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Um deja-vu estranho

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Um deja-vu estranho

Terminamos a maquiagem e sai do meu camarim, nossa cena vai ser ao ar livre, me direcionei ao lugar onde seria a gravação, saí de dentro do estúdio e logo dei de cara com todos a minha espera, a manhã estava linda, estava com o roteiro em mãos e ali mesmo decidi da uma revisada antes de entrar em ação, escutei meu celular vibrar no bolso do vestido que estava usando, eu tinha esquecido te tirá-lo e guardar na bolsa, não olhei de quem se travava, apenas coloco em cima de uma mesa que estava ao lado da câmera.

—Pode olhar para mim? —Pergunto um moço alto de olhos claros, que cuida dos pertences do elenco.

—Claro! Mas, você não pode gravar com seus acessórios pessoais, você precisa tirar o anel que está no seu dedo, depois da gravação pode pegar.

—ah, claro, desculpa!. —Tirei o anel e entreguei para o mesmo.

Não podemos gravar com nossas coisas pessoais, isso pode confundir a cabeça de quem está assistindo, é necessário usar assessórios da própria personagem que está sendo retratada. Voltei a ler o roteiro e uns minutos depois fomos chamados para a gravação.

(...)

Tivemos uma pausa de 2 horas para descanso, estava cansada de gravar e regravar, sentei na cadeira que estava do lado da câmera e trouxeram água para a gente, perguntaram o'que queríamos comer e eu fiz um pedido, pedi uma hambúrguer com bastante salada, eu sei que isso não é almoço mas é oque me dar forças, estava observando tudo que estava ali e me percebi Ayla muito quieta, estava sentada na minha frente e estava segurando seu braço como se estivesse com dor, deixei a água de lado e fui em direção a mesma para saber oque tinha acontecido.

—Ayla, o que aconteceu com seu braço? —Pergunto

—Apenas machuquei e não quero contar para o diretor, não quero dublê no meu lugar. —Ela fez uma cara tão feia, que eu deixei de lado.

—Tudo bem, se precisar estou aqui. —Disse e sai do seu lado.

Sentei na cadeira novamente, estava distraída quando Adan chegou me gravando para seus stories.

—Olha nossa Alexa, é linda fora das câmeras, mas na frente delas é assustadora. —Ele virou o celular para meu lado.

—Nem tanto gente, agora o Adan é realmente muito medroso, sinceramente. —Rimos juntos.

—A Lilian tem medo de sangue falso gente, falei tô bem.

—Nossa Adan, não precisava humilhar. —Logo depois ele cancelou a gravação e tiramos uma foto

(...)

Fui para meu camarim, e vi que a porta dele já estava aberta, e eu não deixo ela aberta, por segurança mesmo e é necessário que todas as portas de todos estejam fechadas, pois nelas estão os roteiros de todos e é nossa responsabilidade, achei estranho, mas entrei normalmente, vi um celular em cima do sofá que não era meu...olhei para o lado e vi que era o Miguel, dei um sorriso pra o mesmo e ele veio em minha direção.

—Como você entrou? —Antes que me respondesse me deu um beijo, segurando meu rosto delicadamente.

—Estava aberta, hermosa.

—Pelo menos você tem autorização. —Disse me sentando no sofá e ele veio e sentou do meu lado. 

—Sabe, seria legal se pudéssemos gravar telefone preto 2, juntos.

—Acho que seria impossível, gatito. 

—Talvez não, mas oque vai fazer depois daqui? —Ele pegou na minha mão, e colocou sobre sua mão.

—Vou para casa, não tenho nada para fazer, por que? 

—Quer ir à praia de noite e fica observando as estrelas enquanto falamos de besteiras e coisas sem sentido? —Os cantos de sua boca curvaram-se.

—Eu adoraria Miguel, principalmente se for com você. —Ela sorriu.

—Então eu te espero, pode ser?

—Tudo bem! 

Ficamos conversando por alguns minutos e logo saí para almoçar, ele ficou sentado no sofá lendo meu livro favorito, quase o obriguei, mas com amor e carinho ele decidiu ler.

Fui para a área onde todos estavam almoçando, sentei em uma cadeira vazia que tinha ao lado da Aurora e uma mulher veio deixar minha comida.

(...)

Eram 18:30, eu já havia trocado de roupa e estava me arrumando enquanto Miguel me esperava lá fora, peguei duas toalhas para colocar sobre a areia e coloquei elas na minha bolsa e peguei meu celular que coloquei no bolso da minha calça, tirei aquela maquiagem estranha do meu rosto e passei apenas um óleo de hidratação no meu rosto e um brilho labial, sai do meu camarim e tranquei.

—Vamos? —Disse oferecendo minha mão para ele segurar, ele entrelaçou os dedos entre os meus e saímos.

Durante o caminho, por alguns minutos ficamos calados, sem nenhum assunto, a praia não ficava muito longe dali, só alguns minutos caminhando,  passamos por perto de uma floresta e veio na minha cabeça que eu já tinha passado por ali, senti minhas espinhas arrepiarem, meu coração parou por um segundo fazendo com que eu tenha um deja-vu, Soltei a mão do Miguel rapidamente e coloquei minha mão sobre meu peito e vi que meu coração estava acelerado.

—Lilian? Tudo bem? —Ele perguntou colocando a mão sobre meu ombro.

—Eu já sonhei com esse lugar e não foi nada bom, vamos caminhar um pouco mais rápido. —Apressei meus passos e ele também fazendo com que nos afastasse daquele lugar.

—Você pode me contar se se sentir mal, podemos ir para casa e ligar pra sua mãe.

—Tá tudo bem gatito, não se preocupe -Ela deu um meio sorriso.

A parte das conversas sem sentidos, ainda vou postar, não esqueci. :)

𝗔 𝗔𝘁𝗿𝗶𝘇 𝗣𝗿𝗶𝗻𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹 / 𝗠𝗶𝗴𝘂𝗲𝗹 𝗖𝗮𝘇𝗮𝗿𝗲𝘇 𝗠𝗼𝗿𝗮 2 FinaisOnde histórias criam vida. Descubra agora