capítulo 21

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notas da autora: boa noite pessoal! É brincadeira ein seleção brasileira

como estão??? espero que muito bem!

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votem e comentem <333

boa leituraaaaa

(possível gatilho: T.A)

———

pov: Harry Styles

obs: fim do mês de agosto.

   Os últimos dois meses foram inutilmente normais. No começo foi estranho não ter Louis aqui, mas com o passar dos dias esse sentimento se estabilizou.

     Eu sorria ao ver suas publicações com seus amigos e familiares em sua cidade. Ele emanava felicidade e gratidão. E sempre que conversávamos, me falava sobre como amava aquele lugar.

       Mas nos últimos dias, me surgiu um pensamento no qual não conseguia me livrar :

      "Jamais vou ser o que Louis precisa, nunca o farei sorrir de tal forma"

   Era algo que eu tentava ignorar ao máximo, mas inegavelmente algo em mim acreditava naquilo.

...

     Saindo da doceria, com uma caixa de torta de maçã nas mãos, a coloquei no banco de trás do carro e comecei a dirigir em direção a rodoviária. Com a janela aberta e o vento batendo em meus cabelos, aproveitava a calmaria e a música baixa que saía do rádio.

     Ao estacionar em frente ao lugar planejado, me retirei do carro e consegui avistar Louis, que veio correndo em minha direção e me dando um abraço, pulando e enrolando suas pernas em minha cintura, suas mãos envolta de meu pescoço e sua cabeça enfiada em meus ombros.

     O coloquei no chão, e guardamos as bagagens no porta malas e entramos dentro do carro. O dia estava quente e ensolarado, porém Louis usava moletons largos apesar da temperatura. Isso deixou uma incógnita em minha mente.

       — Não tá com calor Louis?

      — Não não, eu tô de boa Hazz.

      — Comprei torta de maçã. — falei olhando para a avenida enquanto dirigia

      — Obrigada gatinho — dirigiu um beijo em minha bochecha — mas não tô com muita fome.

     — Certeza? A viagem de volta foi cansativa.

     — Tenho sim.

    Chegando ao apartamento de Louis, guardamos as malas em seu quarto e fomos para a cozinha. Louis, acabou derramando água em suas roupas, rapidamente resmungando e tirando seu boné e moletom, deixando o peitoral e rosto expostos. Mas algo me deixou alarmado: Louis havia em seu rosto e corpo, uma aparência de fraqueza, como se faltasse o necessário para o seu corpo funcionar. Cabelos aparentemente mais fracos, olhos fundos, postura mais curva (algo incomum pois costumava ter a postura bem ereta)  e uma feição vazia. Então percebi:

       Uma recaída havia acontecido.

   Não dava para confrontar Louis sobre algo tão íntimo e delicado, portanto eu não podia fingir que não havia reparado. Ele nunca fingiu quando foi minha vez.
   
     Com calma, o envolvi em um abraço reconfortante, acariciando seus lisos cabelos e suas costas.

    — Você voltou a fazer aquilo? Acabou acontecendo? Pode me contar se quiser vida.

      Silêncio.
      Mais silêncio.

    — Desculpa — disse ainda envolto em meus braços — eu não consegui evitar, eles foram cruéis, as críticas eram rígidas, eu não podia...

    — Shhh, tudo bem pequeno, acabou sim? Não precisa se desculpar. Olha, senta ali perto do balcão — disse o direcionando para a cadeira e fui em direção a geladeira onde estava a torta.

   — Nosso corpo, é igual um carro — falei, pegando os pratos e a faca — existem vários combustíveis que podem fazer ele funcionar — cortei um pedaço da torta —  sem eles, o carro não funciona — disse finalmente o servindo — sem nutrientes, você não funciona.

    Louis apenas assentiu.

   — Não precisa comer muito, nem agora, vai no seu tempo — respondi antes de enfiar um pedaço do doce em minha boca — mas se você não comer, eu como por você, tá muito bom!

      Louis encarava o que estava diante de seus olhos. Com a ponta da colher, pegou o primeiro pedacinho, colocando entre seus dentes e os mastigando devagar, enquanto uma lágrima descia de seu olho esquerdo. Não interferi, era um momento dele, portanto, apenas observei.

     Assim foi, de pouco em pouco, a torta presente no prato foi consumida em um raio de 15 minutos. Foi o tempo necessário para ele.

    Ao ver Louis arredando o prato para a frente, indicando que estava satisfeito, nada pude fazer além de lhe dar um beijo com gosto de maçã, que misturada com os lábios de Louis, possuía o gosto do fruto proibido.

    Mas afinal, o que era proibido para Harry Styles?

    Porém aquilo não era uma proibição, era um privilégio. O meu privilégio.

      — Eu tô orgulhoso de você Lou'.

      — Obrigada Hazz, por tudo. Eu sou muito grato por ter você.

      — Agora você em troca vai me proteger dos malucos que me secam na escola, já que as aulas vão voltar.

    — Pode deixar, eu vou ensinar todos a contar para mostrar quem é o número 1.

   — Às vezes você é muito convencido, Tomlinson.

   — E você adora isso, Edward.

The new past [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora