A noite, o jovem médico estava receoso em sair para mais um turno e deixar seu namorado sozinho com o outro ômega, sabia que era mais fácil Park Jimin descabelar Taehyung do que levar um tapa, mas a grande preocupação era com seu bebê.
— Sério Kook, pode ir tranquilo, não vamos brigar — O ômega ajudava seu namorado a vestir sua camisa social branca de botões, deixava o seu alfa um pecado de gostoso — Qualquer coisa eu ligo pra você.
— Tem certeza né? Você está mesmo de boa com ele aqui?
— Claro que sim amor, se não eu não teria aceitado ele aqui dentro.
— Tudo bem, tô confiando em você, não vá bater nele.
— Oras, eu não sou um terrorista.
— Mas você tem uma cabeça bem esquentadinha para seu tamanho, senhor.
— Teu cu — beliscou o mamilo do alfa — eu não sou baixo e muito menos um senhor.
O alfa apenas sorriu da cara de bravo que o mais baixo fez, provocar o baixinho era seu melhor passa tempo.
— Então tchau senhor Park — roubou um selinho do ômega e saiu praticamente correndo para desviar do tapa.
— Alfa vagabundo — resmungou indo atrás dele, mas o alfa já tinha saído de casa.
— Olá tio — Park se assustou com a criança, por um momento havia se esquecido que tinha uma brincando pela casa.
— Oi coisinha — a aparência que aquele menino tinha com o pai era surreal, era literalmente um mine Jung Hoseok — Vai caçar seu omma, vai.
Não que a criança tivesse algo a ver com tudo que aconteceu, mas de algum jeito ela incomodava o Park.
— Mas eu quero brincar com o tio — fez beicinho esperando derreter o coração do ômega, mas Jimin não é tão sensível assim.
— Taehyung chama sua cria, ele está me importunando — foi indo para a cozinha e a criança o seguiu — Sai menino, vai brincar vai.
— Tio puque sua barriga é tão grande?
— Não é educado fazer perguntas — Resmungou entrando na cozinha, o outro ômega estava lá fazendo um lanche para o seu filho.
— Você não mudou muito, ainda não gosta de crianças? — o Kim pegou seu filho, sabia que o ômega nunca foi muito chegado a conversar com crianças — Como vai aturar o seu filho?
— É bem diferente — sentou-se com cuidado — Muito diferente.
— Sei — deixou seu filho sentado na mesa e sentou também para o alimentar — É muito bom ter um filho…
— É, mas é melhor ainda parir de um alfa descomprometido — Jimin falou sem rodeios,não tinha paciência para mimimi.
— Agora eu nem sei o que falar…
— Fique calado apenas, você está errado, tem que ouvir em silêncio.
— Lembrei o motivo de não ser um inimigo seu — Tae falou tristonho, mas iria falar oque? Jimin tinha toda razão, na verdade, se fosse ao contrário ele sequer aceitaria o Park em sua casa.
— Não somos mais inimigos, eu vou fazer o meu melhor para tentar tornar isso suportável e com o tempo tranquilo, mas enquanto for tão recente, é impossível olhar para a cara dessa criança e não lembrar.
— Eu entendo você, não vou lhe julgar… eu reconheço meu erro, sei que esse menino devia ser seu filho.
— Ah não, graças a Deus não engravidei daquele desgraçado — alisou sua barriga e sorriu fofo — meu bebê é fruto de um amor lindo entre o pai dele e eu… fruto de uma noite linda de amor — sorriu engraçado — É, nem tanto assim, o pai dele não pegou leve comigo naquele dia.
Taehyung sorriu negando, no fundo Jimin continuava sendo aquele mesmo ômega fofo.
— Eu fico muito feliz por você Jimin, eu falo de coração — alisou o barrigão de seu amigo — Você merecia mesmo encontrar alguém que lhe ama, que bom que encontrou o doutor Jungkook.
— Não me decepcione nunca mais, ouviu Tae? — segurou a mão do amigo — Você era minha única família e por causa de um macho me deixou, me apunhalou pelas costas… isso devia ser imperdoável Taehyung, mas ainda sim quero te dar essa chance porque eu te amo muito, todo meu ódio que sentia por você não foi capaz de superar o meu amor.
— Eu também te amo Ji — o ômega não conseguiu dizer mais que isso e abraçou seu velho amigo, quantas saudades sentia.
— Bom — o Park limpou os olhos — Vá logo alimentar essa coisinha feia e durma, amanhã eu vou ver o sexo do meu bebê e você vai para o escritório do meu amigo Namjoon.
— O meu bebê não é feio — Fez um bico enorme.
— É sim, parece o Hoseok — resmungou rindo.
— O Hoseok pode não valer nada, mas ele é lindo, você tem que concordar.
— Oras não fale do meu ex marido na minha frente seu cachorro — levantou rindo — E claro que ele é, eu tenho bom gosto seu viado.
— Eu também tenho.
— Aham mas abre o olho, agora existe limites e o seu é antes do meu alfa, se eu pegar em outra tesoura não será seus cabelos que eu vou picotar.
Jimin saiu rindo, falando como se fosse algo extremamente normal ameaçar seu amigo. Taehyung apenas alisou seu pescoço sentindo o suor frio, sabia que o Park não tem papas na língua e fala tudo que pensa sem medir consequências.
O gordinho se deitou abraçando o travesseiro de seu namorado, já estava sentindo saudades de seu alfa e por isso resolveu ligar para o mesmo.
— Hmm e se ele estiver ocupado? — Ligou por vídeo para o alfa pensar logo que não fosse nada demais porque se fosse ele ligaria normalmente.
— Oi bebê — Logo ouviu a voz de seu namorado, ele estava no consultório e provavelmente sozinho — Está tudo bem aí?
— Sim Kookie — o ômega respondeu todo manhoso — Saudades de você.
— Mesmo? Estarei em casa às duas da manhã.
— Vai demorar — fez bico.
— Sim meu amor, mas não posso sair antes disso — o ômega afirmou compreendendo, era o trabalho dele afinal — Prometo que amanhã depois do ultrassom iremos ficar juntinhos.
— Promete amor?
— Prometo — sorriu da manha do ômega — Vai dormir, Kookie vai pra casa assim que possível, tá bom?
— Tá bom amor, bom trabalho — deu tchauzinho — eu te amo.
— Amo vocês — Falou incluindo também o bebê que estava na barriga — Tchau.
— Tchau amor— desligou a chamada e se cobriu todo com seu cobertor — Que sono…
Logo ele dormiu, nem mesmo viu quando seu namorado chegou de madrugada e se juntou a ele na cama.
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Our difficult love || Jikook
Fiksi Penggemar[[ concluída ]] Park Jimin, um jovem que teve a sorte de nascer em berço de ouro, capaz de ter tudo quando e onde quiser. Anos atrás quando ainda era apenas um rapaz, perdeu seus pais em um acidente de carro. Nada poderia piorar. Naquele mesmo dia...