DRARRY

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Draco pov.

Se me perguntasse qual foi a melhor coisa que me aconteceu até agora, seria.. Harry Potter me beijou duas vezes.

Confesso que não quis saber a reação dele, pós festa, estava com medo de ser rejeitado, de não ter os meus sentimentos recíprocos e de ter sido só o efeito da bebida.

Mas não, ele veio, ele se lembrou e veio até mim.

Ele me beijou na frente de todos, como fizemos noite passada, mas agora, sóbrios. Eu facilmente vou viciar nesse beijo.

Se afastamos por conta do ar, mas ficamos ali, com a testa encostada um no outro, até que ouvimos os nossos amigos.

- Meu Drarry perfeito!! - Pans é a primeira a gritar.

- Te fudeu ruivinho, pode passar os galeões - escuto a voz de Blas e um resmungo que tenho quase certeza que vem do Weasley. 

Assim que Harry percebe que temos plateia ele cora violentamente e tenta sair correndo, mais eu não deixo, o segurando pela cintura.

- Ei.. tá tudo bem, não precisa se envergonhar - sussurro no ouvido dele, que assente e fica mais vermelho ainda.

Olhamos ao redor e está quase todos os presentes nos encarando. E lógico que a gritaria dos nossos amigos fizeram o povo olhar mais ainda, mas fazer o que, amo ser o centro das atenções. 

De longe eu vejo a cara de poucos amigos da Chang, McLaggen e Brown, o que logicamente eu tô amando. A irritação deles é a minha felicidade, então que se dane eles.

- Okay, chega - digo olhando pro grupinho de cobras a frente. - vocês vão fazer o Harry enfiar a cabeça dentro da terra daqui a pouco. - digo com divertimento na voz.

- Não tem graça, Dray. - ele murmura e eu riu baixinho, o abraçando mais.

Fomos nos sentar com o nosso grupinho e obviamente fomos soterrados com um monte de perguntas, vindo mais especificamente de Pansy Parkinson. Algumas perguntas, na verdade, quase todas elas faziam o Hazz ficar mais vermelho e procurar uma rota de fuga ou um buraco, porquê a Pans é assim.. as perguntas dela sempre são um nível de ultrapassagem da vergonha na cara.

Mas, estou feliz, ter Harry ao meu lado, mesmo morrendo de vergonha, é a melhor coisa que eu poderia ter na vida.

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Estávamos indo para a comunal, pós jantar no salão principal.

Hazz e eu não tínhamos conversado sobre o que aconteceu ainda. Ficamos a tarde inteira tentando, digo ele ficou a tarde inteira tentando fazer a Pans parar com as perguntas embaraçosas e o Theo com as piadinhas. Como eu e o Blas somos bem maduros.. Ficamos rindo da situação.

Mas, eu vendo o jeitinho que o Harry reagia, corava e gagueja, mais fazia eu me apaixonar por ele.

Suas bochechas levemente coradas, seus olhos esmeraldas que brilhavam cada vez que me olhava, seu corpo pequeno mais forte por conta do quadribol, seus cabelos bagunçados, que mais pareciam um ninho, mas é seu charme e a cicatriz, aquela que foi feita no dia da morte de seus pais e se tornou sua marca registrada, esse pequeno raio que representa a tempestade que ele causou na minha vida e na dos outros perto dele. Harry é o raio em meio a tempestade, porquê ele é a luz em meio ao caos.

- Eu tô morto - Théo diz logo após se jogar na cama, me tirando dos meus devaneios.

- A pergunta é.. quando você não está morto? - Blaise pergunta, se sentando em sua própria cama.

Meu Príncipe SarcásticoOnde histórias criam vida. Descubra agora