21. breaking the river

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Jack Kline

Conversei por horas com o Dean e o Castiel sobre o boato da volta do meu pai, passei a noite pensando nisso.
Ontem tínhamos sido liberados da aula, hoje eu e os meninos matamos aula porque o Daniel disse que precisava falar com a gente.

— O que o gênio descobriu? — Liam entrou por último na cozinha da casa do Daniel.

— Talvez eu tenha descoberto o paralelo entre as mortes. — Daniel pegou de sua mochila alguns papéis, sem querer um acabou caindo e Liam o pegou.

— Por que você não avisou a gente pra te ajudar com isso? — Liam olhava o papel, fazendo careta tentando entender os rabiscos e linhas que ligavam, só consegui ver um que Daniel segurava pois estava do lado dele.

— Eu liguei pra vocês várias vezes, você não atendeu, na verdade nenhum de vocês me atenderam. — Daniel lembrou.

— Ah, meu... Meu celular descarregou e eu dormi muito. — espremi os olhos sentindo que Liam mentiu. — E você, Jack?

Não podia dizer que eu passei esse tempo todo lidando com a notícia sobre meu pai, ia assustar eles saber que o Lúcifer pode ou não aparecer aqui e não sei identificar quem pode ser ele.

— Meu celular tava no silencioso. — dei a desculpa e Liam percebeu.

— Se eu tivesse em perigo ninguém ia saber então. — Daniel pegou o papel da mão do Liam colocando na mesa, junto colocou mais dois papéis formando um mapa da cidade ou eu julguei que era.

— O que essas linhas todas querem dizer? — Liam cruzou um dos braços e apoiou o outro no queixo.

— Se você me deixar explicar. — Daniel lançou um olhar e Liam fez sinal de desculpa com as mãos. — Continuando, eu marquei em verde onde acharam os corpos, em azul eu coloquei onde vimos alguma coisa fora do normal.

— E aí? — ousei perguntar.

— Isso não me levou a lugar nenhum, até que eu comecei a procurar sobre as lendas antigas da cidade e relatos pela internet. — Daniel pegou uma caneta vermelha. — Também fui procurando denúncias na polícia sobre agressões ou violência aqui e em cidades vizinhas. — ele foi circulando ao redor da cidade. — Tudo se concentra aqui, mas as piores coisas sempre estão na floresta ou bem perto dela.

— Então tem alguma coisa lá que faz com que as coisas aconteçam?

— Ou alguém. — ele me respondeu. — A gente pode ir lá pra investigar.

— Tá maluco? Aquilo lá é maior que a cidade, nem ferrando que a gente conseguiria achar na melhor das hipóteses um culto satânico, sem ofensa, Jack. — Liam se virou pra mim, fiz uma careta e ele voltou a proclamar. — Em um dia, íamos precisar acampar dias e ainda sim a gente ia andar em círculos.

— Você já acabou? — Daniel olhou pro Liam que parecia sem ar de ter falado tão rápido, Liam balançou a cabeça que sim.

— Por que você se desculpou sobre um culto satânico? — retornei a minha dúvida.

— É assustador, já viu na internet? E eu não queria te ofender, meio que eles cultuam você. — Liam explicou como se fosse óbvio. — Espera então seria bom se a gente encontrasse esse culto?

— Provavelmente não. — certifiquei e ele pareceu entender.

— Voltando. — Daniel chamou nossa atenção. — Não pensei na gente sair caçando pela floresta, sei onde devemos ir.

— Você tem certeza mesmo? — perguntei pro Daniel.

— Não posso garantir, mas a gente tem que acreditar nos meus instintos pelo menos uma vez.

𝐎𝐛𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐭𝐞́ - supernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora