"or they love, or they hate It"

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Kauana Hofemã Point Of View.

Daniela abriu a porta do quarto e entrou, depois eu fiz o mesmo e talvez eu tenha me exaltado ao fechar a porta atrás de mim, pois a mesma fez um barulho um pouco alto demais.

— Você está bem? — Perguntou

— Estou. — Joguei minha bolsa com certa violência em cima de um balcão próximo

— Isso é ótimo — Daniela riu

— Agora são sete, sete "estou bem" desde que saímos, poderia dizer outras palavras, por favor?

Ela estava contando?

Caminhei em direção ao banheiro, mas não tinha exatamente alguma coisa que eu queria fazer lá, eu só queria distância de Daniela.

— Babaca! — Gritei para que ela me ouvisse.

— É uma palavra também.

Voltei para a sala pisando duro, eu jurava que meu rosto estava semelhante à um tomate, ou melhor, pimenta, meu rosto queimava.

— Eu preferia o "estou bem". — revirou os olhos.

— Quero que me responda uma só coisa. — Parei de andar e coloquei minhas mãos na cintura

— Por que você me fez vestir assim?

— Primeiro porque a roupa era apropriada. — Daniela chegou mais perto.

— Não, quero dizer que se você ia dizer para todo mundo que eu sou prostituta, por que não deixa eu vestir as minhas próprias roupas?! — Meu tom de voz foi se agravando conforme eu falava.

— Eu não disse — Daniela se sentou na cama.

— Se alguém como Stuckey me aborda, posso lidar com isso, estou preparada. — Bufei e saí de perto da mulher de olhos verdes.

— Escute, eu estou muito chateada com Robert pelo que disse e fez — Ela falou alto

— Mas ele é o meu advogado. Conheço-o a dez anos.

Peguei uma garrafa de cerveja no frigobar que havia no canto da sala e tentei abri-la com as mãos.

— Ele pensou que você era espiã. — Continuou.

— O cara é paranóico. — Ela veio até mim.
A garrafa estava realmente difícil de ser aberta, então, eu desisti e larguei a mesma em cima da mesa.

Daniela estava parada atrás de mim e então eu me virei para fita-la.

— Você é a minha cafetina? Pensa que vai me passar para os seus amigos? — Indaguei furiosa.

— Eu não sou seu brinquedo, Daniela!

Voltei a me distanciar dela, mas não adiantou, Daniela me acompanhou.

— Não, você não é o meu brinquedo. — Falou

— Sei que não é.

Voltei para o quarto e fui em direção ao banheiro.

— Kau... Kauana, estou falando com você. — Berrou

— Volte aqui.

Parei de andar e fiquei de frente para Daniela, seus olhos tinham um brilho diferente, transbordavam raiva.

— Eu odeio dizer o óbvio, mas você é uma prostituta mesmo. — Bufou

— E você trabalha para mim.

— Você não é minha dona! Eu decido. — Berrei

— Digo quem, quando. Eu decido quem!

— Me recuso a passar três dias brigando. — Deu de ombros

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