5. british accent

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Castiel

Bancar o cardiologista era mais complicado do que eu imaginava, primeiro que eu não iria fazer ideia do que isso é se o Sam não tivesse me explicado, fora que eu não era formado em nenhuma medicina para ler um exame ou receitar um remédio.

— Doutor Smith? — uma das enfermeiras me chamou enquanto eu tentava analisar um exame de um paciente ou seja lá o que era aquele papel escuro. — Seu marido veio te visitar, deixo ele entrar?

— Ah, claro. — eu respondi, era estranho ter o Dean como meu "marido" que nem nos filmes em que o casal tem uma família.

Ela sorriu em resposta fechando a porta do consultório, quando a porta abriu mais uma vez era o Dean entrando sozinho.

— Ficou bonitão de avental. — o loiro disse me olhando de cima pra baixo e sorrindo.

— Você não devia estar no trabalho? — eu perguntei notando que ele estava vestido no uniforme, estranho até parece que eu senti alguma coisa vendo ele assim.

— Não posso passar pra ver o meu amado esposo no almoço? — Dean disse irônico e eu rolei os olhos. — Eu comecei a pesquisar o caso, descobri o nome da garota.

— É melhor falarmos disso em casa, não sabemos com o que estamos lidando.

— Relaxa, eu vim como um xerife tentando desvendar um caso sem solução. — Dean piscou pra mim, e aquela sensação estranha no estômago voltou. Então decidi focar no motivo de estarmos ali.

— Como sem solução? — perguntei interessado no caso. — Eles não investigaram ou não chegaram à uma conclusão?

— É isso que um caso sem solução significa sem uma... — ele pensou melhor e mudou o rumo da frase depois que eu eu cruzei os braços. — Olha, é um pouco complicado... — era estranho ver que o Dean não parecia confiante diante de um caso.

— Eu tenho tempo. — falei me sentando, esperando ele contar o que descobriu.

— A garota ficou desaparecida por 76 horas no meio de uma floresta, um casal acabou encontrando o corpo dela porque o filho de três anos acabou tropeçando num buraco. — eu podia sentir o desespero só de imaginar a cena. — Nem preciso dizer o quão traumatizante deve ter sido.

— Você viu o corpo? — perguntei, talvez ele tivesse encontrado alguma pista.

— Vim aqui na esperança que você me mostrasse. — Dean disse dando de ombros.

— Ah, ok, isso não vai levantar suspeitas, vai? — perguntei preocupado.

— Eu sou um policial e você é médico, isso é normal, fica tranquilo. — Dean disse dando um sorrisinho de lado e tocando no meu ombro, e de repente é como se o tempo tivesse parado magicamente quando senti o cheiro do seu perfume com sândalo, tão forte que parecia que seu pescoço estava de baixo do meu nariz, sua voz me fez voltar ao normal. — Cas, essa é a hora que você me leva pra um adorável encontro no necrotério.

Eu não consegui evitar de rolar os olhos, sabia que ele ia fazer piadinhas sobre fingirmos ser um casal sempre que tivesse oportunidade, afinal é o Dean. Sem muita demora, fomos até o subsolo do hospital.

𝐎𝐛𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐭𝐞́ - supernaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora