O sorriso que Jimin abriu quando viu seu ex e desejado marido ali sozinho vestido com roupas sociais e bem perfumado o fez relembrar do primeiro encontro que tiveram ali mesmo naquele restaurante.
— Pedi o nosso vinho — Falou sorrindo enquanto servia a taça que estava na frente do alfa que se sentou sem tirar os olhos do ômega.
— Vim para ouvir o que tinha para me dizer — Falou colocando a mão do lado da taça sinalizando para parar de por vinho e assim Jimin fez se servindo logo em seguida.
— Certo — Diz sorridente — Eu vim te propor uma coisa — Começou e nisso Hoseok acenou com a cabeça para que Jimin continuasse com o que estava falando — Te sugiro que largue de Kim Taehyung, aquele traidor, e volte comigo, te passarei no nome setenta por cento dos meus bens e claro não deixaremos o ômega barrigudo sem auxílio, faço questão de pagar uma ótima pensão para que ele arrume o cabelo, sabe coisas de ômega e ainda cuide da criança — Park Jimin disse como se fosse uma ideia de gênio que havia acabado de ter.
— Você faria tudo isso por mim? — Perguntou enquanto provava do vinho sentindo o gosto maravilhoso.
— Sim meu amor, não vamos mais quebrar a cabeça com isso, eu te amo muito e quero ter uma família com você — Jimin estendeu seu braço tocando na mão do alfa que olhou-o nos olhos e começou a rir.
O ômega estava confuso com aquela reação, o que havia falado de tão engraçado para ele ter aquela reação tão inusitada.
— Você é desprezível — Falou rindo, levando a taça até a boca e bebendo em um gole o restante do vinho voltando a encarar Jimin — Me chamou para vir para esse restaurante, para uma suposta reconciliação me propondo bens materiais e uma pensão para o meu filho? — Arqueou a sobrancelha incrédulo — Você é a pior pessoas da face da Terra, se enxerga Park Jimin, eu não te amo, te odeio aliás, me deixa viver minha vida com o meu ômega e meu filho em paz — Falou se levantando — Não me procure mais ou juro que não responderei por mim — Avisou já dando as costas e saindo do restaurante.
Naquele instante Park Jimin estava morrendo de vergonha, afinal apesar de Hoseok falar não em um tom tão alto, as mesas próximas escutaram tudo e cochichavam sobre isso.
Enquanto cobria o rosto com o cardápio se segurando para não chorar ali mesmo pois isso seria muita humilhação para si.
Antes que pudesse pegar seus pertences e sair do restaurante logo sentiu o cheiro familiar de um perfume que adivinharia até de olhos fechados quem se tratava.
— Vem — Jeon chamou puxando o garoto pelo pulso até sua mesa e afastando a cadeira para que ele se sentasse — Bem essa é minha família, meu pai, meu irmão caçula e meu irmão do meio — Apresentou todos para o ômega que apenas acenou com a cabeça para cada um — E esse gente, é o Park Jimin — Jungkook falava sem demonstrar muita importância, afinal só havia mesmo ido até o ômega por ter sentido pena de tantos burburinhos feitos ali por perto.
— É o seu namorado Hyung? — Jonghyun, o irmão do meio de Jeon sussurrou com sua mão na frente da boca como se assim o ômega não fosse escutar.
— Não, ele é um conhecido do hospital — Jeon respondeu no mesmo tom para seu irmão e logo o fez rir.
— Você cozinhou para ele e ele não é seu namorado? — Perguntou rindo do irmão que apenas revirou os olhos.
— Você é bonito — Jonghyung disse para Jimin que apenas olhou para o pequeno.
— Oh, obrigado — Agradeceu o elogio — Você também é muito bonito — Diz retribuindo o elogio e logo vendo o pequeno corar.
— Jonghyung é meu irmão caçula, ele é meio tímido então não estranhe se ele falar com você apenas algumas vezes — Jeon disse olhando o cardápio — E esse palhacinho do meu lado é o Junghyun, ele é o do meio, tagarela feito uma maritaca — Disse fazendo o pequeno mostrar língua e ser repreendido pelo pai.
