11 - Expectativas

212 29 0
                                    

Pete

- O que você está fazendo aqui, Kim? - Perguntei assim que ele passou pela porta de entrada da minha casa.

- Vim trazer meu namo...

- Não importa a relação que você tenha com o Ché. Mas me preocupo que sua presença não faça bem para o Macau.

- Te prometo que já acertei minhas diferenças com o Macau e o Ché.

Olhei para ele como se tivesse uma arma de fogo em meus olhos. Kim se sentiu desconfortável e se afastou. Assim como eu, ele sabia que meu descontentamento era com o Vegas. Aquele bastardo sumiu há dois dias e ninguém tem ideia do que ele está fazendo.

Porsche tentou me acalmar, mas khun Khun não parava de repetir que Vegas foi se desfazer de Venice. Aquilo me irritou ainda mais.

Quando finalmente Kim e Ché foram embora Macau colocou a irmãzinha para dormir. Passei no quarto dela para observar e tropecei no garoto que estava deitado no chão, enrolado em uma coberta no meio da escuridão. Me desculpei em silencio e Macau se levantou, nós dois saímos do quarto e encostei a porta.

- Você está bem? - Perguntei em voz baixa.

- Sim. - silêncio, ficamos de frente um para o outro sem saber o que falar. - Pete, eu gostaria de não ir para a escola amanhã.

- Tudo bem.

Era difícil se concentrar em qualquer coisa, sabia que estava sendo difícil para ele também.

- Posso te fazer um pedido? Por favor, não brigue mais com o Vegas. Sei que vocês tentam disfarçar,  mas até Venice já notou.

- Vai ficar tudo bem. - Sorri para ele e Macau me deu um abraço antes de ir para seu quarto.

Entrei no quarto de  Venice, as lágrimas escorreram pelo meu rosto. Empurrei o sofá para perto do berço e deitei, adormeci segurando minha garotinha por entre as barras. Acordei com alguém me carregando, um corpo quente e musculoso que eu conhecia muito bem estava me protegendo como se eu fosse o diamante mais precioso do mundo.

- Ve.. Vegas? - Chamei baixinho quando ele me colocou na cama. Meus olhos se abriram devagar.

- Pete. - Ele falou de forma carinhosa e acariciou meu rosto.

Algumas das minhas preocupações se tornaram alivio ao vê-lo. Finalmente ele estava de volta, ele estava saudável. Ele não estava ferido, ele não foi sequestrado ele não foi morto. Meu Vegas estava ali. Meu Vegas voltou para mim. O abracei com força.

- Não está mais com raiva de mim? 

O soltei e bati em seu braço.

- Nunca mais me deixe sem noticias. 

Vegas sorriu e então lembrei o motivo dele ter desaparecido. 

- Não tire Venice de mim! Não leve minha garotinha para longe de mim! - Falei desesperado e Vegas segurou minhas mãos.

- Não se preocupe. - Ele beijou minha testa. - Eu não vou embora e ela também não. Sempre seremos uma família, eu,  você, Macau e minha filha Venice.

Fiquei em choque tentando absorver aquelas palavras.

- O que você disse?

- Desculpa. Quis dizer que Venice é nossa filha. Oficialmente. E me livrei daquela mulher.

- Vegas!! - Beijei cada centímetro de seu rosto.

Meu coração tentava sair do meu peito, lagrimas saíram de meus olhos e eu não conseguia parar de abraçar o Vegas. Esse era o dia mais feliz da minha vida.

Vegas encostou sua cabeça na minha e sorriu para mim. Ele segurou e acariciou meu rosto.

- De nada. - Ele me beijou com ternura.

- Te amo! - Me declarei e lambi seu pescoço.

- Te amo ainda mais. Faria qualquer coisa por você.

Vegas tirou minha camisa e começou a beijar meu pescoço, clavícula e peito. Chupou meus mamilos enquanto eu inalava seu cheiro. Nos agarramos cada vez mais um ao outro com força e passamos a noite saciando o desejo que nutríamos.

Sei que preenchi o vazio que ele tinha no peito, mas ele sempre me preenchia de felicidade.

Uma Nova FamíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora