𝗖𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹

SESSENTA E SEIS

Simplesmente duas caras dela, uma de cada lado da minha bunda e em cima tá escrito "bundagol"

Mano

Eu tô a um minuto parado só olhando pra isso.

Simplesmente não sei o que falar e nem fazer.

A Milena deve ter morrido afogada de tanto dar risada porque o barulho parou.

Passo a mão pelo meu cabelo e não sei como, mas a aliança do meu dedo gruda nele.

Eu puxo e não sai.

Certeza que hoje não é meu dia, o melhor a se fazer é deitar na cama e dormir de novo.

- MILENA ME AJUDA AQUI- grito- O DEDO GRUDOU NA ALIANÇA DO MEU CABELO.

Não, pera.

Caralho.

- A ALIANÇA DO MEU DEDO GRUDOU NO MEU CABELO.

Em dois segundos ela entra no closet rindo feito uma hiena.

Ela olha pra baixo e pá, volta a gargalhada ridícula.

- Quando eu falo que seu cabelo virou um ninho você não acredita, né?

E eu tô com a mão na cabeça porque se eu abaixar sai tudo junto.

Meu Deus, meu senhor...

Ela se aproxima e fica na ponta do pé.

- Caralho, tá muito enrolado na aliança, se abaixa um pouco aí.

Me abaixo e ela começa a tentar soltar..

- Gabriel do céu!- diz assustada.

- O que foi?- me assusto também.

- Por que caralhos tem chiclete grudado no teu cabelo?

- TEM O QUE GRUDADO NO MEU CABELO?- grito.

- Chiclete.

Ontem eu tava mascando chiclete, mas não acho que teria a capacidade de grudar ele no meu cabelo.

Se bem que eu tava bêbado...

- E agora?

- E agora que a aliança meio que grudou nele e no cabelo.

- Tira a aliança e o chiclete, mas não destrói meu cabelo.

- Mais destruído do que ele já tá?

Certeza que foi ela que colou o chiclete só pra eu ter que cortar o cabelo, mas não vai funcionar.

Por algum milagre ela consegue soltar a aliança e obviamente a minha mão.

- Vai ter que cortar pra tirar o chiclete, não sai nem por milagre.

- Nem a pau que eu vou cortar.

- É só aqui no meio, não vai fazer falta..

- Milena...

- Confia, vamo ali no banheiro pra eu cortar.

Ela nem da o tempo de eu escolher porque simplesmente sai me arrastando até lá.

Quase grito quando vejo ela segurando uma tesoura que achou sei lá onde, chegamos ao ponto que ela sabe mais onde ficam as coisas aqui em casa do que eu.

- senta aqui- aponta pra borda da banheira e eu me sento ali, vendo ela se aproximar enquanto me olha com um olhar maligno.

- Milena, papo reto mesmo, se tu cortar mais do que deve vou ficar puto.

- Eu não vou cortar, so vou tirar o chiclete.

- Como essa porra foi parar aí?

- Sei lá, você deve ter colado, tava doidão.