Harry me jogou conta o capô do carro com violência, me segurando contra o parabrisa e levantando a barra do meu vestido.
— Ainda está com medo? — ele sussurrou para mim.
— Não — respondi entre suspiros.
— Tem certeza? — um sorriso sugestivo surgiu em seus lábios.
Harry beijou meus lábios sem nenhuma ansiedade, deslizando sua língua para dentro da minha boca, suas presas arranharam a pele dos meus lábios.
— Eu quero tanto devorar você — ele separou seus lábios dos meus — mas temos que sair daqui primeiro.
Ele virou seu rosto para a floresta pouco antes do Edwin sair das sombras com um sorriso no rosto, Harry ficou ereto o olhando de uma forma agressiva.
— Calma — Edwin sorriu de forma debochada jogando seus braços para o ar — Eu só queria falar com a bonitinha aí — ele apontou em minha direção sem tirar os olhos dos meus.
— Ela não tem nada para falar com você vira-lata — Harry mostrou os dentes que por conta da fome, estavam mais salientes.
— Acho que ela vai querer ouvir isso — Harry se virou para mim com os olhos cerrados, estava claro que eu não iria ouvir o que Edwin tinha para me falar.
— Desculpe — falei me levantando do capô e segurando no braço de Harry — nós temos coisas para resolver.
— Como quiser — Edwin se virou de volta à floresta — eu vou esperar você, quando puder conversar... — ele virou um pouco o rosto, encarando Harry — me procure, Eleonor.
Edwin voltou para a escuridão da floresta de forma silenciosa, assim que a distância entre nós e ele se tornou mais confortável para Harry, ele se virou para mim de forma seria.
— Você não vai falar com ele — Harry segurou meu pulso com firmeza — nem agora, nem nunca… entendeu?
— Claro — respondi ele com a voz trêmula, Harry suspirou soltando meu pulso e seguindo para a porta do carro.
— Você nem imagina quantos problemas me causa — ele sorriu de forma descontraída, como se a um segundo atrás ele não estivesse segurando meu pulso de forma possessiva.
— Se sou tão problemática e só me devolver — a minha resposta soou mais sarcástica do que eu queria, então eu sorri de forma amigável e seguindo para a porta do passageiro.
— Minha existência seria miserável sem você — A voz dele ficou mais seria conforme falava aquilo — Você não tem ideia de como seria acordar e dormir todos os dias sem você...
Harry era, antes mesmo de nos conhecermos, a razão de minha existência, o motivo pelo qual eu levando e vou me deitar, ele era a minha vida, e por mais estranho que pareça dizer isso, eu também era a dele, o sentido de sua existência sempre foi me ter, uma simples e frágil humana.
Nós já estávamos na estrada a algum tempo quando Harry percebeu que eu estava encolhida e trêmula no banco ao lado dele.
— Desculpe — ele falou ligando o aquecedor — eu esqueço que o seu calor corporal e diferente do meu.
— Tudo bem — conforme o carro se tornava mais quente o meu corpo começou a relaxar — Eu tenho inveja disso em você, não sentir frio...
— Você não gosta do frio? — ele perguntou parecendo curioso.
— Eu odeio... tudo que e gelado me deixa incomodada — Minha resposta não pareceu agradar ele, o olhar de Harry ficou mais distante.
— Hum...
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ENTREGUE AO VAMPIRO
VampireOs poftas são seres humanos que nasceu com um tipo extraordinário de sangue, cada humano que nasce com essa condição rara se torna destinada a pertencer a um vampiro, sua principal função e alimentar e saciar os desejos mais profundos desses seres...