A cidade já estava escura quando eu acordei, nos últimos meses eu comecei a mudar os meus horários de sono, dormindo o dia e ficando acordada de noite.
— Onde nos estamos? — perguntei ainda sonolenta me levantando do banco de trás do carro.
— Acabamos de chegar em Minnesota senhorita — o homem de pálido respondeu-me.
Minnesota... Eu passei a minha vida toda esperando esse momento, me preparando para conhecer ele, para ter a minha nova vida.
Nós estávamos em Stillwater quando o carro parou, estava tudo escuro do lado de fora do carro, eu coloquei o meu rosto contra o vidro do carro para tentar ver algo do lado de fora.
O motorista saiu do carro e começou a caminhar do lado de fora, eu conseguir ver a sua silhueta desaparecer na frente dos faróis.
Eu fiquei ali sentada sozinha, até pensei em sair do carro, mas antes deu mover-me a porta do meu lado abriu-se.
Um garoto com cabelos escuros e pele pálida entrou e sentou-se no meu lado, ele ficou olhando para frente sem se mover.
— Olá? — falei me inclinando para ele.
O garoto virou sei rosto e eu pude ver dois olhos azuis brilhantes como vagalumes, a sua boca estava reta e o seu rosto rígido como se ele estivesse sentindo dor.
— Harry? — falei o seu nome em voz baixa.
Ele sorriu para mim, o seu sorriso pareceu afetuoso, mas ao mesmo tempo, rígido, porém ele não falou nada, apenas ficou em encarando, vi quando os dedos dele se contrariam sobre a sua coxa.
— Eu estava ansioso — ele finalmente falou — Você não tem ideia de quantos anos eu esperei por você.
Ele voltou a olhar para frente, o seu corpo estava duro, parecia que ele não iria relaxar tão facilmente, eu consigo entender ele, não é fácil para um vampiro ficar perto de uma poftas, o nosso sangue e como uma espécie de droga para os vampiros, o instinto de caça deles ficam mais aflorados com o nosso cheiro.
— Quer que eu abra a janela?
Harry olhou-me pelo canto do olho e acenou com a cabeça, quando abri a janela o ar frio fez-me tremer, eu não tinha-me ligado que o inverso seria mais difícil no Minnesota, eu realmente odiava essa época do ano, a neve e como tudo parecia ficar mais triste.
— Aqui — Harry tirou o moletom que usava e entregou-me sem virou o rosto para mim.
— Obrigado — eu peguei a peça de roupa, tomando cuidado para não tocar na sua pele, não queria deixar as coisas ainda mais difíceis para ele — Onde está o motorista?
— Eu pedi um tempo para nos dois — Harry finalmente virou o seu rosto — eu queria ficar a sós com você.
O rosto de Harry ficou mais suave, eu não tinha reparado, mas ele possuía uma pequena mancha em um dos olhos, uma cor violeta única.
Harry inclinou a sua cabeça para perto de mim e respirou fundo enquanto fechava os olhos, ainda de olhos fechados ele soltou uma baixo gemido passando a língua nos lábios.
— Eleonor — ele sussurrou o meu nome - o seu cheiro e tão bom... Eu... posso experimentar? — Harry me olhou com os olhos cerrados, mas não se moveu, estava esperando por uma confirmação minha.
Eu já tinha treinando um pouco, simulado como seria deixar ele se... bem, se alimentar de mim, mas agora, assim era diferente, meio assustador.
Harry estava aposto, me olhando com expectativa, ansioso para me atacar e por mais que parecesse assustador eu não estava com medo dele.
— Tudo bem — eu falei incerta.
Harry aproximou uma das mãos do meu peito, abrindo os botões da minha camisa, antes de continuar, ele parou a sua mão a colocando dentro da minha blusa, tocando bem a cima do meu coração.
Ele pareceu fascinado com a sensação de um coração batendo, vampiros passariam facilmente como humanos, se não fosse por algumas pequenas diferença, a pele fria, o fato deles ficarem mais fracos na luz solar e a falta de um coração batendo no seu peito.
— Você e tão linda — ele falou ainda com a mão sobre o meu peito.
Os meus pelos se arrepiaram quando Harry aproximou o seu rosto do meu pescoço, deixando um leve sopro de respiração fazer carinho na minha pele.
Eu prendi a respiração e fechei os olhos esperando sentir a dor da sua mordida, mas o que eu senti na realidade foi como se um choque elétrico descesse pela minha garganta.
A sensação dele sugando o meu pescoço era diferente do que eu esperava, era eufórica e excitante, eu passei as minhas mãos pelo pescoço de Harry aproximando ainda mais o seu rosto de mim, ele envolveu a minha cintura com os braços, apertando o lugar com força, enfiando as suas unhas em mim.
Eu sentia como se todo o meu corpo vibrasse, com um calor que percorria o meu corpo e fizesse-me ir aos céus.
A sensação estava tão agradável que eu não percebi que Harry estava bebendo meu sangue a tempo de mais, a minha vista começou a se escurecer e o meu corpo ficou mole nos seus braços, a última coisa que eu vi antes de apagar foram os lábios dele manchados com o meu sangue.
Quando eu acordei estava deitada no carro, a minha cabeça estava sobre o colo de Harry, ele estava acariciando meus cabelos enquanto olhava pela janela, o carro estava em movimento novamente.
Eu soltei um baixo gemido quando o carro passou sobre uma lombada, o meu pescoço doía e eu sentia-me sonolenta.
— Já acordeu - Harry falou olhando para mim -eu tinha comido antes de vir de ver, mas o seu cheiro... — ele pareceu ficar sem graça por um minuto, mas logo deixou um belo sorriso apareceu no seu rosto.
Eu não estava com forças para responder ele então apenas sorri em retribuição, Harry se inclinou e cuidadosamente levantou a minha cabeça com as mãos, o seu rosto ficou a centímetros do meu, mas ele não se moveu, apenas ficou parado-me observando e farejando o ar que saia dos meus lábios entre abertos.
Com a pouca força que eu tinha toquei o seu rosto, sentindo a pele rígida e fria da sua bochecha.
Harry finalmente se moveu, inclinando ainda mais o seu rosto, tocando o seu nariz no meu e aumentando ainda mais a tenção que pairava no ar, ele parecia estar aproveitando a ansiedade, mas eu só queria sentir os seus lábios nos meus.
Finalmente ele permitiu que as nossas bocas se tocassem, o beijo começou de uma forma cuidadosa, mas não demorou muito para que todo o desejo tomasse conta dos nossos corpos, o beijo tornou-se frenético e apaixonado, Harry mordiscou o meu lábios inferior fazendo sair um pouco de sangue do lugar e suspirando ao sentir o sabor na sua língua.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ENTREGUE AO VAMPIRO
VampireOs poftas são seres humanos que nasceu com um tipo extraordinário de sangue, cada humano que nasce com essa condição rara se torna destinada a pertencer a um vampiro, sua principal função e alimentar e saciar os desejos mais profundos desses seres...