Day off

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Kauana Hofemã Point of view.

O dia amanheceu melhor do que eu esperava, e para minha sorte, eu havia convencido Daniela a passar o dia inteiro comigo.

É claro que ela discordou e insistiu em me recompensar de outra forma, mas logo cedeu.

Eu disse para Daniela que não havia necessidade de carro, pois nós íamos fazer um pequeno tour pela cidade.

Daniela estava completamente deslumbrante (o que, pra mim, não é novidade).

Ela usava calça de moletom preta e uma blusa larga branca, nos pés, usava um de seus inseparáveis Vans pretos.

Seus cabelos estavam soltos e ondulados, a única maquiagem que havia em seu rosto era um gloss.

Perfeita!

Já eu, optei por um short e um cropped preto, nos pés eu usava um Jordan roxo e branco (que eu havia roubado da Daniela).

Não quis abusar na maquiagem e apenas detalhei os olhos e os lábios, meus cabelos estavam soltos e lisos.

Estávamos caminhando por uma grande praça, haviam muitos chafarizes e pessoas animadas por todo local.

— Estou com fome, Dani. — Falei

— Tem um vendedor de salsichões empanados bem ali, tem dinheiro?

— Não acho que seja uma boa ideia comer aquilo.
Revirei os olhos e sorri para ela.

— Vai me dizer que você nunca comeu nada dessas barraquinhas de rua?

— Nunca nem precisei.

Eu comecei a rir esperando ouvi-la rir também, mas o som que eu tanto gosto não se fez presente, me fazendo parar de andar no mesmo instante.

— Espera... é sério? — Arregalei os olhos.

Ela deu de ombros e sorriu, fazendo meu coração se derreter.

— Okay, então a minha missão neste dia brilhante será: apresentar você, minha... — Vociferei e tentei pensar em algo para chamá-la e continuar a minha brincadeira

— Sua companheira. — Ela sorriu entrando no jogo.

Minha companheira...

COMPANHEIRA!

Certo, não vejo nada de mais, somos companheiras uma da outra mesmo, estamos nos fazendo companhia, o que nos torna companheiras.

— Okay, você agora vai aprender a comer por um preço bom e ainda vai sair satisfeita. — Empinei o nariz e ergui minha mão para ela segurar e logo ela o fez.

Compramos um para cada e nos sentamos em um banquinho próximo à barraca do senhor que nos vendeu.

— Vai...  — Sorri sem mostrar os dentes e meneei a cabeça em direção ao empanado.

Daniela encarava a salsicha empanada com o cenho franzido.

— Nós nem sabemos se isso está limpo, quero dizer... você sabe... — Ela me olhou e voltou a olhar para o sua mão

— E é óbvio que isso não é saudável.

Revirei os olhos e ergui o meu empanado e a mulher ao meu lado o encarou com cara feia.

Mordi um pedaço do mesmo e Daniela me observava atenta.

— Sua vez. — Falei

Daniela olhou mais uma vez e mordeu um pequeno pedaço de seu empanado.

— E então?

A mulher de olhos castanhos mastigava devagar e mantinha as sobrancelhas juntas.

Ela engoliu e respirou fundo.

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