『 Por conta de suas feições, Yuri desde criança foi considerada uma garota fria que não tem clemência nem mesmo com relação às pessoas que demonstram algum sinal de fraqueza. No entanto, ao contrário do que a sua mãe diz a chamando de 'praga profana...
"Você quer conhecer todos os meus monstros? Acha que você é durão, eu sei que eles vão te deixar maluco Encontre-os uma vez e eles vão te assombrar para sempre Não há heróis ou vilões neste lugar Apenas sombras que dançam na minha cabeça Não deixando nada além de fantasmas em seu rastro"
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
🄹á me encontrava uns bons minutos analisando os suculentos chocolates recheados com a pasta vermelha, sendo chamada de trufa de frutas vermelhas, de acordo com o pequeno papel que nomeava o doce na grande cuba de vidro em que estava exposto juntamente com inúmeras outras trufas que ali se encontram.
No entanto, por mais concentrada que estivesse em escolher ou não aquele doce, a risada escandalosa do homem de cabeleira branca e olhos escondidos como se fossem joias guardadas em um baú de tesouro fazia com que o ambiente silencioso do recinto tornasse um verdadeiro espetáculo aos olhos curiosos daqueles que pretendiam fazer as suas compras em silêncio.
—— Ficaria intrigado se esse ser banhado de pouca sabedoria ficasse em silêncio em algum lugar —— O gato de pelúcia em meus braços sussurrou para que apenas eu o pudesse ouvir.
Desde que Gashadokuro se tornou um pequeno felino que se assemelha a um gato sombrio, ele tem ficado mais tempo ao meu lado agindo como se fosse um gato doméstico ou como boneco inanimado às vistas alheias.
—— Não é algo em que se pode evitar, de toda forma —— Dei de ombros e tomei alguns doces em minha pequena mão.
Em passos calmos, vou em direção ao Gojo que estava pesando o saco lotado de guloseimas que o mesmo havia recolhido pacientemente. Assim que chego ao seu lado, estendo a minha mão mostrando apenas três trufas que havia recolhido dentre todos os doces que o mesmo havia me mostrado dentro do estabelecimento.
—— Só vai levar isso? —— Anui em confirmação já colocando os doces na pequena sacola que a atendente me estendia —— Que decepção, pensei que com a amizade com o Panda iria melhorar esse seu jeitão de gente certinha —— Fez um bico como se estivesse fazendo birra.
—— Eu não sou fã de doces, esses são para o Panda —— A atendente tirou o saco do Gojo que só faltava transbordar de tantos doces e coloquei os meus para que fossem pesados —— Seria decepcionante vê-lo esquelético e não coberto de pele gordurosa —— Apertava o ar com a mão livre dos pelos do corpo magricela do Gashadokuro que apenas encarava toda a cena sem se pronunciar, desempenhando um ótimo papel de bicho de pelúcia.
—— Bem, isso já é um começo —— Pagou a atendente pelo seu serviço prestado.
Com as sacolas postas em uma de suas mãos, aquela que se encontra desocupada se achou no direito de envolver a minha pequena mão em um gesto delicado em meio a sua pele com alguns calos entre a palma e os dedos por sempre tentar se manter em forma — mesmo que peque no quesito comer coisas saudáveis pelo fato de ansiar, na maior parte das vezes, a comida vendida pelas ruas comerciais de Tokyo.
