XXXIV

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- 𝗠𝗮𝘆𝗮 𝗔𝘂𝗯𝗶𝗻𝗲𝘁 -

Eu chorava como um bebê, todos estavam dormindo, eu não tinha a quem dar um abraço.

Óbvio, tinha Robin, mas depois de tudo que rolou, eu prefiro dar um abraço no Moose de que abraçar o Arellano.

Eu estava o mais distante possível dele, e tentando fazer o meu choro ficar silencioso.

Lembranças com Bruce passaram na minha cabeça como um relâmpago.

E eu comecei a chorar ainda mais, tentando ser o mais discreta possível.

Sinto Robin se mexer ao meu lado e soltar um suspiro longo.

Me viro lentamente para ver ele, e me deparo com ele me encarando

— Você estava chorando mais cedo? — perguntou se referindo a hora que estávamos a sós no lado de fora da cabana —

— Não, não estava — neguei sem ao menos pensar —

— Os seus olhos estavam vermelhos, cheios de lágrimas, a ponta do seu nariz estava avermelhada, e sua respiração não estava normal — se sentou na cama —

— Por que presta tanta atenção nisso? — me sentei encarando-o novamente—

— Eu não sei — desviou o olhar — talvez isso seja apenas uma característica minha —

Um silêncio ensurdecedor se instalou no local, ambos estavam desconfortáveis, eu porque estava sendo questionada, ele porque estava duvidando de alguém, por mais que seja por uma boa causa.

— Me responde apenas uma pergunta — ele fechou os olhos — estava chorando? —

— Sim, eu estava — encostei minha cabeça no travesseiro —

— Por que? — que ele se deitou olhando para mim —

— Pensei que fosse apenas uma pergunta — me virei para o lado e fechei os olhos —

Pude escutar ele rir levemente e murmurar um "péssima noite".

[...]

Acordo, olho para os lados e não tem ninguém.

Decido sair para fora, a procura de algum ser humano.

Me levanto, e vou em direção a portinha da cabana, puxo o zíper para baixo e olho para frente.

Quando bato meus olhos no lado externo da cabana, posso avistar Robin esmurrando a cara de alguém.

Vou correndo até eles e posso ver que ele está batendo em August.

— Robin, para!! — tentei tocar nele mas.. a minha mão não chegou a toca-lo —

Olho para as minhas mãos para ver se tem algo de errado, mas não, não havia.

Olho para August que já estava ensanguentado.

— ROBIN PARA!! — comecei a gritar repetitivamente — PARA!! —

Eu estava desesperada, ver August assim partia o meu coração.

- 𝐛𝐞𝐥𝐨𝐯𝐞𝐝 𝐞𝐧𝐞𝐦𝐢𝐞𝐬 -  Robin Arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora