Cap 11: Ying

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Enquanto caminhava ela podia sentir a areia passar entre seus dedos e isso de certa forma a tranquilizava.

O sol podia ser quente e insuportável as vezes, mas isso nunca a incomodou.

Quando escutou um barulho ela parou- Saia daí e me enfrente seu covarde- ao mesmo tempo ela pode ver um adulto sair de trás da pilha de areia-Ah é só você, o que faz aqui Cyno?- ela guarda sua espada no mesmo momento.

-Eu preciso da sua ajuda em algo.

-Você sabia que você poderia simplesmente pedir e não precisava me seguir escondido?

-Assim estraga a diversão, aliás desse jeito posso ver como as suas habilidades melhoraram- ele dá um leve sorriso, o que a garota contribui.

-Então como posso lhe ajudar?

-Sua visão ainda continua aguçada como a de uma águia?- ele diz em um tom de brincadeira.

Ela tira sua venda revelando seus olhos amarelados com pupilas pretas afiadas- Isso é óbvio- ela diz revirando os olhos.

...

Os dois agora se encontravam na casa de Ying, um templo que não servia a nenhum deus em específico.

Era apenas um local cheio de várias pinturas ou objetos que pertenceram a deuses, um lugar onde você poderia adorar qualquer deus que quisesse.

-Eles estão tramando algo? Eu já desconfiava mesmo.

-Sabe de algo?

-Sim, pelo o que eu sei o grande sábio tem um filho.- ela olha para Cyno pelo canto do olho.

-Ele se chama Hari, eu e Tighnari o conhecemos na academia. Ele tem-

-uma energia peculiar, não é?

-como sabe disso?

-Uma criança de energia peculiar, sábios insatisfeitos com sua deusa e comportamentos suspeitos.

-Como isso soa para você?

-Soa como xadrez, você precisa cuidar de um peão até ele chegar ao outro lado de um tabuleiro e você o substituí-lo por...

-Uma segunda rainha...Ying, você acha que...

-Hari é o peão, o novo deus é segunda rainha.

-Mas por que Hari?

-Como você provavelmente espera- ela se levanta da cadeira e caminha até a pintura do lorde menor Kunikuzushi- eu sempre estou um passo à frente, eu andei vigiando Hari e percebi que ele tem mais poder do que imagina- Ela olha para o colar no pescoço de Kunikuzushi- 'Não é todo dia que se encontra o filho de um Deus'

Cyno franze as sobrancelhas-Poder suficiente que aonde arrancado pode ser usado para criar esse novo deus.

Os olhos de Cyno se arregaram-Eu preciso ir Ying- ele se levanta rapidamente e sai correndo.

Ying fechou os olhos e mexeu um pouco em seu colar.

...
'Enquanto tiver esse colar eu sempre te acompanharei, na terra, no mar ou em celestia a chuva te guiará'
...

Ela suspirou e riu um pouco- Sinto que seu filho vai me dar trabalho, mestre- com isso ela saiu do templo.

Novamente agraciada pela luz do sol ela colocou sua venda novamente- bem, hora de chutar alguns velhos eu acho.

( pqp isso soa tão errado)

...

-E foi assim que eu vim parar aqui.-Ela terminava a história-poupando os detalhes de seu mestre ser o lorde menor Kunikuzushi- enquanto enfaixava o abdômen do garoto.

-Então você foi quem ajudou Cyno com a investigação.

-Sim sim eu ajudei seu marido com isso.

-Ele não é meu marido.

-Essa é a maior mentira que eu já ouvi em toda a minha vida, ela venceu a mentira de quando o Cyno disse que seria uma simples viagem, observação: ele voltou com uma criança. Pelo o que eu sei ela é sua aprendiz.

-Collei? Sim ela é minha aprendiz.

-ela tem 16 atualmente, não é? Ela parece mais feliz do que de quando a vi pela primeira vez, você faz um bom trabalho de figura paterna.

-Obrigado

-também faz um ótimo trabalho como irmão mais velho, Hari realmente gosta de você- ela sorri levemente o que Tighnari retribui.

-Eu acho que no fundo eu o entendo no caso de ser diferente dos outros- ele diz balançando a calda.

-Sim, eu também entendo...-ela aponta para a faixa em seus olhos- tenho uma genética que puxei de um parente meu que tinha uma habilidade de "olhos de águia". Consigo ver e perceber tudo ao meu redor.

-Mas e as vendas?

-Mesmo com as vendas eu ainda consigo ver através delas, elas são apenas porque meus olhos costumam assustar as pessoas, dizem que se sentem intimidados por eles.

-Isso é ridículo! Você não deveria esconder algo porque as pessoas não gostam, são seus olhos não deles.

Ying deu uma leve risada- meu mestre costumava dizer isso também...

Uma atmosfera estranha e desconfortável se aplicou no local, por sorte foi interrompida por alguém chamando o nome de Ying.

-Eu deveria ir agora- ela se levanta- meus serviços aqui já acabaram.

-Foi um prazer te conhecer Ying.

-Também foi um prazer te conhecer- ela acenou com a cabeça- e não se esqueça de tomar os remédios.

Ele ri-eu não vou,não se preocupe.

E com isso Ying pegou sua espada e partiu, ela sabia que agora teria que lidar com certos fatuis.

...
'-Mestre, você promete que vai voltar?
-Eu te prometo, afinal o que esses fatuis podem fazer contra um deus?'
...

Ele nunca voltou e isso a magoou tanto quanto magoou seu marido Aether.

Aether não a deixou de lado nunca, ele continuou cuidando dela e a criou como sua própria filha.

Exatamente do mesmo jeito que seu mestre tratou ela.

Ying respirou fundo depois de acabar com mais alguns fatuis, ela se cansou e desabou contra uma parede , sua respiração tentava se regular.

Ela não percebeu a bruxa, ela não percebeu como sua cabeça era o alvo dela.

Em alguns segundos ela acordou de seu cansaço ao ouvir um banque, ela olhou para o lado e viu a bruxa caída perto de um mago do abismo pyro.

-General...- o mago do abismo se curvou.

-não precisava cuidar dela, eu apenas queria ver quão longe ela iria.

-General, o príncipe está preocupado e quer que a General volte.

Ying se levantou- Eu não posso voltar agora, eu estou tão perto de conseguir concluir minha missão.

-O príncipe disse que ele pode assumir a partir de agora e que não quer que a General se arrisque nessa fase final da missão.

-Pois então diga a ele que eu vou cumprir essa missão e nem ele vai me impedir.

-Sim, General.

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