Capítulo 1

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- Naru, não pode continuar assim. - a voz gentil e repreendedora o chamou

Ele parou de digitar e se virou na cadeira com a testa franzida

- assim.... Como?

Ela ergueu a sobrancelha, indignado que o loiro teve a ousadia de lhe perguntar e começou a listar com os dedos:

- comendo porcaria, se trancando no quarto, não falando com ninguém, poxa, eu fico preocupada. - sakura suspirou - eu sei, isso dói. Dói pra caralho. Mas por favor, se um não deu, você não tem que ficar forte para se preparar pra outro?

Naruto antes que percebesse baixou a sua cabeça, fugindo dos olhos verdes da rosada. As lágrimas que estavam querendo se formar, começavam a acumular em seus longos cílios. Seu olhar estava preso em suas mãos que não paravam quietas roçando os dedos um nos outros, com os olhos azuis já tomados de água.

- Eu só....não consigo esquecer que esse um se foi. Parece tão surreal. - sussurrou - Por favor, sakura. -, encarou a amiga - Você tem noção de como dói, mas não sabe o quanto dói, nunca sentiu isso. Não pode falar que entende. E eu não te julgo por isso. Eu preferia Morrer do que ver a minha amiga sentir isso. Isso foi muito, saku.

As lágrimas não paravam de transbordar de seus olhos. Mesmo em pouco tempo, elas fugiam sem controle algum.

Sakura pareceu ficar magoada por um momento, antes de suspirar e entender o quanto isso o mágoa, era frustrante pra ele sentir isso, ela nunca de fato havia sentido, e rezava para que não sentisse. Mesmo assim, ela estava ali para ajudar, e quebrava o seu coração ver o seu amigo tão tristinho. Ela não podia simplesmente cruzar os braços e fingir que não notava a dor que ele estava passando.

Ela se aproximou e se sentou no sofá da sala, do lado da cadeira onde o loiro sentava.

- vai ficar tudo bem naru - pôs a mão no ombro do amigo e o puxou para um abraço desajeitado. - me desculpe - sussurrou.

Ele desistiu de se prender a cadeira, e passou para o lado vazio do sofá, aceitando de bom grado o abraço caloroso que sua amiga estendia para si. Ele passou os braços pela cintura dela e a abraçou também - me desculpe também - sussurrou. - fui um pouco rude, não é? Foi mal, eu não queria.  - disse enfiando o rosto no ombro da rosada que liberava seu cheiro como se para o acalmar.

- você foi um babaca, naru. Mas eu te perdoo, você parece um pirralho, mas sei que é um pirralho racional. - afagou o cabelo dele e se permitiu relaxar escutando a fraca risada abafada do amigo.

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