⏳ Capítulo I: Enigma ⏳

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Após uma série de acontecimentos durante os cinco anos que viveu como um profano, Lucas abriu os olhos em um lugar hostil, frio, escuro e com uma pedra enorme à sua frente.

Não se lembrava de como tinha parado ali. Um local congelante e úmido; sufocante e prestes a... desabar. Um bicho preso em uma jaula perto de si era mais um dos perigos que o ameaçava, enquanto os grossos grãos de areia caíam em seus cabelos finos.

Em um canto no meio do deserto do Egito, havia uma esfinge prestes a desmoronar. Do lado de fora do monumento, os ventos uivavam durante a noite mais fria que o mundo já presenciou.

O jovem ali dentro estava confuso, atordoado e procurando com o olhar uma porta para sair.

As paredes de terra rangiam, o chão de areia tremia e o coração de Lucas Carlin saia pela boca enquanto seu pescoço girava em diversas direções dentro daquela sala antiga, milenar e cheia de hieróglifos intraduzíveis.

O jovem tinha um corpo extremamente estreito e alto, estava na casa dos seus 20 anos, sabia que tinha vivido uma vida até chegar ali. Nasceu no interior paulista, Agudos, viveu a infância nos anos oitenta. Mas, no meio de tanta tensão, não conseguia recordar de mais nada.

— O que está acontecendo?! — o loiro gritou, levando as mãos até a cabeça.

O bicho ali perto mostrou os dentes após o grito, agitou-se quando uma pedra enorme caiu em cima da jaula, as grades entortaram.

A besta enjaulada não era nada comum, apesar de ter as mesmas características físicas de um tigre: pelos laranjas, pretos e brancos se alternando; rosto quadrado e dentes afiados que faziam a espinha de Lucas gelar. Mas o animal era gigantesco, assim como a jaula na qual estava.

Carlin encarou o espaço, poucos metros quadrados que envolviam um altar no qual estava de pé; uma escada atrás de si que dava para um chão de terra; paredes com desenhos; uma grande pedra de seis metros de altura e três de largura na sua frente e, ao lado dela, o enjaulado tigre gigante.

Mais pedregulhos começaram a cair com o tremor da esfinge, Lucas olhou a pedra na sua frente com os olhos aflitos. O objeto era em formato oval, cinza, cheio de símbolos desconhecidos e com caveiras nas bordas.

Quando o loiro começou a olhar os detalhes, ele notou que os hieróglifos da pedra mudavam, como em um passe de mágica, para letras cursivas.

Os grãos de areia formavam quase uma pilha em sua cabeça, o coração pulsava com pavor do tigre agitado, das paredes quase desabando e do inevitável fim.

Lucas sentiu a pulsação na garganta quando uma voz tenebrosa e rouca soou no teto da esfinge, as instruções pareciam vir do além.

"Solucione o enigma da pedra para sobreviver e, assim, reinicie a realidade. A sua primeira dica é: as pistas foram tiradas de você".

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