•quince•

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aviso de gatilho e chororo

Nós ainda estávamos na praia, o Brady saiu para buscar alguma coisa que seria uma surpresa para nós. Miguel e eu pegamos várias conchas e estrelas do mar, apenas para guardar de lembrança.

— Essa daqui é linda – Miguel segurava uma concha consideravelmente grande, daquelas que dá para ouvir o mar.

— É linda mesmo – eu sorri e peguei a concha da mão dele – O que foi?

— É que ela me lembra você – os olhos de Miguel brilhavam tanto quanto a luz das estrelas – Acho que eu vou ficar com ela, para todas as vezes que eu sentir sua falta eu poder ficar ouvindo o barulho do mar e lembrar que você é minha calmaria.

Meus coração se aqueceu, ouvir as palavras do garoto me passaram paz e ao mesmo tempo tristeza, talvez pelo medo de algum dia ser só lembranças de alguém estranho.

— Eu te amo tanto – eu aproximei meu rosto de Miguel e dei início a um beijo leve e cheio de amor.

— Galera! Cheguei! – Brady gritou fazendo eu e Miguel olharmos para ele – Vamos logo!

— Vem – Miguel se levantou e me levantou junto.

Quando nós chegamos lá era simplesmente um carro. Todos ficaram surpresos porque não imaginávamos que o Brady dirigia, apesar dele já ter idade suficiente. O carro era um picape branco e enorme, o Brady deve ter bastante dinheiro.

— Você não tinha reprovado no teste? – Mason perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Mas agora eu passei – ele girou a chave do carro no dedo e entrou no carro – Vocês não vêm?

— Não sei, não – Maddy respondeu desconfiada.

— Aliás, para onde você vai nos levar? – Tristan perguntou.

— Vocês nunca vão descobrir se não entrarem – Brady ligou o carro e abaixou o vidro – Cabem quatro pessoas aqui na frente, se quiserem podem ir no bagageiro o resto.

— Eu vou no bagageiro! – Becca gritou animada.

— Se a Becca vai eu também vou – Mason puxou Becca e abriu o bagageiro para os dois entrarem.

— Nós também vamos – Miguel nem sequer perguntou se eu queria ir no bagageiro, mas eu não reclamei.

— Também vou! – Tristan falou animado e puxou Maddy.

— Oxe, menino? Você por acaso sabe se eu quero ir? – Maddy olhou Tristan de cima a baixo.

— Mas você quer sim! – Eu falei e Miguel riu.

O resto foi dentro do carro mesmo. Estava muito mais legal no bagageiro, Brady não tinha medo de dirigir e pisava com força no acelerador.

— Pelo amor de deus! Você quer matar a gente?! – Maddy gritou.

— Maddy, tenta se divertir! Nem 'ta tão rápido assim – eu falei enquanto observava a estrada e aproveitava o vento em meu rosto.

— Claro! O carro só está quase saindo do chão, mas nem 'ta tão rápido assim – Maddy falou sarcástica e segurava o braço do Tristan com força.

Brady deixou cada um em suas casas, Miguel quis vir para minha casa assim que eu avisei que meus pais só iriam voltar dia seguinte. A desculpa dele é que ele tem medo de me deixar sozinha. Já trocamos de roupa assim que chegamos e agora estamos na cozinha dividindo um pote de sorvete.

BOUND. || Miguel Cazarez Mora Onde histórias criam vida. Descubra agora