Olá, Senhor Miya (MiyaHina)

Capítulo Três

"What the hell is love supposed to feel like?
What the hell is love? What the hell is love?
What the hell is love supposed to feel like?"

"Com o que diabos o amor deveria parecer?
O que diabos é o amor? O que diabos é o amor?
Com que diabos o amor deveria parecer?"

(Mad at Disney, Salem ilese)

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Shoyo sentiu os olhos de Hiromi em si quando entrou no refeitório acompanhado de Akaashi. Teve tempo de sentar na sua mesa para vê-lo virar goela abaixo o que seja lá que tinha em seu copo e se levantar com raiva. Shoyo apoiou os cotovelos na mesa, entrelaçou as mãos e apoiou seu queixo nelas, sorrindo com escárnio.

— QUE PORRA É ESSA SHOYO? — Hiromi já chegou gritando e batendo na mesa. Ele olhou com nojo para o pescoço de Shoyo, que estava todo marcado com marcas de dentes e chupões.

— Eu não acredito que mesmo vendo o que eu sou capaz de fazer você ainda tem coragem de gritar comigo.

— VOCÊ TÁ FODENDO COM O MEU PAI, PORRA!

— E COM O SEU TIO TAMBÉM. TÔ FODENDO COM ELES E TÔ FODENDO BEM.

Se ele achava que ia gritar com Shoyo e Shoyo ia ficar caladinho, ele estava muito enganado.

— Você é mesmo uma putinha.

— Eu adorei quando seu pai e seu tio me trataram como uma ontem. Eles não fodem fofo como você.

Hiromi recuou como se tivesse recebido um tapa, seu rosto estava muito vermelho e ele suava.

— Você... Você não pode fazer isso!

— Quem disse que não? Osamu vai me levar para jantar no LeStar hoje á noite, e Atsumu já prometeu me levar para sua ilha no final de semana.

As feições de Hiromi se retorceram, como se ele fosse chorar. Shoyo sorriu minimamente. Sabia que o LeStar era importante para ele, já que era onde Osamu levava o sobrinho em ocasiões especiais. E sabia o quanto o maldito desejava que o pai o levasse para a ilha particular. Shoyo sabia exatamente onde atingir.

— Você, você, você — gaguejou Hiromi.

— Eu, eu, eu o quê, ein? Eu avisei que iria fazer da sua vida um inferno. E o melhor jeito de fazer isso é roubando de você aquilo que você mais preza, o carinho do seu tio, e aquilo que você mais deseja, o amor do seu pai. — Hiromi o olhou com o lábio tremendo. — Que dó, vai chorar? Vai chorar no colo do papai, opa... Você não pode, nunca pôde. Mas eu posso. Consegui em um dia o que você não teve a vida inteira. Agora vai chorar em outro lugar vai, eu quero comer sem ter que olhar pra sua cara feia.

De repente, Hiromi avançou na direção de Shoyo, mas a mesa os separava e Akaashi foi mais rápido, jogando seu refrigerante fechado na cara de Hiromi. Depois veio um ataque de salada com cebolas, cortesia de Oikawa, que acabava de chegar.

— Você é um merda viu — disse com nojo, sentando-se ao lado do outro lado de Shoyo.

— E o seu nariz está sangrando — acrescentou Akaashi docemente, como se não fosse o responsável pelo sangramento.

As pessoas ao longe tiravam fotos e Shoyo tinha certeza que haveria alguém transmitindo ao vivo. Ele sorriu e acenou.

Hiromi olhou em volta, totalmente humilhado e saiu correndo. Não deu muito certo, já que ele tropeçou. E ficou ali. No chão. Fazendo sons estranhos.

— Será que ele tá chorando? — questionou Akaashi.

— Bom, ele com certeza está sofrendo — pontuou Oikawa, em um tom que deixou claro que sabia de alguma coisa. Os outros dois se viraram para ele, que sorriu sapeca.