👽 Prólogo: Profano 👽

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— Nᴀ ㅤRᴇᴛᴀㅤ Fɪɴᴀʟ —

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Anos Terrestres: de 1769 a 1990.
Planeta Terra: Realidade C-137.
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As caravelas não viajavam somente pelos oceanos, mas entre as nuvens e pelas estrelas — como naves espaciais. Mas antes disso acontecer, muitas águas rolaram...

A Revolução Industrial acabou com a Terra, o mundo consumiu toda a natureza pela ganância de produzir. Pessoas morriam de fome e respiravam somente com máscaras. Água? Nenhuma potável.

Chamado como O Grande Desastre Ambiental, o momento histórico foi a aniquilação de qualquer vivência saudável no planeta. E quando a humanidade estava para ser extinta, eles chegaram e vieram com a salvação.

Seres de três metros de altura, humanoides, mas com características de animais: alguns com bicos de pássaros, outros com escamas de jacaré e vários com pelos de tigre.

Os seres humanos necessitavam desesperadamente de uma saída e os seres do espaço a ofereceram. Uma tecnologia como uma espécie de ar-condicionado que filtra o ar; uma pílula azul que tira os elementos tóxicos do corpo após a ingestão dos alimentos e água contaminados e, por fim, objetos mágicos.

Assim como um mágico em um show de ilusionismo, os seres do universo deram bugigangas fantasiosas para os humanos. Em troca disso e da salvação, pediram uma coisa: devoção ao seu soberano.

Conhecido como o Deus do Caos, Tes é uma entidade sagrada para os gigantes meio animais. A religião dos que tomaram a Terra era bem simples: Tes criou o mundo; todos os universos e galáxias e, por isso, ele também as destruía ou as salvava.

Os líderes mundiais, não encontrando outra alternativa, aceitaram o acordo. Ao passar dos anos, os humanos começaram a encarar a figura como um verdadeiro deus. Alguns, por outro lado, eram profanos a Tes.

Em mundo dividido entre fanáticos religiosos e hereges, nasce um menino loiro de cabelos ralos no interior paulista em 1970. O Brasil era o grande epicentro dos rebeldes contra os alienígenas. Mas a mãe dessa criança era uma grande exceção.

Quando o bebê nasceu, ela disse que seu filho também seria um devoto, assim como ela, só que a mulher se decepcionou. Lucas Carlin não acreditava fielmente em Tes, por raiva à própria mãe que enlouquecia como uma fanática e, assim, não dava atenção ao pequeno.

Aos 15 anos, Carlin tomou uma decisão com base no ódio que tinha pela figura materna que o negligenciou na infância e adolescência. Tudo começou com um pedido.

O Sr. Nicollas, um homem de 50 anos, pediu uma coisa para ele: "me acompanhe nesta viagem para o Egito, preciso levar esse objeto mágico para um local seguro, ele precisa ficar longe dos seguidores de Tes". Lucas tinha consciência do perigo que era aquilo — uma traição levava à inquisição.

Como já sentia indignação por viver tanto tempo sozinho, o garoto escolheu fugir de casa e ajudar o Sr. Nicollas.

Só que, depois disso, toda a sua vida foi comprometida: nunca mais pôde voltar ao Brasil; viveu um caos no Egito por cinco anos; fugiu de inúmeras perseguições; viveu como um forasteiro e tornou-se, de fato, um profano.

Na Reta Final 🔒Onde histórias criam vida. Descubra agora