Camuflagem

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NOTAS DA AUTORA:

Olá!

Chegamos ao penúltimo capítulo da fanfic! Quero agradecer de coração por todo apoio e carinho que vocês receberam a história! Depois desse capítulo vou poder contar algumas curiosidades interessantes. Deixarei para falar mais na próxima, por enquanto, vamos aproveitar nossa última revelação!

Boa leitura!

Capítulo 11 — Camuflagem

"O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui."

(William Shakespeare)

Seul, dezembro de 2009

O ambiente era tomado pelo caos devido ao recesso das aulas.

Em frente a escola se estendia um parque com algumas pistas para skate lotadas, preenchendo ao redor com os ruídos das rodinhas contra o concreto pichado.

Uma plateia ficava ao redor dos skatistas, aplaudindo quando eles faziam manobras e esperando para serem notados por aquela turma que se tornou popular nos últimos tempos. Todos queriam a chance de se aproximar, exceto por um trio que permanecia sentado em uma mesa de xadrez desgastada. No lugar do jogo, um rádio se posicionava no centro e, embora o volume fosse abafado pela muvuca ali perto, não diminuiu a empolgação dos garotos que o escutavam.

— Só tem espaço para uma música agora. — anunciou Baekhyun, o mais velho entre eles, depois de pressionar o botão para pausar a gravação que fazia na fita cassete. Mantinha a cabeça inclinada em direção ao rádio, concentrado no que era transmitido na sua estação favorita de FM.

— Seria uma merda se começasse a tocar Chris Brown. — comentou Minseok com o cenho franzido em direção ao aparelho.

— Rogando praga logo cedo? — repreendeu Jongdae, o mais novo, que também se inclinava atentamente para o rádio.

— Não quero ter que arrancar meus ouvidos. — Baekhyun voltou a se manifestar — Vamos tentar ser positivos, não sei quando vou conseguir roubar mais fitas do meu pai.

— Você não vai na casa dele antes do natal? — perguntou Jongdae enquanto os locutores da estação atendiam algumas ligações dos ouvintes.

— Duvido muito, ele está ocupado com a amante grávida. — deu de ombros — Faz meses que usa isso como desculpa para não pagar minha pensão. Só sabe fuder comigo e a minha mãe. — bufou irritado.

— Que merda, cara. — Minseok balançou a cabeça em compreensão. Ele também tinha problemas com a família, algo comum entre os adolescentes que moravam naquele bairro. Não era o lugar mais aconchegante da cidade.

— Podemos roubar fitas usadas. — sugeriu Jongdae, diminuindo o tom de voz para que só eles ouvissem.

— Não vamos roubar a Sra Yong. — retrucou Baekhyun, dando um breve olhar de repreensão ao amigo — Cara, eu não me aproveito de velhinhas indefesas. Isso é coisa de gente tipo meu pai. — voltou a encarar o rádio.

— Tinha que ser o hétero da rodinha para dar essa ideia. — zombou Minseok, recebendo um dedo do meio por parte de Jongdae, mas não demoraram para cair na risada.

Quando os locutores anunciaram o fim do programa, os garotos paralisaram. Seus olhos nem piscavam conforme escutavam a vinheta típica da estação antes da última música, que sempre era surpresa, começar a tocar. No mesmo segundo, os três celebraram em uníssono e começaram a pular em torno da mesa no ritmo dos primeiros acordes de I'm Not Okay do My Chemical Romance.

Roleta Russa [chanbaek]Onde histórias criam vida. Descubra agora