Hit me like a man.

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Daniela Kim Point Of View

Dentro da sala de reuniões, estavam alguns de meus agentes incluindo meu parceiro Robert, e é claro, o Sr. Morse.

— Sr. Morse, disse que queria falar esta manhã com a Sra. Kim... — Robert falou.

Eu me encontrava impaciente de pé, andando de um lado para o outro, fingindo estar realmente concentrada nos negócios.

E eu queria estar, nunca quis tanto prestar atenção numa reunião como essa.

— Então... Sra. Kim está lhe escutando. — Robert direcionou-se ao velho Morse.

— Eu pensei bem e... reconsiderei minha posição contra sua oferta de compra. — O mais velho disse.

— Mas com uma condição, eu não estou preocupado comigo, mas com as pessoas que trabalham pra mim.

Eu assenti com a cabeça e me mantive de pé.

— Isso não será um problema, vamos cuidar disso. — Robert voltou a falar.

— E agora, senhores, eu gostaria de discutir sobre os documen....

— Não, não. — Interferi

— Com licença, Rob eu gostaria de falar com o Sr. Morse à sós.

O silêncio se fez presente na sala e Robert me olhava com espanto.

— Muito bem, senhores, vocês ouviram a mulher, todos para fora.

Todos os outros se levantaram em silêncio e foram em direção à saída.

— Você também, Rob. — Falei.

— Como é que é? — Robert me olhou boquiaberto.

— Não me ouviu? — Falei calmamente

— Eu quero falar com o Sr. Morse à sós.

Quando todos estavam fora, incluindo o neto do Sr. Morse, eu me aproximei da grande janela e abaixei uma das persianas.

— Está melhor?

— Sim. — O velho me encarava atento.

Seus olhos estavam tão azuis quanto o céu daquela tarde, nunca havia reparado no velho antes, os cabelos brancos estavam bem penteados, seu terno estava impecável.

Ele estava exatamente como o meu pai.

— Aceita um... café? — Perguntei olhando para a garrafa de whisky, quase ansiando por um gole.

— Claro.

Eu comecei a servir o café para o homem e respirei fundo antes de começar a falar.

— Sr. Morse, meu interesse na sua companhia é outro. — De costas para o mais velho eu coloquei um pouco de açúcar em seu café.

— Eu não quero mais comprar sua companhia para desmembra-la, também não quero mais que ninguém compre, ela está muito vulnerável.

Levei o café para o homem, que recebeu de bom grado.

— Então o que quer agora, Sra. Kim?

— Agora estou num território completamente desconhecido. — Umedeci os lábios.

— Quero ajudá-lo.

Sr. Morse franziu o cenho sem entender.

— Por que? — A voz grossa e arranhada soou confusa.

Eu me sentei numa cadeira próxima à ele, que ainda me olhava com atenção.

— Sr. Morse, eu acho que posso fazer uma coisa muito especial com a sua companhia.

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