OITENTA E SETE

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Milena

Depois que eu falei pro Gabriel que aceitava morar com ele, o cara ficou maluco e não parou de encher o saco até a gente vir pra Angra pra buscar minhas coisas.

Mas antes disso eu comuniquei os meus pais sobre a notícia.

Primeiro o caos se instalou, meu pai queria bater no Gabriel por me fazer ir morar longe, depois chorou. É, ele chorou. Mas depois ficou feliz e falou que aceitava minha decisão.

Minha mãe ficou feliz por eu ter encontrado uma pessoa que me faz feliz, mas ficou triste por eu estar indo embora.

E eles deixaram claro que se o Gabriel me magoar, ele vai ficar sem jogar bola pro resto da vida. E falaram sério.

Agora as minha mudança já está arrumadas e eu obviamente tirei a maioria das coisas da parede e coloquei dentro de uma caixa.

Vou ficar com saudades do santuário que eu chamei de quarto.

Eu realmente tô mergulhando de cabeça nisso, mas foi porque eu vi que não tem nada raso no nosso relacionamento, é tudo muito profundo.

Eu sinto que seremos muito felizes juntos e que a cada dia mais nosso amor vai crescer.

E meu pai decidiu fazer um churrasco aqui em casa pra minha despedida e chamou um monte de gente que eu quase nem falo direito.

Mas eu to aqui no quarto com o Gabi e a gente tá deitado na cama e olhando pro teto.

- Vem cá, todo mundo que tá lá fora me odeia?- ele pergunta e eu dou um sorriso fraco, passando a mão no rosto dele.

- Só os vascaínos.

- Seus tios que tavam na confusão aquela noite nem falaram comigo.

- Eu vi e por isso que chamei você pra vir pra cá, é chato ficar nesse clima ruim.

- É, mas é sua despedida aqui, você gosta deles, eu posso ficar lá.

- Eu quero ficar aqui um pouquinho, com você, nem sei porque meu pai chamou esse montão de gente, poderia ser só nós.

- Seria mais confortável, mas tá tudo bem.

- Tá nada bem, quero que geral vá embora logo- digo e ele da uma gargalhada.

Eu amo a risada dele.

O Gabriel passa o polegar pelo meu lábio e em seguida me beija.

Deixo ele ditar o ritmo do beijo e logo seu corpo está por cima do meu.

Sua mão percorre todo meu corpo e quando toca lá, meu corpo todo entra em chamas e o final disso tudo é nós dois suados e ofegantes.

- Isso foi muito bom- ele diz e sai de cima de mim, se jogando ao meu lado.

- Foi. Muito.

Dou um sorriso e olho pra ele que tá com o rosto meio avermelhado e boquinha inchada.

Ele é tão lindo.

Eu sou muito surtada por ter esse homem, sério, ganhei na loteria.

- Que foi?- ele sorri de lado e beija a minha mão.

- Só tô te olhando.

- Hum- beija meu ombro- amo você.

- Amo você.

𝗖𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora