Kateryna não estava melhorando, sua febre não abaixava e ainda tossia sangue.
Naquele dia Yana ficou até que Kateryna dormisse e rapidamente saiu para tentar buscar ajuda, porém não encontrou nenhuma alma por perto.
Ela conseguiu tirar algumas tábuas que estavam meio soltas para queimar, a custo de unhas quebradas e feridas nas pontas dos dedos. Conseguira fazer uma pequena fogueira dentro da cabana embaixo de uma fresta entre as madeiras que compunham a parede, para a fumaça sair.
Yana aqueceu a neve e usou a água para limpar Kateryna.
Durante sua procura por pessoas achou um salgueiro branco, ainda firme perante o frio. Ela retirou parte da casca a fim de fazer chá para Kateryna e ajudá-la a melhorar.
Entre os objetos jogados dentro daquela cabana, Yana encontrou uma panela antiga que não estava furada, para fazer a decocção.
Ela esperou o chá esfriar um pouco e o levou até Kateryna.
-Kate...eu trouxe mais chá.
-É muito chá..
-Eu sei, mas precisa beber para ficar melhor.
Yana se ajoelhou e ajudou Kateryna a se sentar e deixou que o peso fosse apoiado nela.
-Vamos. Beba.
Yana entregou o chá, e Kateryna começou a beber devagar.
Fazia dois dias que elas estavam naquela cabana. Yana não queria admitir, mas o corpo de Kateryna mostrava o quanto ela estava doente, a pele estava muito pálida, seu corpo tinha perdido força e a febre poucas vezes foi controlada.
Assim que Kateryna terminou de beber, Yana a deitou novamente.
-Como está se sentindo?
-Não sinto tanta dor.
Era uma notícia boa.
-Você precisar comer Kate...acha que conseguiria?
Kateryna mal havia comido esses dias, tudo que engolia ela vomitava.
-Ainda tem um pouco de pão?
Yana retirou das suas vestes um pedaço de pão que estava guardando. Durante os dias que ficaram em aldeias, alguns bons moradores doaram comida e elas levaram para a viagem. Era pouco, então tinha que ser racionalizado.
Novamente Yana ajudou Kateryna a se sentar e entregou o pão para ela.
-Tente comer, mas vá devagar.
Kateryna bem lentamente comeu um pedaço do pão. Elas esperaram pelo vômito, mas não veio. Yana se alegrou, Kateryna apesar de ainda estar doente apresentava pequenos sinais de melhora, vê-la conseguir comer já era uma grande vitória.
-Acho que não vira.
-Está melhorando Kate...
Yana sorriu e beijou a testa de Kateryna.
-Estou tão ansiosa pela sua melhora, mal vejo a hora de conseguirmos sair daqui e chegamos a Kiev e recomeçamos.
-Estou fazendo meu melhor.
-Eu sei que esta, é muito forte. Não precisa se preocupar com nada, está bem? Eu irei cuidar de tudo. Agora volte a descansar, mais tarde tente comer de novo.
Yana se levantou, deixando Kateryna o mais confortável que podia. Ela foi até a porta e abriu uma fresta para ver como estava o tempo
-Onde vai ?
-Preciso sair Kate... prometo que volto rápido, não ficarei muito tempo longe.
-Não fique muito tempo no frio Yana.
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ETERNAMENTE
RomansaUcrânia, século 18. Kateryna Kolesnikova e Yana Poliakova crescem juntas em uma aldeia ao norte da Ucrânia. Yana vive em um lar rígido, sendo criada para ser futuramente uma boa esposa. Kateryna tem uma alma livre que não pode ser controlada por nin...