Parrillas Calientes ~ Saray Vargas

- um bom filho a casa torna -

Capítulo 8

Cachinhos pov:

Hoje começaram as buscas para acharem as quatro foragidas, descobriram também que algumas mulheres que estavam na solitária tinham algo haver com o plano de Zulema.

S/n pov:

Zulema nos acorda bem cedo e pede para entrarmos no carro. No caminho ela diz que não poderia falar qual era o motivo daquilo, não fazia ideia do que se tratava, mas não falamos muito disso durante o trajeto e ficamos apenas jogando conversa fora.

Todo lugar que passávamos havia um cartaz com nossos rostos, principalmente de Zulema, afinal ela já era famosa dentro e fora do presídio por tentar fugir várias e várias vezes.

...

Para o nosso azar, avistamos vários carros da polícia, tentamos nos esconder trocando o cominho mas não tínhamos mais tempo, todos eles começam a tocar a sirene e virem atrás de nós, Zulema tenta escapar acelerando muito o carro, mas só conseguíamos olhar para trás enquanto ficávamos desesperadas. Diversos carros da polícia cercavam toda aquela rua por todos os cantos, mas Zulema não desistia fácil, e decide tentar até o último minuto, não tivemos tempo para pegar as armas, fazendo com que tudo dependesse de Zahir. Porém, acabam nos cercando, nos pediram para sair do carro e nos rendermos, os policiais caminham até a gente com armas apontadas para todas nós gritando:

- mãos na cabeça! Saiam do carro em silêncio!

A única opção era obedecer eles enquanto nos agarravam pelos braços, começando a nos levar até o camburão.

- filhas da puta... Acharam que iam ficar vagando por aí e não iriam achar vocês? -
O policial que me segurava pelo braço diz, olhando para nós quatro antes de entrarmos no camburão.

...

Ainda estava raciocinando tudo aquilo que havia acabado de acontecer, o plano estava dando certo, não poderia ser coincidência os policiais estarem exatamente no lugar onde estávamos passando, alguém havia se metido no meio disso, era oque passava pela minha cabeça enquanto me tiravam do carro e me levavam para dentro da prisão.

O ritual de revista ainda era o mesmo, nós quatro estávamos na mesma salinha, indignadas por estarmos de volta em cruz do sul, e agora iriam piorar nossa pena aqui dentro.

Entregam o mesmo kit de higiene, mas dessa vez o uniforme era preto, disseram que era o de presas perigosas. Logo após, nós quatro nos encontramos com a diretora miranda. Assim que entramos na sala, ela diz muito nervosa sobre nossa fuga e o quase assassinato de Fábio, mas depois que se acalma, diz:

- eu decidi colocar vocês na mesma cela, vocês quatro, assim vão facilitar para ficarmos de olho em vocês. Mas primeiro, irão passar um mês na solitária.

Não dizemos nada diretamente para a diretora, apenas escutávamos alguns sussurros vindo de Saray, provavelmente xingamentos.

...

Assim que entro na solitária e me deito na cama com as mãos cobrindo o rosto, ouço a voz da Saray vindo pelo ralo da parede.

- s/n! Você está aí?

Me aproximo da parede me sentando no chão e respondo:

- Tô aqui sim, oque foi?

- que bom que estamos uma ao lado da outra, assim o tempo vai passar bem mais rápido ouvindo sua voz.

- tenho que dizer o mesmo, Vargas...

No dia seguinte

Os guardas entregaram nosso almoço na solitária, e quando vão entregar para Casper, consigo ouvir a voz de palácios.