Capítulo Dois

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"You let me violate you
You let me desecrate you
You let me penetrate you
You let me complicate you

I wanna fuck you like an animal
I wanna feel you from the inside
I wanna fuck you like an animal
My whole existence is flawed
You get me closer to God"

"Você me deixa te violar
Você me deixa te profanar
Você me deixa te penetrar
Você me deixa te complicar

Eu quero te foder como um animal
Eu quero te sentir por dentro
Eu quero te foder como um animal
Toda minha existência é defeituosa
Você me deixa perto de Deus"

(Closer, Nine Inch Nails)

♡♡♡

Shoyo abriu o porta malas, pegou o galão de gasolina, abriu e começou a despejar nas roupas, objetos e naquela coleção ridícula de cartas de Yu-Gi-Oh. Depois despejou quase tudo em todas as superfícies do carro. E então finalmente fez uma trilha até o lugar em que esperaria o maldito. Oikawa escondeu o carro deles, pronto para a fuga, e Akaashi se escondeu com outro galão de gasolina.

Não demorou para estar observando enquanto Hiromi estacionava o carro, provavelmente um dos que a mãe lhe dera de presente, ou de uma das amantes.

— Por que você me chamou aqui? Já não bastava ter quebrado a garrafa de champanhe na minha cabeça?

Ah sim, no restaurante. Shoyo não tem ideia de como aguentou esse arrogante.

— Não, não bastou. Eu preciso de mais.

— Você é louco, por sua culpa estou sofrendo com críticas dos internautas.

Shoyo não desviou o olhar enquanto Akaashi despejava gasolina no outro carro de Hiromi.

— Você está sofrendo? E quanto a mim que fui exposto pra toda a internet ver? Como acha que eu vou aparecer na universidade? E não podemos esquecer daquilo.

Shoyo falou alto o suficiente para encobrir o som do líquido incendiário sendo derramado.

— Você queria.

Akaashi fez um joinha com a mão.

— Eu não vou discutir isso com você. Apenas diga adeus.

— Adeus?

— Sim. — Shoyo tirou uma caixa de fósforos do bolso e riscou um. — Adeus ao seu amado carro, a coleção de figurinhas que seu tio lhe deu, aquela bola de beisebol que seu pai comprou e muitas e muitas outras coisas.

Então Shoyo soltou o fósforo e uma trilha de fogo começou, indo até o carro parado alguns metros dali. As chamas subiram forte, o calor chegando até onde eles estavam.

— MEU CARRO! — gritou Hiromi. Ele levou as mãos a cabeça e puxou o cabelo com força. — VOCÊ ESTÁ LOUCO?

— Ainda não, já que você ainda está vivo. Mas escuta bem o que eu vou dizer, eu vou fazer da sua vida um inferno.

Oikawa parou ao seu lado, o carro levantando poeira. Shoyo entrou no carro ao mesmo tempo em que o outro carro explodiu em chamas. Oikawa acelerou e pegou Akaashi e assim os três deixaram um idiota transtornado para trás.

— Eca, estou cheirando a gasolina — comentou Akaashi depois que as chamas deixaram de ser visíveis. — Oikawa devolve meu óculos.

— Tá aqui. Então, Sho, qual o próximo passo na vingança contra o transudo?

— Kawa, você sequer sabe o que significa transudo? — questionou Akaashi.

— Eu não, só achei que combinava com ele.

Shoyo começou a rir. Só mesmo seus melhores amigos.

Oikawa Tooru era estudante de arte, lindo com sua pele alva, postura ereta, alto e esguio com cabelos e olhos castanhos. Ele era um dos mais bonitos da faculdade. Assim como Akaashi Keiji, considerado como o anjo da biblioteconomia, com cabelos negros e olhos azuis, sempre com um sorriso gentil.

Olá, Senhor Miya (MiyaHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora