Olhares - Sariette

Forelsket

E aiii povo!! Cuidado para não estarem pulando alguns capítulos heinn. Notei que tem uns (mais recentes) que tem mais visualizações que os anteriores. Enfim, é só isso mesmo. Espero que estejam gostando e tbm gostem desse capítulo! Bjs 😽

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Forelsket (s); do dinamarquês: sensação de euforia quando se está apaixonado

Pov narrador

Apaixonar-se é sempre uma aventura.

Seu estômago vibra, seu coração dispara, suas mãos ficam suadas e apertam nervosamente quando você se atreve a pensar em contar à sua pessoa de interesse sobre seus sentimentos.

Apaixonar-se é como descer as escadas tropeçando e desesperadamente agarrar-se a qualquer coisa que o estabilize, algo que alivie a dor quando você atingir o chão com força total.

Apaixonar-se significa ficar obcecado consigo mesmo e com o seu futuro companheiro. Você fica obcecado com a sua aparência, com o som da sua risada e ajusta seus interesses aos do outro. Você gosta de cada característica de seu rosto e memoriza sua postura, música favorita e comida favorita. Você absorve cada pequena informação que pode ser relevante um dia e se prepara para usá-las de acordo com a ocasião.

Apaixonar-se é como um maldito sonho febril. Você começa a imaginar os cenários mais absurdos e casuais envolvendo você e ela. Você imagina seu futuro, seu primeiro beijo, seu primeiro abraço, e a lista é grande. E todos os dias você acorda e é puxado de volta para a dura frieza da realidade. A única coisa que te aquece por dentro é a existência daquela pessoa e suas muitas fantasias.

Apaixonar-se deixa você tonto, inseguro e autoconsciente. Porque você nunca sabe se sua pessoa de interesse sente o menor afeto romântico por você ou não. Porque você nunca sabe qual é o resultado de todo o processo de contar a ela e arriscar sua dignidade naquele exato momento. Você nunca sabe se todos os pensamentos perturbadores e ansiedade compensam.

Olhar à distância, fingir não estar interessado em mais do que uma conversa alegre e compartilhar uma piada, é seguro. É mais fácil do que reconhecer as faíscas que o toque acidental de alguém envia pelo seu corpo, a maneira como o sorriso dela derrete seu coração ou o quão especial você se sente quando ela faz algo por você. Porque assim que você permite que seu coração seja investido e sua cabeça gire contos de fadas, fica perigoso.

Perigosamente perto para que a verdade escorregue de seus lábios quando você se sente muito seguro de si mesmo. Perigosamente perto de você escondendo sua verdadeira personalidade e tentando encaixar suas ideias e perspectivas.

Mas ainda assim, você nunca seria capaz de esconder seus verdadeiros sentimentos por ela para sempre.  Isso era uma das coisas que Juliette tinha plena consciência.

A morena morava em um duplex na cobertura, às vezes ela gostava de se deitar nas espreguiçadeiras no terraço privativo de seu apartamento para observar as estrelas. E naquela noite, assim ela fez. A única diferença, era que tinha a companhia de Sarah junto de si.

A loira dormiria lá naquela noite. Era um sábado que as duas tinham combinado de maratonar filmes na casa da morena.

Depois de jantarem, Juliette chamou a mais nova para olharem aqueles lindos pontinhos brancos no céu.

O ar soprava em seus cabelos os fazendo se esvoaçar. Grilos cantavam, mariposas se misturavam com outros insetos, insetos que pareciam mais em paz do que o coração de Juliette jamais poderia estar naquele momento.

Sarah não fazia nenhum esforço para se mover, seus olhos estavam fixos no manto interminável de escuridão, pontos brancos adornando a superfície, alguns piscando, outros congelados no tempo. O canto de seus lábios se animaram, imersos em pensamentos enquanto ela cantarolava baixinho as músicas que tocavam suavemente no telefone da mais velha. Seus dedos batiam em um ritmo em seus pulsos, e seus braços estavam cruzados acima de sua cabeça.