Capítulo 17 👑

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Alerta: Drama!

Alerta: Drama!

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__ Não __ Camille diz, se debruçando no banco do passageiro. __ Tem um sistema e você precisa respeitá-lo.

__ Não acredito em sistemas quando estou de férias __ Maia diz, o corpo dobrado em cima do meu, tentando tirar a mão de Camille do caminho.

__ É matemática __ Camille diz.

__ Matemática não tem autoridade aqui __ Maia diz a ela.

__ Sai de cima de mim __ eu digo, tirando Maia do meu ombro.

__ Você deveria me apoiar aqui! __ ela grita, puxando meu cabelo e recebendo uma careta muito feia em resposta.

__ Deixo você olhar um dos meus peitos __ Camille me diz. __ O peito bom.

__ Os dois são bons __ Maia diz, distraída de repente.

__ Eu já vi os dois. Estou praticamente conseguindo ver os dois agora __ eu digo, apontando para o que ela está vestindo: um macacão surrado e curto e o tipo menos pudico de sutiã.

__ Hashtag mamilos de férias __ ela diz. __ Por favooooor.

Eu suspiro.

__ Desculpa, Mamá, mas a Camille dedicou mais tempo à playlist dela, então ela fica com o cabo auxiliar.

Tem uma combinação de sons de meninas no banco de trás, repulsa e triunfo, e Camille conecta seu celular, jurando que desenvolveu algum tipo de algoritmo infalível para a playlist de viagem perfeita.

Finalmente saio do posto de gasolina.

O jipe é um carro restaurado, um projeto que meu pai empreendeu quando eu tinha uns dez anos. O carro fica na Califórnia agora, mas ele o leva até o Texas uma vez ao ano para o fim de semana, e o deixa em Austin para que eu e Maia possamos usá-lo.

Aprendi a dirigir nele, durante um verão no vale, e o acelerador parece novo sob meu pé agora, entrando em formação com duas SUVs pretas de segurança e me dirigindo para a interestadual.

O céu está aberto e azul violáceo por quilômetros, o sol baixo e intenso no começo da manhã. Eu estou de óculos escuros, com os braços nus e as janelas e o capô abertos. Aumento o volume e sinto que poderia jogar qualquer coisa ao vento, aquela sensação de que tudo estava ali, sob a névoa de dopamina: o trabalho na campanha, os dias seguintes intraquilos, andando de um lado para outro no quarto e, a pergunta, o que sente por ele é para sempre?

Encontro meu olhar no retrovisor. Eu pareço bronzeado, leve e jovem, um menino texano, o mesmo garoto que era quando me mudei para Washington.

Bom, chega de grandes reflexões por hoje.

Do lado de fora só hangar, há meia dúzia de seguranças reais e Alec de camisa chambray de manga curta, bermuda e óculos de sol elegantes, uma bolsa da Burberry sobre o ombro - um maldito sonho de verão.

Quando a Coroa diz NÃO, mas o Coração diz SIMOnde histórias criam vida. Descubra agora