capítulo 14

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Notas da autora: BOM DIA BOA TARDE BOA NOITE

PRONTOS PARA AS MINHAS PERIPÉCIAS???

capítulo grandinho p vcs!!

(possível gatilho, T.A, mas tentei escrever de forma bem leve)
.

ps: é o mesmo dia do capítulo anterior.

pov: Louis Tomlinson

Fui do colégio direto para o mercado. Parando em cada vitrine, poça, carro ou qualquer coisa que me permitisse ver o meu reflexo. Me olhava por alguns segundos e prosseguia.

Chegando ao estabelecimento, comecei a escolher os produtos. Eu pegava, olhava o rótulo procurando a contagem de calorias, colocava no carrinho, e continuava o processo.

O caminho até em casa foi assim: me olhava em reflexos, murchava a barriga, contava as calorias que comi no dia na cabeça, pensava em como disfarçaria meu corpo no domingo, checava o celular e repetia tudo novamente.

Chegando em casa, fui ao meu quarto experimentar roupas para domingo. Colocava, olhava, me sentia insatisfeito com meu corpo, ia ao closet, pegava outra peça, experientava, tirava.

Cheguei ao meu limite quando desabei em lágrimas de frustração. E de repente voltei para o Louis de doze anos.

Eu era uma criança.

Tudo o que era mágico, se tornou alvo de rígida critica. Mas a pior delas eram os olhares de meus parentes ao me verem almoçar, ou abrir a dispensa.
Seus cumprimentos em encontros familiares resultavam em críticas sobre meu corpo, meu peso. "Emagreça mais, seja igual a sua irmã" "Você não deveria estar comendo isso Louis, olha como você está ficando."

E de repente eu me vi em uma roda de rato.

Aos 14 comecei com dietas malucas que eu não conseguia concluir, e comecei a treinar em casa.

Aos 15 entrei na academia, e fui extremamente duro comigo mesmo. Foram inúmeros meses comendo no máximo 1 ou 2 vezes ao dia, coisas leves e pouco calóricas. E mesmo depois da escassa quantidade de refeições me matava de exercícios.

Fora quando havia dias em que eu sequer comia.

Aos 16 encontrei mais métodos para compensar a comida que eu havia ingerido. E vieram picos de compulsão alimentar.

Eu vivia isso sozinho, eu passei pelo inferno sozinho. Não falava com ninguém, e ninguém percebeu.

Aos 17, atual momento, me esforço pra tentar comer pelo menos 3 vezes ao dia. Mesmo com a culpa assolando meu cérebro, eu decidi que queria estar aqui pra ver minhas irmãs se formarem e crescerem.

Porém é um processo de choros e recaídas.

E eu estava sozinho em um apartamento novo e em uma cidade nova.

Eu estava tentando, porém é mais difícil do que parece quando a paranóia com uma parte do seu corpo se extende para cada traço de sua aparência.

"Amanhã eu tento de novo. Novos dias são pra isso" Pensei, e me deitei, adormecendo ali mesmo.

*DIA SEGUINTE*

pov: Louis tomlinson

Eram 11 da manhã do sábado anterior ao passeio quando ouço a campainha do meu apartamento tocar.

Era Harry.

Abri a porta e nesse momento ele se jogou em meus braços me abraçando e deixando lágrimas cair em um choro silencioso. Fui pego de surpresa pela situação e ainda com o cacheado envolto em meus braços, o levei até a sala e deitei com o mesmo no sofá.

The new past [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora