19. nothing breaks like a heart

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a história tá começando a tomar um rumo mais sombrio
XxxX

Christian Blake

Limpei minhas mãos, olhei para o porta malas do carro torcendo para que aquilo fosse só um pesadelo, o fechei antes que eu começasse a pensar demais.

— "Conversei" com nosso coleguinha ali. — Viktor apareceu após hipnotizar dois homens da cidade vizinha. — Eles vão resolver esse... Incidente. — seu tom era de desdém.

— Ela foi hipnotizada, jamais ela iria tentar me matar ou agir daquele jeito. — elevei meu tom para defendê-la.

— Tá tá, deu um jeito na verbena pelo menos? — Viktor realmente não dava a mínima para nada, além do seu próprio interesse.

— Você não escutou? Alguém enfeitiçou ela, isso significa que o assunto é bem mais perigoso dessa vez e você só pensa numa planta!

— Ei, olha como você fala comigo, não se esquece que sou eu quem tá te ajudando a limpar sua barra aqui e de tudo que minha família já fez por você. — Viktor se aproximou de mim em um milésimo de segundo e mostrou suas presas. — Você nunca chegaria onde está se não fosse por nós.

— Olhando agora tô começando a duvidar se valeu mesmo a pena. — dei um sorriso sarcástico, ele riu sem se afastar. — Eles vão usar luva e parecer que foi só um acidente ao menos? — apontei para os dois homens no banco da frente do carro.

— Querido, ela teve o coração arrancado, mas fica tranquilo. — Viktor deu um tapa no meu peito. — Sem corpo, sem crime.

O híbrido se afastou indo falar com o motorista, fiquei observando o carro se afastar de onde estávamos. É a última vez que eu vi o rosto dela.

Jack Kline

Único som no cômodo era o choro baixo de Alice, eu não sabia o que dizer, só fiquei ali a abraçando forte, tentando tirar sua dor, sinto um aperto estranho no peito de ver ela assim. Meu celular tocou algumas vezes, eu ignorei, até que ele apitou mais uma vez.

— V-Você tem que atender. — sua voz ainda era de choro, abri a boca para dizer que não iria atender, porém ela me cortou antes mesmo que eu falasse. — Deve ser importante.

Lhe dei um olhar cabisbaixo e peguei o celular do meu bolso, já sabia o que podia ser. Uma mensagem do Castiel dizendo o que eu temia, acharam o corpo da mãe da Alice sem vida, respondi que eu iria falar com ela e iríamos pro hospital.

— Eles encontraram ela, não foi? — Alice apoiou o rosto no joelho, sua maquiagem estava borrada.

— Eu sinto muito de verdade, eu podia ter feito alguma coisa. — me culpei, se a banshee estava gritando eu podia ter interferido, entrado em sua casa e impedido seja lá o que fosse.

— Não é sua culpa, você mesmo disse que a gente não sabe o que era e você tem razão, não tinha como você saber, eles não encontraram o corpo dela na minha casa. — Alice tocou no meu braço acariciando com a mão, acho que ela estava dizendo aquilo para si mesma também, tentando se convencer. — Temos que ir pro hospital, não é?

— Eu vou com você se quiser, ou se você quiser podemos ficar aqui e eu posso perguntar pros meus pais o que a polícia descobriu até agora.

— Não, é melhor a gente ir. — passou suas mãos nos olhos.

— Alice, eu... — não tinha palavras, não sei até onde ela vai aguentar tudo isso e eu tenho que estar firme por ela. — Eu vou pegar meu casaco pra você então.

𝐎𝐛𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐭𝐞́ - supernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora