Pov: S/n
Posso garantir que Kaliope não gosta de mim, mas até esse primeiro momento eu também não sou sua maior fã. Seu olhar esnobe e postura de quem diz ser a última coca cola do deserto a tornam ainda mais simpática.
Sukuna — Kaliope será responsável pela sua etiqueta e aulas de idiomas e ensinos básicos.
S/n — Pensei que a Nobara seria a responsável por isso!?
Kaliope — Ficará apenas pela sua defesa pessoal. O pouco que ouvi fala de você, e pelo que vejo será mais difícil do que eu imaginei. Sua postura é extremamente horrível.
S/n — E parecer uma gazela de nariz empinado é elegante? — Kaliope franze o olhar enquanto Sukuna aperta os lábios como quem não deseja rir.
Sukuna — Pode nos deixar a sós? — digo a Kaliope que sai quase em um bater de pés — Ela não é o ser mais fácil do mundo, mas, eu também não sou. Tenha paciência e evite piadinhas, se quer um conselho, tê-la como amiga pode vir muito a calhar.
S/n — Por que a trouxe? — ela cruza os braços na altura dos seios.
Sukuna — Já disse, você precisa saber se porta a frente dos outros. Em alguns dias esse lugar estará cheio de pessoas. Você se esconder ou ficar encolhida dentre elas não traz um bom dizer.
S/n — Entendo. Sobre o casamento, queria fazer um pedido. — eu me sento em minha mesa. S/n solta os braços encarando o chão. Logo ela ergue a cabeça encarando meus olhos mostrando um leve indício de confiança.
Sukuna — Diga!
S/n — Quero participar no preparo. Escolher a decoração, meu vestido e as demais coisas que envolvem a cerimônia.
Sukuna — Posso saber o motivo?
S/n — E o meu casamento! Acho justo eu ter participação nos preparos. Não quero chegar no dia e vestir algo que a Nobara escolheu e só ir até lá e dizer sim.
Sukuna — E acredita que consegue conciliar seus treinos, aulas com Kaliope e o casamento?
S/n — Só vou saber se eu tentar!
Sukuna — Tudo bem, tem minha permissão. Mas, aviso que quero ficar a parte da situação. Caso precise de algo, não agite em falar comigo.
S/n — Obrigada! — ela diz com um simples sorriso — Se me permite vou me recolher. Boa noite!
Sukuna — Boa noite Miliit!
••
Hoje completa cinco dias que minha vida mudou completamente. Tenho dormido bem, me alimentado direito, e posso dizer que mesmo sabendo que em dez dias eu irei casar com alguém que eu mal conheço, eu não me sinto mal com isso. É a primeira vez que me sinto segura e que tenho um valor, e isso é bom.
Estou disposta a mostrar que consigo conciliar minhas obrigações do dia, com os preparos do casamento. Acordei mais cedo e Sukuna não parece ter se incomodado com isso, já que temos que tomar o café juntos.
Meu treino com Itadori durou duas horas apenas. Eu estou pegando as manhas com a QGK B92. Não acerto tanto na parede como no primeiro e segundo dia. Na aula de defesa pessoal eu já me saio melhor, não é como se eu tivesse superado a Nobara em tão poucos dias, mas, já não apanho como antes.
Minha primeira aula com Kaliope começou bem e acabou péssima.
Kaliope — Um pé na frente do outro — ela dizia o tempo todo — Mantenha a cabeça erguida! — ela bufa a cada repetição — Até uma pata tem mais elegância ao caminhar que você com esses sapatos!
Um tormento, essa com certeza é a maneira que eu posso descrever às três longas horas com Kaliope.
Kaliope — Você tem que aprender a lidar com seu equilíbrio. A partir de hoje quero que use apenas salto, não me refiro a saltos finos, mas, aqueles que você consiga ficar em cima sem torcer os pés.
S/n — Já posso ir? — me sento já exausta.
Kaliope — Sim, você pode! Mas antes, Sukuna pediu para te entregar isso! — ela me estendeu um cartão — Ele disse ser para pagar pelo casamento, e use como quiser.
S/n — Certo, obrigada!
Já havia combinado em ir ao centro da cidade junto a Nobara, foi apenas o tempo de eu tomar banho e colocar algo confortável para sair.
Nobara — Onde quer ir primeiro? — ela pergunta sem contato visual.
S/n — Hm, que tal uma loja de vestidos? — ela dá um riso nasal — O que foi?
Nobara — Não faz ideia de onde começar, não é?
S/n — Na verdade, não. Eu nunca fui a um casamento, eu sei apenas sobre o vestido e o cartão que se entrega às pessoas que nós quer que vá.
Nobara — Convites! Ok, precisamos mesmo começar por algo, então que seja seu vestido. Depois podemos ver algumas decorações, o buffet, sobre os convidados acredito que o senhor Sukuna cuide disso sozinho.
Perdemos o restante do dia procurando por algo que me agrada, no fim acabei optando por fazer um modelo do zero. A costureira ficou incrédula quando disse que precisaria do vestido em dez dias. Mas, ela prometeu me entregar o que eu pedi. O custo do meu pedido foi alto e me fez questionar o quanto eu poderia ter gasto apenas em uma coisa.
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Kaliope — Soube que você mandou fazer seu vestido. A costureira é de confiança? — ela pergunta durante o café da manhã.
S/n — Kugisaki disse que a costureira é conhecida por Sukuna.
Sukuna — O importante é você gostar do que vai usar.
S/n — O valor ficou um pouco alto, eu não sabia se tinha um limite para isso.
Sukuna — Seu cartão não tem limite, Miliit use o quanto for preciso.
S/n — Até quando vai me chamar por esse nome? — digo frustrada.
Sukuna — Nome? — ele franze o cenho.
Kaliope — Miliit não é um nome S/n! Miliit significa pequena na nossa língua natal. Você iria descobrir em algum momento, mas dá para ver que se incomoda em ser chamada assim.
S/n — Des...desculpa eu achava mesmo que era o nome de outra mulher. — Sukuna se retira sem dizer mais nada, deixando sua mãe e eu a sós — Não imaginei que ele ficaria bravo por algo tão bobo.
Kaliope — Relaxa, ele não está bravo com você ou com a situação de agora. A outra coisa que anda tirando a paciência dele recentemente.
S/n — A senhora se refere ao casamento?
Kaliope — O casamento? Não criança, só tem uma coisa que tira meu filho do sério. — ela beberica seu chá.
S/n — O que seria então?
Kaliope — Pessoas que ameaçam seus domínios!
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𝐏𝐫𝐨𝐦𝐞𝐭𝐢𝐝𝐚 𝐑𝐲𝐨𝐦𝐞𝐧 𝐒𝐮𝐤𝐮𝐧𝐚
Fanfic𝕍𝕠𝕔𝕖̂ 𝕤𝕖𝕣𝕚𝕒 𝕔𝕒𝕡𝕒𝕫 𝕕𝕖 𝕒𝕞𝕒𝕣 𝕦𝕞 𝕞𝕠𝕤𝕥𝕣𝕠? ℂ𝕠𝕟𝕤𝕖𝕘𝕦𝕚𝕣𝕚𝕒 𝕒𝕞𝕒𝕣 𝕒𝕝𝕘𝕦𝕖́𝕞 𝕢𝕦𝕖 𝕟𝕒̃𝕠 𝕖́ 𝕧𝕚𝕤𝕥𝕠 𝕔𝕠𝕞 𝕓𝕠𝕟𝕤 𝕠𝕝𝕙𝕠𝕤 𝕡𝕖𝕝𝕒𝕤 𝕠𝕦𝕥𝕣𝕒𝕤 𝕡𝕖𝕤𝕤𝕠𝕒𝕤 𝕖 𝕡𝕠𝕣 𝕠𝕟𝕕𝕖 𝕡𝕒𝕤𝕤𝕒 𝕕𝕖𝕚𝕩𝕒 �...