cap 1: adoção

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-Uma criança? Quem deixou uma criança aqui? - perguntou a arconte tirando o bebe da cesta e pegando no colo, ela riu um pouco quando ele mexeu seus bracinhos tentando tocar seu rosto- ainda mais uma criança tão adorável

O que é isso? - disse uma garota de cabelos brancos se abaixando para pegar uma nota na cesta-Kunikuzushi, acho que esse é o nome dele... - A garota disse com um pouco de pena vendo o garoto mexer suas orelhinhas de raposa.

A arconte sorriu um pouco triste- Kunikuzushi eh? Significa "destruidor de nações" em inazuman, certo? - a garota de cabelos brancos apenas assentiu- Não é um bom nome para uma criança, tem certeza que está escrito só isso ou tem mais algo?

A garota de cabelos brancos mexeu na cesta novamente, ela encontrou uma carta bem feita com alguns traços que deixavam claro que era de inazuma- achei!

"queridas Rukkhadevata e Kusanali,

Eu escrevo essa carta porquê...na verdade não sei direito, só sei que estou entrando em desespero e vocês são minhas últimas esperanças, as únicas que posso confiar para cumprir esse pedido.

Como vou explicar isso? Bem, você se lembra de Ei, certo? Enfim, dois anos atrás minha irmã se casou e engravidou, isso seria uma ótima notícia se não fosse pelo acidente. Sua esposa morreu a deixando sozinha com o bebê, nós planejávamos cuidar dele, mas imprevistos surgiram, ele está em perigo.

Inazuma não é seguro para o bebê, além das áreas com forte concentração de electro e monstros perigosos também é uma nação coberta de criminosos e cheia de pessoas que estão tentando usurpar o trono, se eles souberem do bebê o perigo o acompanhara e ele terá que viver preso para sua própria segurança, nem eu ou Ei queremos isso e é por isso que acredito que vocês são boas para isso.

Sumeru é a nação da sabedoria, tenho certeza de que será o local ideal para o bebê crescer sem preocupações, se escolhesse Liyue Ei tem medo de que o bebê cresça tendo uma mente fechada por um lugar onde tudo é dinheiro. Mondstant parece ótimo, mas não acho que Venti esteja pronto para cuidar de uma criança.

Eu sei que lhe peço demais, mas eu estou confiando e implorando a vocês para que cuidem dele

Atenciosamente, Makoto.

P.S: O bebê se chama Scaramouche, mas Ei costumava brincar que ele destruiria nações com seu choro. Por favor não o chamem e Kunikuzushi-"

Assim que Kusanali terminou a carta ela e Rukkhadevata se encararam como se quisessem dizer algo.

-Devemos ficar com ele! - as duas falaram ao mesmo tempo e se encaram

E foi assim que começou a jornada do pequeno Scaramouche, uma criança que causaria um grande impacto em Sumeru.

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-Não adianta se esconder~- a voz sombria foi ouvida pela floresta- eu vou encontra-los logo!

Kusanali deu um sinal para Scaramouche permanecer quieto e a seguir, a criança obedeceu sem retrucar.

Assim que os dois estava quase fora da floresta Scaramouche foi pego, ele se rebateu no colo da pessoa enquanto gritava para Kusanali- CORRA NALI, SE SALVE!

A garota parou o passo e se virou para ele antes de correr em sua direção- EU NAO VOU SEM VOCÊ! - ela tentou pega-lo do colo apenas para ser pega pela pessoa também.

Uma risada saiu dos lábios da mulher- Parece que eu ganhei de novo- ela continuou rindo enquanto baixava os dois.

Scaramouche bufou cruzando os braços-Não é justo, Rukka é mais forte e rápida do que a gente- ele apontou recebendo um acendo de aprovação de Kusanali.

Rukkhadevata apenas ri achando fofo como Kusanali sempre agia como uma mãe que apoia as ideias do filho quando se tratava de Scaramouche- Tudo bem, que tal irmos comer? - ela perguntou enquanto pegava uma cesta de piquenique encostada em uma árvore.

Os dois assentiram e ajudaram ela a estender a toalha e tirar as coisas da cesta- bom apetite- Disse Rukkhadevata antes de dar uma mordida no lanche.

-Bom apetite! - repetiram os outros dois em uníssono copiando as ações da mais velha.

8 anos se passaram desde que Rukkhadevata e Kusanali começaram a cuidar de Scaramouche, elas obviamente mantinham contato com Makoto e Ei através das cartas, sempre contando sobre a evolução de Scaramouche.

Scaramouche era o que a maioria chama de garoto prodígio, tão novo e já era muito bom com armas de todos os tipos- embora ele quisesse usar um catalisador, mas como não tinha uma visão não era possível- além disso, ele era muito inteligente e aprendia fácil sendo um destaque entre as crianças de sua idade.

O garoto nunca conheceu sua mãe devido ao risco, as outras crianças costumavam zombar dele dizendo que ela o abandonou, mas ele sabia, ele sabia que ela não teve escolha e fez isso para protege-lo.

As orelhas dele se mexeram, ele sentia como se algo ruim fosse acontecer, sua cauda se moveu nervosamente e a sensação de borboletas no estomago logo o atingiu, Scaramouche balançou a cabeça achando ser apenas paranoia.

-Você está bem Scara?- Scaramouche saiu de seus pensamentos quando sentiu a mão de Kusanali

-Sim Nali, eu apenas me perdi em pensamentos bobos- ele diz tranquilizando a mulher

O que ele não sabia...

Era que não era apenas coisa de sua cabeça. 

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