Our difficult love || Jikook

até a próxima

Um lugar silencioso e ao mesmo tempo tão barulhento.

Essa era a definição do ômega sobre a UTI, antes nunca esteve dentro de uma como acompanhante, mas lembra de uma vez acordar de um coma alcoólico respirando por ajuda de aparelhos. Na situação de seu cunhado tudo era mais grave, mas sério, muito mais delicado.

Através do vidro, Jimin encarava seu cunhado deitado naquela cama fria, com machucados pelo corpo, um gesso no braço e sem mexer um único dedo. O ômega sabia que a situação por dentro do alfa estava pior do que por fora, ele culpava o próprio adolescente por não estar usando o cinto de segurança, provavelmente ele não estaria nessa situação crítica.

- Você não devia estar aqui, está grávido - a voz rouca já conhecida pelo ômega soou pertinho de si, mas Jimin não queria brigar, não queria berrar, não queria nada que não fosse apenas chorar.

- Taehyung... o que faz aqui? - não tirou os olhos do vidro.

- Eu estou acompanhando minha mãe que está doente, ela foi internada ontem de manhã. Eu vi sua Lamborghini no estacionamento- olhou também para quem estava no leito.

-Eu não sou a única pessoa no mundo que tem uma Lamborghini.

- Mas faz parte do pequeno grupo - Suspirou baixo - Seu namorado trabalha aqui, automaticamente eu deduzi que era o seu carro.

- Pois é, você nunca foi burro.. - Taehyung se manteve em silêncio assim como Park Jimin por longos minutos.

- Quem é ele?- referiu-se ao garoto do quarto.

- Meu cunhado... o'que a tia Kim tem?

- Problemas normais de idosos... ela sente sua falta.

- Também sinto a dela - Suspirou - O que você quer comigo?

- Seu perdão... eu sei que não mereço, eu fui muito covarde com você, agi por suas costas... me envolvi com seu marido...

- Não importa mais, eu não ligo para meu passado - finalmente ele encarou o outro ômega - E eu te perdôo por querer ser eu, por querer ter tudo que é meu, mas eu não lhe perdôo por ter mentido pra mim, por ter me abraçado e aconselhado esquecer a possibilidade dele ter um amante sendo que você era o próprio.

- Eu estava desesperado, com medo que descobrisse.

- E descobri mesmo assim, vocês estavam na minha cama.

- Você quer que eu ajoelhe?- o Park apenas negou em silêncio.

- Já tens meu perdão... agora vá cuidar da tia Kim, segue sua vida sem peso na consciência.

- Não vai me dar nenhum abraço?

- Não Taehyung, seus braços são como espinhos pra mim... - Mesmo sem querer, o Kim apenas afirmou respeitando a decisão do Park.

- Melhoras pra ele, se cuida Jimin, se um dia mudar de ideia...

- Eu irei procurar você - o Kim fez uma referência e saiu com as mãos nos bolsos.

Diferente do que Jimin imaginou, ele estava em paz, não abalou tanto sua mente como imaginou que seria, talvez por algo mais grave estar acontecendo. Encarando novamente o vidro, notou que seu cunhado estava de olhos abertos, um pequeno sorriso se formou nos lábios do ômega.

- Ei Junghyun - bateu a ponta do dedo no vidro- Aqui olha pra mim.

O rapaz não conseguia mexer sua cabeça com agilidade, lentamente ele foi olhando até que seu cunhado fosse visto.