Amar é esperar! (Extra 1)

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Olha só, os extras não são lenda urbana e finalmente temos o primeiro de 5... Bora ler?

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Depois que Chanyeol disse para o seu pequeno polegar que precisava de muita terapia e um tempo para fazer as coisas do jeito dele. Chanyeol realmente não esperava que fosse tomar tanto tempo assim.

Veja bem, neste mundo, o Chanojento era super inteligente e muito bom no trabalho dele a única coisa que lhe faltava era beleza, mas é aquela coisa, neah? 

Chanyeol não precisava ser inteligente pra ser bonito.

Mas se ele quisesse se casar com o tamborete de forró, ter dois filhos humanos, um cachorro e criar a filha mais velha deles com todo o lazer e luxo que ela precisava, infelizmente Chanyeol teria que ser inteligente também.

E já usando os dois neurônios que tinha na cabeça de vento, Chanyeol foi pedir ajuda do único que esteve o tempo todo ao seu lado aguentando seus pitis e sua malcriação. 

Jongdae estava virando o próprio Buda, não bastava ser pai de duas mini-capetinhas sem os dentes da frente, ele ainda tinha que lidar com todo o estresse que Chanyeol o proporcionava.

De fato, Jongdae a qualquer momento viraria um ser sagrado e digno de conceder desejos.

— Tô te falando cara — Chanyeol reclamava sentando ao lado do Kim que digitava alguma coisa no notebook. — Eu estou pensando em fazer uma loucura. — Vendo que o amigo não estava prestando atenção no que ele estava falando, Chanyeol cruzou os braços de modo birrento, o bico em sua boca maior que a torre Namsan. — Ninguém liga pra mim.

— Eu ligo, tio Channel! — uma voz fininha gritou animada no fundo e ao virar o rosto, Chanyeol avistou um pequeno cotoquinho de gente vindo na direção dele. 

— Sua pestinha desdentada! — Pegando a garotinha no colo, o gigante orelhudo ficou brincando com o cabelo dela e pensando no que deveria fazer.

Depois que pediu demissão da empresa do pai de Baekhyun, ele tentou algumas coisas ali e aqui, mas nada parecia dar certo. Algo dentro do Park não o deixava ficar no emprego que conseguia por muito tempo, sempre tinha algo errado, algo que o irritava, algo fora do lugar.

Seja um patrão mandão, salário muito ruim ou o Park só não gostava da vibe que o local passava.

Coisa de gente doida que não tem mais o que inventar.

Chanyeol sabia que, bem lá no fundo, a vibe ruim era ele mesmo. Mas nunca iria admitir, porque em sua cabecinha oca ele era um ser iluminado e muito maravilhoso. 

No último emprego que esteve, pediu demissão porque a respiração da mulher que trabalhava ao lado da sua mesa era muito alta e irritava ele. 

Como uma pessoa podia respirar de um jeito tão pesado e alto? 

Chanyeol só faltava morrer de raiva quando ela começava a respirar perto dele, parecia ser de propósito porque não era possível uma pessoa respirar daquele jeito.

Sem mencionar o bafo de leão dela, ou então Chanyeol podia passar três meses reclamando sem parar.

Talvez fossem só desculpas, porque no mais profundo lugar do seu coração, ele sabia que o real motivo de todo emprego que conseguiu não ser bom o suficiente para o prender era que ele, sinceramente, não gostava de ter que estar todo empacotado em um terno como se estivesse em um funeral, falar com pessoas cara a cara e muito menos tinha paciência para papeladas e gente chata enchendo seu saco.

Chanyeol sentia saudades da época em que trabalhava para a VASPP (Vagabundos Anônimos Sustentados Pelos Pais).

Bons tempos.

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