acidente de natal - thiam.

20 de dezembro.

                  Beacon Hills, 20 de dezembro de 2022.

Liam e Theo haviam acordado cedo e levavam caixas com enfeites de natal prontos para decorar a casa.

Ao ver Theo abrindo a caixa com os enfeites que sua mãe havia feito a mão, sentiu uma pontada de saudade de seus pais que com certeza estavam se divertindo na viagem.

- Esses ai foram feitos por minha mãe, a mão. - Contou-lhe. - Meio que virou uma tradição, todo ano ela faz um diferente para colocar na árvore.

- Eu não vejo os meus pais desde que fui enviado para ser escudeiro, mas eu os carrego nas minhas lembranças e aqui - Bateu no lado esquerdo do peito com um olhar nostálgico. - Minha mãe também era costureira, ela fazia as nossas roupas.

- É, acho que elas se dariam bem. - Liam constata com um sorriso.

Em meio ao silêncio que se gera ali, Liam pergunta:

- Você disse que foi ordenado cavaleiro pelo Rei Eduardo terceiro, mas isso foi em 1300.

- Um rei formidável e admirável.

- Você sabe em que ano estamos? - Questiona Dunbar com um olhar curioso.

- De acordo com a caixa falante, 2022. Eu viajei para cá, não importa se entendo como ou não.

- Mas você sabe que é impossível viajar no tempo, né? Sendo 1300 ou 2022, isso não é possível.

- Por essa lógica, somente as coisas que compreendemos seriam possíveis. - Retruca o cavaleiro sentado no sofá.

- Acho que você está certo. Desculpa, Sir Theodore. - Pede Liam, ao perceber que o que o seu hóspede dizia fazia sentido.

- Sabe... Você não precisa me chamar de Sir Theodore, não mais.

- Mas eu pensei que fosse um termo de formalidade e respeito.

- E são, mas as formalidades podem cessar agora que estamos... mais próximo.

- Então tá', Theo! - Não conseguiu conter o sorriso que surgiu instantaneamente em seu rosto sendo imediatamente correspondido por o agora Theo.

                                         ❄️

Após o pequeno momento que tiveram traçando um novo caminho naquela possível amizade, Theo e Liam começaram a abrir as caixas com os enfeites de natal.

- O que é esta coisa multilada? - Olhava com um olhar de julgamento.

- Ei! É a minha árvore de natal, só precisamos montar ela. - explicou Dunbar a tirando da caixa.

- É tão artificial quanto os enfeites da sua casa. Me leve na floresta e eu te mostrarei uma árvore de verdade.

- Tá' bom. - disse em rendição.

                                            ❄️

E lá estavam eles, no parque das árvores onde vendiam pinheiros, em todos os tamanhos e formas.

- De onde eu venho, nós adornamos a árvore com velas e frutas. Na manhã de Natal, meu irmão e eu acordavamos para encontrarmos uma laranja e uma moeda na cama. - Contou-lhe enquanto olhavam as árvores.

- Nossa, uma laranja e uma moeda? Nada de trocar presentes então.

- Oh, esta parece saudável. - costatou em frente à uma das inúmeras árvores ali.

- Parece mesmo. Vou chamar um dos funcionários.

- Que bobagem! Qual a graça teria escolher a árvore e deixar outra pessoa fazer o trabalho? - Perguntava com o machado em mãos.