Capitulo 26

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No escalar da rua, uma voz estrondosa soava irritantemente no meio da madrugada.

- aí meu Deus! Alguém pode fazer o Obito parar de cantar?! - shisui reclamou e quase desistiu de carregar o primo em seu ombro, o jogando pro lado a cada segundo que obito se tornava grudento demais pro seu espaço pessoal.

- alguém dê um murro nele. - sasuke chiou, já cansado de toda a gritaria que o primo fazia no meio da rua, principalmente naquele horário. Não era horário para fazer tanta gritaria. O lugar estava deserto por causa dos uchihas? Sim, mas ainda haviam funcionários trabalhando para eles e outros convidados para o casamento e ele com certeza não queria ser motivo de fofoca pela manhã.  Se ninguém batesse naquele bêbado, ele bateria.

- eu tô de acordo. - rin tentou usar um tom sério na sua frase, mas não conteve a si mesma, simplesmente achando o seu futuro noivo fofo demais enquanto bêbado. Era por que o dia do casamento deles seria em breve? Ela não sabia.

- O MEU AMOR NÃO ME AMA MAIS! - óbito  berrou e chamou  atenção de alguns hóspedes que passeavam por ali, que olhavam recém assustados pelo barulho, enquanto alguns apenas riam - os mais próximos do casal - que sabiam do jeitinho do noivo.

Ok, o amor tem limite.

- se continuar assim, não mesmo! Fala sério, quem é a namorada dele?! - rin reclamou emburrada.

- pelo que eu me lembro, você. - sasuke disse e rin grunhiu uma risada exausta.

Mikoto riu suavemente e voltou a falar com kushina.

- é sempre tão divertido assim? - kushina riu.

- geralmente, sim. - ela riu também, mas sua feição escureceu em pouco tempo. Isso foi tempo o suficiente para que a ruiva notasse de que havia algo que não se encaixasse em toda aquela felicidade que tinha na família uchiha. Nem tudo é perfeito como parece. Disse ela sabia muito bem.

- "geralmente", é? - kushina perguntou, voltando a olhar para frente. - algum motivo em específico?

Mikoto deu um sorriso triste, enquanto tentava falar o mais baixo que desse. Ela não queria estragar a madrugada que até agora estava tão boa com problemas familiares. Enquanto ela não queria deteriorar a noite, ela ainda se sentia um pouco aliviada em poder discutir seus problemas com outras pessoas que não fossem sua família. - meu marido...não se da muito bem com o resto da família.

Ela suspirou - me deixe adivinhar. Um homem forte, alfa, que se acha a cima de todos e usa força para conseguir o que quer? - ela não pôde evitar de olhar para seu filho logo a frente, que segurava a mão de uma pequena himawari grogue de sono. Ele tinha um sorriso brilhante no rosto e parecia muito feliz. Diferente daquela época. Ela as vezes se sentia tão irritada ao lembrar que não percebeu a mudança em seu filho, em quão ruim ele estava e que todo o dia fingia um sorriso - não com seus pais e principalmente, não com seu bebê...

- você...você ama ele? - sua garganta secou e sua voz vacilou, mesmo assim, ela perguntou. Ela perguntou porque não deixaria a história se repetir mais uma vez e principalmente, com uma amiga que agora era tão querida.

Um silêncio tomou o ar e até mesmo a barulheira de lá atrás parou.

Kushina se arrependeu de imediato, mas quando foi falar, uma resposta da Mikoto veio antes.

- eu não sei...Eu amo o homem que ele era antes, mas esse....eu não amo esse homem. Eu não sei como ou o porque ele mudou! Ele só... só sumiu. O homem pelo qual eu me apaixonei sumiu. - ela despejou as palavras, com pequenas lágrimas nos olhos e kushina colocou sua mão em seu ombro, a apoiando.

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