mentiras e sexo

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 No banheiro, o jovem pensou sobre oque aconteceu mais cedo na casa do ômega, e se o Park o desse condições de avançar as mãos bobas? O que iria acontecer depois daquelas provocações? 

São muitas perguntas que atormentam a cabeça dele, mas sabe que seria complicado um avanço na parte sexual. Jeon não quer apenas uma transa, não quero um caso indefinido, ele quer algo sério, um namoro que o leve para um casamento.

— Appa não gosta nadinha dele… — pensou alto, seu pai era sim um probleminha, Jeon nunca passou por cima de uma ordem, nunca foi rebelde ou fez algo que o mais velho não aprovasse, então veio uma questão em mente; e se ele ficar com o ômega?

Enquanto pensava tudo isso ao mesmo tempo, lavava tranquilamente sua pélvis, notou que estava um tanto peludo, então aproveitou seu tempo no banheiro para fazer sua devida depilação. O alfa não tinha problema com isso, achava mais do que higiênico, uma obrigação se manter limpo. Afinal, já imaginou chegar nos finalmentes com o ômega e estar como um matagal? Não, nada disso.

— Hyung? Papai está chamando antes que a comida esfrie — ouviu seu irmão mais novo batendo na porta do banheiro.

— Vou já, obrigado por vir chamar. — apressou para terminar logo, sabia que quando estava em casa, seu pai gostava de todos na mesa.

Logo terminou, após passar um óleo corporal para se manter hidratado, saiu apenas de calça moletom para ir jantar.

— Boa noite família — sentou-se na cabeceira da mesa, de frente ao seu pai que sentava na outra.

— Boa noite,  hyung — respondeu o caçula, sorrindo.

— Boa noite, como foi no trabalho? — seu irmão do meio perguntou rapidamente, amava ouvir sobre o dia corrido do irmão mais velho.

— Foi tranquilo — pegou um prato logo se servindo — Appa, onde estão as contas do mês? Eu não achei.

— Eu já paguei filho, você não tem mais tempo de vir almoçar aqui em casa, então eu fui pagar.

— Verdade… sinto falta do hyung aqui durante o almoço — a confissão do caçula fez o peito do alfa se apertar, odiava mentir, mas não podia dizer que na verdade estava na casa do ômega e não no trabalho.

— Vou me esforçar mais para vir… tudo bem? — ele apenas afirmou enquanto comia.

— Jungkook meu filho, não deixe os ômegas estarem tão perto de você. 

— Senhor? 

— Você ainda está com aquele cheiro, mesmo depois do banho… É como se você estivesse o dia todo com ele.

— Hm? Nada a ver appa… era um ômega lúpus, só isso… 

— Calma filho, só estou comentando — o médico enfiou uma colher cheia de sopa na boca para não ter que responder.

O Jeon mais velho conseguia ver a mentira estampada na cara do filho, mas não ia insistir, mentira tem perna curta até para o melhor mentiroso e seu filho está longe de ser um. 

Próximo das dez da noite, Jungkook já estava caindo de sono, mandou uma mensagem desejando boa noite para o ômega e foi dormir. Na manhã seguinte não teve muito tempo, apenas trocou de roupas e correu para uma urgência, algo normal em sua vida.

— Quadro da paciente — Não deu tempo de ir buscar seu jaleco, correu direto para a emergência.

— Hemorragia menstrual— Jungkook franziu a testa fortemente como se fosse fuzilar aquela enfermeira.

— Eu sou neurologista! Por que diabos me chamaram?! Tem vários outros médicos nessa porra! — correu em direção ao consultório de sua companheira de trabalho, uma ginecologista bem experiente. Ao explicar brevemente, a doutora correu para ajudar em alguma coisa.

Por mais que Jeon pudesse sim fazer alguma coisa, ali tinha médicos especialistas no assunto, Jeon é neurocirurgião, especialista em cirurgias na cabeça. Aquela não era sua área. Já que estava ali e não tinha pacientes, foi na farmácia logo na frente do prédio e comprou uma escova de dentes, voltou para seu consultório e no banheiro cuidou de escovar os dentes.

A manhã passou tranquila, teve apenas duas pessoas que tinham exames marcados. Já havia chegado a melhor hora do dia; ir almoçar. 

Jeon estranhou o ômega não ter respondido sua mensagem de boa noite e até agora não ter dado sinal de vida, mas ele não queria pensar que tivesse acontecido alguma coisa.

Ao chegar no apartamento do ômega, bateu na porta e tocou a campainha, mas não obteve respostas.

— Céus… — forçou a maçaneta logo pensando que estava trancada, mas se assustou ao ver que estava aberta — Meu Deus! 

Entrou rápido já imaginando que o ômega foi assaltado ou pior, raptado. Jungkook só não esperava entrar no quarto e ver o ômega como veio ao mundo… inteiramente nu e muito suado, o alfa travou no mesmo lugar.

— Kookie-ah… você aqui — o ômega sorriu cansado, aparentemente estava exausto — O que gatinho? Nunca viu um ômega gostoso, nu?

— Jimin… v-você tá no cio?!— o médico tacou a mão no nariz para não sentir aquele delicioso cheiro. 

— Sim — Resmungou bravo, mas até naquele momento tão erótico, a cena foi fofa — Maldito seja o cio! Ele não devia existir para os solteiros.

— Eu te entendo… — Jungkook também resmungou, mas com cuidado para não respirar muito.

— Eu tô usando isso — o ômega puxou um vibrador enorme que estava perdido no meio dos cobertores, Jungkook até se engasgou ao ver — Mas as dores estão voltando… 

— E-eu já vou — foi sair rápido, mas Jimin levantou e rapidinho pulou no colo do alfa, esse que só teve reação de segurar firmemente o mais baixo — Jimin! N-não, eu não quero te machucar…

— Você não faria isso — segurou o rosto do alfa — faz amorzinho comigo… por favor, tá doendo… 

Ele pediu de uma forma tão manhosa que Jungkook faria qualquer coisa para aquele ser, faria, se não lembrava que é virgem e extremamente tímido.

— Não posso…

— Somos dois adultos, qual problema? Não me acha atraente?— se Jimin soubesse oque passava na cabeça do alfa naquele momento, apenas sentir as fartas coxas entre os dedos da mão e a intimidade do ômega tão colado em si, já era motivo de enlouquecer de tesão.

— Você… você é muito.

— Jungkook… eu quero tanto ser seu — sussurrou perto do ouvido do alfa, esse que se arrepiou todo — Por favor alfa, eu desejo tanto ter você.

— Você está no cio… isso é coisa do cio.

— Jungkook, eu quero — os olhares deles se encontraram — Me faça seu antes que os instintos do cio faça disso apenas uma foda.

O coração do alfa estava pulsando tão rápido, tão apertado que sua resposta foi apenas um aceno de cabeça, ele disse sim.

Finalmente ele poderia apertar aquela bunda e não ser assédio, finalmente ele teria aquele ômega, mas ainda tinha um problema e dos grandes… o jovem médico travou quando se deitou por cima do outro.

— Jungkook? — estranhou quando não sentiu nenhum toque.

— Eu… não consigo.

— Ei — segurou a mão do alfa — Você é virgem… e isso é muito fofo, eu prometo fazer sua sua primeira vez algo inesquecível.

O alfa apenas confirmou novamente, seus olhos estavam maiores que o normal, demonstravam uma mistura de sentimentos, medo, ansiedade, desejos e principalmente amor. Jungkook estava perdidamente apaixonado e teria sua primeira vez com o dono de seu coração.

Isso era assustador…

Our difficult love || JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora