Cap 8: o livro confuso

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Doce. Tão doce quanto vermelho podia ser considerado a cor do amor, então o sangue era a cor do amor?

Scaramouche não gostava disso, tudo que ele se lembrava era de Rukka com a sua roupa de arconte -que era raramente usada- lhe dando um grande sorriso antes de sair com a promessa de voltar.

Ela nunca voltou, com preocupação ele foi com Kusanali atrás dela, mas agora Kusanali era a nova arconte, o que significava que sua mestra estava morta, não apenas ela como também a sua tia, em momentos como esse ele prometeu proteger Kusanali de tudo e todos.

Ele falhou também, Kusanali agora estava enfraquecida e presa em uma forma de criança enquanto ele estava com seus poderes esgotados.

Assim que chegaram em sumeru eles foram recebidos pelos sábios da academia com a melhor "recepção calorosa", a verdade é que quando perceberam que Kusanali não atingia suas expectativas eles a prenderam em um santuário, mas parecia que tinham planos diferentes para Scaramouche.

...

O garoto virou a próxima página com as mãos tremulas apenas para perceber que elas faltavam 'Algo me diz que eu não deveria ter lido isso' ele fecha o livro rapidamente e o guarda em sua bolsa.

-Achou o que procurava Hari? - Hari deu um pulo quando escutou a voz de seu melhor amigo.

-Não achei o livro que procurava para a minha tese de biologia, mas achei um que talvez ajude com a minha tese de iluminismo- ele diz com um sorriso para aliviar a preocupação.

-Entendo- ele diz um pouco desanimado.

Hari suspirou- eu sei eu sei, eu não gosto de iluminismo, mas você sabe a situação- ele diz desanimado.

-Tudo bem,vamos?-Disse seu amigo começando a sair do lugar.

Hari havia se formado em iluminismo e biologia, mas ele nunca gostou do primeiro ele só havia sido obrigado a fazer isso por culpa de seu pai, o grande mestre Azar.

A relação dos dois nunca entrava em sintonia já que Azar sempre havia tratado ele como um robô e não como pessoa, ele nunca dava liberdade para Hari fazer o que queria a menos que ele deixasse, o que raramente acontecia, um desses raros momentos foi quando ele o deixou -depois de muita insistência- estudar biologia.

Hari era um garoto de cabelo índigo grande que levava roupas de sumeru azuis e uma visão cryo na cintura.

"Um lorde menor Kunikuzushi sem seus traços animalescos" era o que seu pai dizia brincando, mas conhecendo seu pai as vezes ele não achava que aquilo era brincadeira, ele tinha certo medo de que não fosse e seu pai o transformasse em um "lorde menor Kunikuzushi 2.0".

Oh...seu amigo o estava encarando com preocupação, ele se perdeu em seus pensamentos de novo, não é?

Ele olhou ao redor e percebeu que já haviam chegado, ele se perdeu por tanto tempo assim.

Seu amigo soltou um suspiro cansado- enquanto estávamos vindo você quase trombou  mais de 4 vezes em objetos aleatórios e eu tive que te puxar.

O arrependimento percorreu seu rosto- me desculpe, parece que eu perco a consciência toda vez que começo a navegar em pensamento, meu corpo apenas se move no automático.

Seu amigo negou com cabeça divertido- Eu já to acostumado, se não fosse por mim você já teria morrido na pior das circunstâncias.- ele diz em um tom divertido.

-Certo certo, você é incrível Nari- ele revira os olhos em diversão enquanto os dois entram em sua cabana.

-Oh disso eu já sei senhor "Eu não quero ser um sábio, mas estudo para ser um"- ele diz fazendo aspas com os dedos- Tem sorte que seu pai parou de insistir nisso.

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