— Olha os modos Junghyun — Falou vendo o garoto abaixar a cabeça e pedir desculpas.
— Não appa, foi eu quem provocou esse pestinha — Falou bagunçando o cabelo do irmão — Já decidiram o vão pedir? — Perguntou e logo todos responderam que sim, menos Jonghyung que ainda olhava para o cardápio.
Assim que Jungkook chamou o garçom, logo ele falou o pedido de todos e algo para seu irmão que ainda como era pequeno estava indeciso.
Enquanto a comida não chegava, Jeon escutava o pai falar com Park Jimin e o interrogar com várias coisas e sobre vários assuntos. Era esquisito aquilo tudo, mas não interrompeu e apenas deixou que ambos se socializassem ali.
Assim que a comida chegou, Park Jimin com sua lagosta com iguarias apenas começou a comer sem muito ânimo, todos da mesa estavam quietos apenas aproveitando seus pratos. Jonghyung estava olhando para o ômega que estava do seu lado e logo desviou o olhar quando percebeu que estava sendo observado também.
— Aqui — Jimin ofereceu no seu talher — Prova — Diz para o pequeno ômega que apenas aceitou e logo colocou na boca mastigando e fazendo barulhinhos de aprovação.
O caçula logo fez o mesmo fazendo Park Jimin provar de seu prato para que fosse justo.
Naquele momento Jeon achou a cena linda, porém em seu interior estava queimando de ódio por ter presenciado aquela cena, afinal já tentou de várias formas alertar o ômega e pelo que viu não adiantou de nada ter falado com Jimin.
Quando todos comeram a sobremesa e estavam satisfeitos, Jeon pagou a dívida do restaurante recusando a ajuda de Park Jimin.
Oferecendo uma carona para o ômega que disse que pegaria um táxi já que havia vindo assim para o restaurante.
Assim que todos entraram em seu carro, Park Jimin estava no banco da frente já que Jonghyung não gostava de ficar sem o pai no banco de trás do carro e Junghyun não gostava de ir no banco da frente por gostar do lado esquerdo do banco do passageiro.
[...]
Depois de ter deixado seu pai e seus irmãos em casa, Jeon dirigiu até o apartamento do ômega. Ambos não trocavam nenhuma palavra e o silêncio ali dentro deixava todos com uma sensação esquisita.Logo que estacionou seu carro na vaga da porta do apartamento esperou que o ômega saísse do carro. Porém para sua surpresa Jimin se aproximou para o beijar fazendo com que ele virasse o rosto e recebesse o beijo no rosto.
— Obrigado pela carona e pela comida — Agradeceu enquanto abria a porta do carro e fechava — Você não quer entrar? Talvez tomar um vinho comigo? — Sugeriu ficando com seu rosto da altura da janela do carro.
— Depois do que aconteceu, acho que não devemos mais agir normal não é — Respondeu ríspido olhando para frente.
— Ele me convidou para falar sobre o divórcio, disse que eu assinei o papel errado — Mentiu sorrindo forçado.
— Não precisa dar explicações, não somos nada um do outro, nunca fomos — Olhou de relance para o ômega — Não precisa me mandar mensagem, apenas viva sua vida — Jeon falou ligando o carro — Espero que você se encontre nessa bagunça toda Park Jimin, espero que realmente você consiga se enxergar — Falou saindo rápido com o carro e sumindo na rua.
Park Jimin olhava a rua vazia e logo após entrou no seu apartamento pronto para afogar as mágoas na primeira bebida que encontrasse na geladeira.
Jeon Jungkook naquela noite demorou para pegar no sono, sua cabeça não ficava quieta um segundo sequer, apenas de estar com sono.
— Parabéns coração inútil — Arfou colocando seu travesseiro na cara e fechando os olhos fortemente sentindo-se ridículo.
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Our difficult love || Jikook
Fiksi Penggemar[[ concluída ]] Park Jimin, um jovem que teve a sorte de nascer em berço de ouro, capaz de ter tudo quando e onde quiser. Anos atrás quando ainda era apenas um rapaz, perdeu seus pais em um acidente de carro. Nada poderia piorar. Naquele mesmo dia...