000 ⟡ 𝗗𝗘𝗦𝗣𝗘𝗗𝗜𝗗𝗔𝗦 𝗘 𝗖𝗛𝗔𝗠𝗔𝗦

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𝗎𝗆𝖺 𝖼𝖺𝗌𝖺 𝖾𝗆 𝖼𝗁𝖺𝗆𝖺𝗌 𝖾 𝗉𝖾𝗋𝗀𝗎𝗇𝗍𝖺𝗌 𝗌𝖾𝗆 𝗋𝖾𝗌𝗉𝗈𝗌𝗍𝖺𝗌.

Estava com a cabeça baixa olhando para o chão que havia tornado-se úmido pela chuva fraca

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Estava com a cabeça baixa olhando para o chão que havia tornado-se úmido pela chuva fraca. Seu pijama ensopado colava no corpo fazendo suas peças íntimas ficarem evidentes. Aquilo claramente seria muito julgado pelos residentes de sua casa (de modo muito mais severo), diriam que uma moça não poderia andar desta maneira, talvez até mesmo fosse castigada. Hipócritas, até parece que não pagam mulheres para ficarem sem vestimentas em suas frente enquanto são casados. Odiava todos, eram seres nojentos, piores que ratos.

As pernas estavam adormecidas. Não fazia ideia de quanto tempo ficou sentada no solo barrento. Levou as mãos até o chão buscando dar impulso para levantar-se.

Quando virou o corpo pode enxergar uma casa pegando fogo ao longe. Alguns dos empregados corriam com baldes de água para tentar apagar as chamas.

Analisou cuidadosamente o lugar em que se encontrava. Suas memórias eram vagas, mas sabia que era seu lar sendo consumido pelo fogo.

Andou de maneira descuidada até mais próximo do local.

Quando foi avistada pela empregada mais velha não demorou para a mesma correr em sua direção assustada e aliviada.

Ela segurou seus ombros delicadamente olhando-a de cima a baixo, certificando-se que não havia machucados.

— Graças ao céus você está bem. - Não pode evitar dar um mínimo sorriso.

A jovem de cabelos roxos levou o dedo em direção à casa.

Rapidamente a mais velha compreendeu sua ação.

— Não sabemos como foi que aconteceu tudo isso, simplesmente o fogo iníciou do quarto da senhora Anna e se alastrou rapidamente. - Pausou respirando fundo. Ela ainda estava muito agitada pela situação. — Tentamos apagar, porém quando percebemos já estávamos desesperados no lado de fora procurando amenizar as chamas incessantes.

— Onde esta meu pai?

Sua voz saiu como um sussurro quase inaudível.

A face da mulher ficou cheia de remorso.

— Sinto muito, senhorita. - Negou com cabeça. — Ele não resistiu as queimaduras, eram muito graves.

Ela olhou ao redor, parecia estar vendo se não havia ninguém próximo.

— Olha, eu preciso que você corra o mais rápido possível. - Tirou o manto grande de seus ombros e colocou nos da jovem.— Não pode andar deste jeito, além de tudo ainda é uma moça, não somente por educação, mas por si mesma. - Sorriu. Suzy, esse é o nome dela. Ela era a governanta, estava naquela casa desde que se entende por gente.— Pegue isso. - Entregou um colar com um pequeno símbolo do caos. Uma "estrela" com oito pontas/setas. Era uma representação de todas as possibilidades no universo. — Isso vai levá-la ao seu destino.

Um mulher mais jovem aproximou-se delas carregando uma pequena bolsa de lado antiga.

— Esta aqui.

Entregou para Suzy.

Não demorou muito para tê-la em suas mãos. Estava um pouco pesada, mas nada muito difícil de carregar.

— É uma caminhada longa, então vai precisar de alimento. - Explicou apertando minimamente a bolsa contra seu pequeno corpo. — Você sabe o caminho da cidade, não é? - Suzy perguntou.

A garota concordou.

— Li duas vezes o livro da cidade e me lembro o trajeto feito pelo motorista nos dias do meu aniversário. - Comentou.

— Por que a garota vai fugir? - A outra mulher soou indignada. — Não pode fazer isso! Ela deveria ir para o orfanato da comunidade, sempre é assim que fazemos com as crianças daqui. - A empregada que trouxe a bolsa disse. — Aja como uma empregada e obedeça o mandado dos seus chefes falecidos! - Cuspiu as palavras zangada.

A mulher tentou segurar o braço de Suzy, mas acabou por receber um tapa da mesma fazendo-a dar um passo para trás.

— Eles agora estão mortos e depois deles sou eu quem mando. Então a única que deveria agir como uma empregada aqui, é você. - Informou friamente. — Agora cale a boca e faça seu trabalho.

Foi o bastante para a outra sair fumegante dali.

— Certo, você precisa ir minha menina. - Voltou as orbes para a mais nova. — Corra! O mais longe que puder.

Assim o fez. Ela olhou uma última vez no rosto da mulher que não rendeu amor para educá-la e saiu correndo o mais rápido que podia. Não entendia toda aquela situação, mas não iria desobedecer alguém que parecia tão determinada em protegê-la. Do quê? Não fazia ideia, mas correria com toda sua força.

" por favor, seja forte. "

Foram as últimas palavras que ela ouviu dos lábios de Suzy.

Foram as últimas palavras que ela ouviu dos lábios de Suzy

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𝗛𝗘𝗟𝗟𝗢 𝗪𝗢𝗥𝗟𝗗 ، ২ ࣪ 𝖼𝗁𝖺𝗂𝗇𝗌𝖺𝗐 𝗆𝖺𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora