✨Capítulo VII: Na Reta Final ✨

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O bicho estava em cima do loiro, o magrelo sentia o coração tão disparado que pensou que poderia morrer por um infarto antes dos dentes o perfurarem.

A fera abriu muito a boca, não soltou som algum, Lucas fechou os olhos esperando pela morte. Depois de alguns minutos tremendo, Carlin notou que ela não vinha.

O loiro abriu um olho enquanto mantinha o outro fechado. Notou algo que supôs ser uma miragem, abriu os dois olhos e... ficou vidrado no que observava.

De dentro da boca do tigre, não havia uma garganta, no lugar da goela e boca do estômago estava o universo. Estrelas e planetas brilhantes em tons azuis, alguns tão distantes que pareciam somente pontos brancos, pretos e vermelhos; outros tão perto que Lucas podia ver a superfície.

Com o coração disparado, o garoto recordou que já tinha visto aquela imagem dentro do espelho que conhecia como O Contador de Histórias. Uma ideia louca surgiu, tinha quase certeza que havia solucionado o enigma.

— O universo! O universo é infinito, não sabemos como ele de fato começou e nem como ele irá terminar! Mas se ele começou com o Big Bang, partiu de uma explosão com todas as moléculas, pode muito bem acabar com o retorno de todas elas em um único ponto, como se estivesse em um processo reverso e cíclico e, assim, explodir de novo, criando novos planetas, novos seres, novas realidades! — Carlin não viu, mas as letras da pedra no altar ficaram verdes.

— Se minha teoria estiver certa, o universo sempre vai começar pela reta final, ou seja, pelo mesmo e único ponto pelo qual surgiu!

Ao revelar a sua descoberta, Lucas Carlin desvendou o enigma, fazendo aquela realidade na qual estava convergir para um único ponto e, depois, recomeçar na reta final.

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