heizou, Shinobu lhe mostrou um lugar perfeito para se esconder. Não demorou muito para a líder da Shogunato, Kujou Sara aparecer junto com outros membros do grupo perguntando a todas as sacerdotisas se não haviam visto um rapaz com o uniforme de sua comissão. Kuki foi uma das interrogadas, a mesma apenas disse que não havia aparecido ninguém com a descrição que Sara comentou. Após olhar todos os lugares do Santirario, A comissão foi embora e Shinobu foi avisar ao rapaz que a barra estava limpa. O Shikanoin não parava de agradecer por tê-lo salvo das mãos da Kujou.

- A partir de hoje, a senhorita se tornará a minha sacerdotisa favorita, sempre que eu vier aqui, vou até você para que possa ouvir as minhas preces - disse ele pondo a mão esquerda na cintura e com a mão direita fez um L.

Ao todo a garota não havia entendido o que o rapaz de olhos verde esmeralda e com pintinhas embaixo dos olhos estava dizendo, mas não demorou muito para ele começar a frequentar o local e ir diretamente nela, mais para fofocar sobre o seu dia, do que fazer preces. Shinobu tinha que admitir, ele era divertido e lhe fazia esquecer por um instante que trabalhava em um Santuário importantíssimo.

E foi dessa forma que a sacerdotisa e o detetive acabaram se tornando amigos.

Flashback off:

- Fala sério, Heizou, você está fugindo da Sara de novo? - perguntou com um tom sarcástico na voz.

- Hehe, você é bem observadora. Mas na verdade eu quero te convidar pra vim comigo até a cidade celebrar o festival. Uma vez você me disse que gostaria de ver os fogos de artifício de perto.

- Você ainda se lembra disso?! - perguntou surpresa, já que fazia um bom tempo que havia comentado com o mesmo sobre o assunto.

- Claro, eu nunca esqueço de algo - pos as mãos na cintura, se achando. A garota de olhos roxos revirou os olhos suspirando fundo.

- Eu até gostaria de ir... Mas eu tenho de cuidar do Santuário - dizia sem muita vontade na voz.

Heizou percebia as menores coisas nas pessoas, como saber quando estão mentindo, qual o verdadeiro sentimento que estão sentindo, se estão escondendo algo, nada saia despercebido de sua intuição. Ele podia ver que por mais que Kuki dissesse que teria que continuar trabalhando, não era aquilo que ela realmente queria. Podia-se notar as pequenas olheiras embaixo de seus olhos, que por sinal mostravam estar cansados e seus lábios estavam trêmulos, como se estivesse reprimindo sua verdadeira vontade.

Era uma cena que o Shikanoin não queria ver de sua querida amiga, ela parecia estar psicologicamente exausta. Limpou a garganta e logo se pronunciou:

- Conte-me outra, Shinobu. Estou vendo de longe que você precisa relaxar e nada melhor do que sair para curtir a noite.

- Você ainda não entendeu que eu...

- Nananinanão. Eu me recuso a você recusar o meu convite - estendeu sua mão a ela sorrindo sem mostrar os dentes - Então, aceita vir comigo, Kuki?

Uma Noite Por InazumaOnde histórias criam vida. Descubra agora