SÃO PAULO - BRASIL 2022
22:00 horas e somente agora que Yana conseguiu sair do seu trabalho. Era seu primeiro dia em seu primeiro emprego. Seu chefe a encheu com papeladas e mandou que estivesse tudo pronto ainda hoje. Acarretou que ela teve que fazer algumas horas extras e mal teve tempo de beber água ou ir ao banheiro.
Seu corpo já reclamava no primeiro dia, ela só queria chegar em casa tomar um banho, comer qualquer coisa e ir dormir.
Havia se mudado a poucos dias para São Paulo para fazer faculdade. Seu pai foi totalmente contra a decisão, para ela Yana teria que ficar morando no interior até achar um marido. A relação com o seu pai não era muito boa. Seus pais se divorciaram quando sua mãe descobriu que o seu pai tinha casos extraconjugais e hoje ela vive feliz com o novo marido, que a respeita e cuida dela. Isso era um alívio para Yana, sua mãe agora estava em boas mãos. A mãe dela apoiava sua vinda para São Paulo, afinal ela seria a primeira mulher da família a se formar. E sempre a incentivou a ter coragem.
Yana foi em direção ao ponto de ônibus para voltar para a república onde morava.
Quando ela virou a esquina um ônibus estava saindo do ponto.
-Senhor, que não seja o meu.
Yana se aproximou de uma senhora que estava no ponto e perguntou qual ônibus era o que tinha passado, era o seu ônibus.
-Obrigada.
Era nesse momento em que o"filho chora e a mãe não vê". Hoje definitivamente não era o seu dia de sorte.
Yana só queria chegar em casa o mais rápido possível. Passou a mão por sua barriga e sentiu as dobrinhas, depois olhou para o topo do seu braço, vendo a formação de um 'tchauzinho', então resolveu esquecer o ônibus e ir a pé mesmo.
São Paulo era uma cidade gigante, e fazia pouco tempo que ela morava lá, mas fazia questão de saber todos os caminhos que precisava usar. Poucos dias atrás ela tinha feito o mesmo caminho a pé da sua república até o futuro emprego.
Depois de caminhar por algumas ruas, Yana começou a sentir fadiga e muita sede. Tinha que admitir que ela era um pouco sedentária e estava andando rápido para chegar logo. Abriu sua bolsa para pegar a garrafinha de água que sempre andava com ela, mas essa estava vazia.
Yana soltou um longo suspiro. Com tanto trabalho para fazer ela nem teve tempo de beber água no serviço ou poder encher a sua garrafinha.
Teria que aguentar até chegar.
Passando por mais algumas avenidas, Yana começou a sentir que tinha areia em sua boca. Mas não gastaria seu dinheiro comprando água, sendo que ela tinha em casa de graça. Sendo uma universitária, qualquer dinheiro que ela pudesse economizar já ajudava.
Yana virou em uma rua e parou. Aquela rua não era tão escura e assustadora quando tinha passado na parte da manhã. Ela ponderou se deveria dar a volta e fazer um caminho mais longo. Esse era o caminho mais rápido e dar a volta demoraria muito.
Encostou a bolsa em seu corpo e ficou em alerta, andando nem muito rápido e nem muito devagar.
Ela passou em frente a um bar do outro lado da rua, de aparência bem decadente, podia ver homens sentados em mesas bebendo.
Sua boca começou a salivar quando viu a cerveja. Yana não bebia, mas estava com tanta sede que qualquer líquido poderia ajudar.
Tomando coragem ela entrou. Alguns homens a olharam de forma que se sentiu desconfortável. Resolveu que não faria contato visual com ninguém, pegaria sua água e sairia o mais rápido possível.
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ETERNAMENTE
Roman d'amourUcrânia, século 18. Kateryna Kolesnikova e Yana Poliakova crescem juntas em uma aldeia ao norte da Ucrânia. Yana vive em um lar rígido, sendo criada para ser futuramente uma boa esposa. Kateryna tem uma alma livre que não pode ser controlada por nin...